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domingo, 3 de março de 2013

fraude em concursos Candidatos fizeram novo protesto contra a suspensão de concurso da PM. Sete exames elaborados pela UEG foram cancelados, em Goiás.


 

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 fraude em concursos
Candidatos fizeram novo protesto contra a suspensão de concurso da PM.
Sete exames elaborados pela UEG foram cancelados, em Goiás.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, pediu rapidez na apuração de suposta fraude nas provas de concursos públicos do estado elaboradas pela Universidade Estadual de Goiás. O pronunciamento foi feito nesta quinta-feira (28). As suspeitas de irregularidades esta semana já levaram ao cancelamento de sete concursos, além da suspensão do exame para agente da Polícia Civil, que seria realizado no domingo (3).
“Pedi ao reitor da UEG [Haroldo Reimer], rapidez na apuração do problema. Pedi ao Secretário de Segurança Pública de Goiás [Joaquim Mesquita] rapidez na apuração por parte da Polícia Civil. Exatamente para não termos prejudicados em relação a esse lamentável acontecimento”, afirmou o governador.
Marconi Perillo comentou a versão dada pelo reitor da universidade de que ocorreu uma falha técnica na elaboração dos gabaritos, que tinham apenas duas sequências de letras, que se repetiam até completar as 100 questões, pois o erro teria acontecido por "excesso de zelo". “Espero, sinceramente que seja falha técnica”, declarou o governador de Goiás.
No discurso, Marconi Perillo ressaltou que, se for comprovado que houve crime em relação ao gabarito, as pessoas envolvidas serão punidas. “Não tenho dúvida a esse respeito”, complementa.
Marconi Perillo afirmou ainda que o chefe de gabinete da governadoria, João Furtado, vai receber uma comissão de concursados. Na manhã desta quinta, candidatos aprovados na primeira fase do processo seletivo para soldado da Polícia Militar protestaram em frente ao palácio Pedro Ludovico Teixeira, na Praça Cívica. Eles manifestam contra a anulação do exame.
A Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) anunciou o cancelamento dos concursos para os cargos de escrivão e de delegado substituto da Polícia Civil de Goiás e para os cargos de soldado e oficiais da saúde e cadete da Polícia Militar, na segunda-feira (25). A medida atingiu 76.694 candidatos inscritos
Novas provas
O Núcleo de Seleção da Universidade Estadual de Goiás continuará sendo a responsável pela elaboração da prova dos sete concursos cancelados. A nova diretoria do departamento, assim que tomar posse, deve organizar a publicação do cronograma dos novos exames, informou o reitor da UEG. O representante da unidade de ensino anunciou que quem desistir de fazer os novos exames pode pedir a devolução do dinheiro pago na inscrição do concurso.
Haroldo Reimer afirmou, em entrevista coletiva concedida na quarta-feira (27), que o próprio governador Marconi Perillo pediu que a UEG continuasse com esta responsabilidade. No inquérito civil público instaurado pela promotora Sandra Mara Garbelini, da 11ª Promotoria de Anápolis, há um questionamento à Segplan em relação à continuação da UEG como responsável pelos concursos."Nesse ponto, o que se está discutindo é a licitude do concurso público", pondera a promotora.
O reitor afirmou que foi aberta uma sindicância para investigar a suspeita de fraude nesses processos seletivos. Ele anunciou ainda na quarta-feira o afastamento de dois servidores da instituição após as denúncias.  Segundo o representante da instituição, o início dos problemas coincidiu com a chegada de um novo coordenador acadêmico, responsável por embaralhar as questões das provas. A instituição preferiu não divulgar o nome do servidor, que ficará afastado do cargo durante a investigação do caso. A outra funcionária afastada é a diretora do Núcleo de Seleção, Eliana Nogueira.
G1 tentou falar com ela, mas as ligações não foram atendidas.
Sequência repetida
Os gabaritos das provas objetivas canceladas dos concursos para as polícias Civil e Militar em Goiás tinham apenas duas sequências de letras, que se repetiam até completar as 100 questões. A denúncia foi feita por candidatos ao Ministério Público de Goiás e nas redes sociais, logo após a divulgação do resultado preliminar pela UEG, na segunda-feira. Segundo os candidatos, ao analisar concursos anteriores da área de Segurança Pública, foi constatado o mesmo problema.
A denúncia de fraude envolvendo os exames começou quando candidatos ao cargo de delegado fizeram uma campanha na internet reclamando da sequência numérica e de letras, que se repetia. “Fraude delegado PCGO! Para passar bastava decorar duas sequências de letras”, era o que trazia um dos posts nas redes sociais (veja imagem abaixo).
A prova A de delegado, por exemplo, tinha uma sequência de letras nas questões de 1 a 10 e outra na de 11 a 20. Depois, a mesma ordem se repetia, até completar as 100 questões objetivas, num total de 5 repetições cada. As provas B, C e D apresentavam o mesmo esquema da prova A. “A prova do tipo A que teve no domingo retrasado para escrivão é do mesmo tipo do tipo B para delegado”, afirma uma das inscritas no processo seletivo.
Fonte: G1 GO com informações da TV Anhanguera - 28/02/2013 14h36 - Atualizado em 28/02/2013 14h36 - Paula Resende

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