Pará: Policiais militares podem parar Greve geral
A ameaça de greve bate à porta da Polícia Militar do Pará. Ontem,
circularam informações não oficiais de uma convocação de soldados, cabos
e sargentos para cruzar os braços no próximo dia 19. O Comando da PM no
Estado disse desconhecer essa movimentação. Nem todas as 13 instituições que representam os policiais militares e bombeiros no
Estado estão envolvidas na mobilização. O dirigente de uma dessas
associações, ouvido pela reportagem, não concorda com o movimento
paredista, mas confirmou que existe uma movimentação, cuja finalidade,
segundo ele, 'é desestabilizar o governo estadual'. Já a liderança de
outra associação afirmou que os PMs do Pará estão se movimentando com os
de outros estados para uma greve nacional, sem confirmar a data de
convocação que vazou ontem.
A Polícia Militar é proibida de fazer greve por força de lei, mas
a greve de seis dias da PM do Ceará, que gerou avanços para o segmento,
serve de modelo a militares de todo o País. 'A greve está sendo
discutida em Roraima, no Rio de Janeiro, Goiás, Brasília e Minas
Gerais', disse uma fonte. No caso da greve se concretizar no Pará, o
governo do Estado poderá requerer a Força Nacional e o Exército para
suprir a Segurança Pública, como ocorreu no Ceará. 'O Pará tem o 23º
menor salário do País. É o salário mais baixo das regiões Norte e
Nordeste, perdemos até para o Maranhão', afirma.
Um dos principais nós na questão salarial da categoria paraense é
o soldo (salário) do soldado que, em 2006, passou a ser regulado ao
salário mínimo. Como a mesma regra não contempla o chamado escalonamento
vertical, ou seja, não prevê dispositivo idêntico às patentes
superiores, o salário dos soldados vai superando os de cabos e
sargentos. Segundo um dirigente de associação, o soldo do soldado passa a
valer R$ 622,00 com o reajuste do mínimo que passou a vigorar em 1º de
janeiro, enquanto que o soldo do cabo está em R$ 545,00. Outra fonte
revelou que, hoje, o soldo do sargento é apenas R$ 50,00 maior que o do
cabo.
Uma das lideranças reclama que a categoria não vai aguentar
esperar até a data-base, que é abril, para resolver esse problema. A
situação exigiria que o Estado concedesse reajuste à PM e aos bombeiros
superior ao índice inflacionário dos últimos 12 meses, passando a
acompanhar a evolução do salário mínimo, que foi de 13,5%. 'Todos os
estados estão se movimentando e o Pará não pode ficar de fora', diz uma
fonte. Além do soldo, os militares e bombeiros recebem 50% de adicional
de risco de vida, 20% de auxílio moradia, 20% de indenização de tropa,
R$ 325,00 de auxílio-alimentação e um adicional por localidade especial,
que varia conforme a lotação do policial.
fonte////oficial uninove
domingo, 8 de janeiro de 2012
O dirigente de uma dessas associações, ouvido pela reportagem, não concorda com o movimento paredista, mas confirmou que existe uma movimentação, cuja finalidade, segundo ele, 'é desestabilizar o governo estadual'. Já a liderança de outra associação afirmou que os PMs do Pará estão se movimentando com os de outros estados para uma greve nacional, sem confirmar a data de convocação que vazou ontem.
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