Tenente-coronel PM Ricardo Rocha enfrenta Júri Popular nesta
segunda-feira * Já na terça-feira, será a vez do policial militar
Rogério Moreira da Silva, o “Zinca”. O tenente-coronel Ricardo Rocha,
acusado de matar Marcelo Coka da Silva no dia 17 de setembro de 2004,
por volta das 12h irá a Júri Popular amanhã, a partir das 8h30. O caso é
acompanhado pelo Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial, grupo
criado em abril de 2006 por familiares vítimas da violência policial
juntamente com organizações de defesas dos direitos humanos.
Os fatos
No dia do fato, os policiais militares da Rotam faziam o percurso entre a diretoria de apoio logístico da PMGO com direção à sede da Rotam, trafegando pela Av. Araguaia. Enquanto aguardavam a abertura de um semáforo, Marcelo atravessou a faixa de pedestre em frente a viatura do então capitão Ricardo Rocha. Ao avistar a vítima, o motorista da viatura reconheceu Marcelo, que já tinha passagens pela polícia, informou ao comandante da equipe que determinou a sua abordagem.
Notando a aproximação dos policiais, supostamente, Marcelo teria iniciado fuga enveredando-se por entremeio ao bosque do Parque Mutirama. Os policiais iniciaram perseguição à vítima e passaram a desferir disparos contra Marcelo, na tentativa de evitar sua fuga. Ao total, segundo consta nos autos, foram 11 disparos efetuados na direção da vítima, sendo que destes, quatro o atingiram levando-o a morte.
O Comitê Goiano pelo Fim da Violência ressalta que o tenente-coronel Ricardo Rocha, também é acusado de envolvimento nas mortes de Alessandro Ferreira Rodrigues (“Nego Léo”), do adolescente David Morais e de Bruno dos Anjos Ribeiro, todos em Goiânia. Já na cidade de Rio Verde, Rocha é acusado pelas execuções de Cláudio Antônio Schu, Paulino de Almeida, Natron Rodrigues da Silva, Longuimário Coelho de Andrade e Alessandro Ribeiro Silva. O Comitê revela que, na cidade de Cachoeira Alta, o militar ainda é suspeito das mortes de Cleiton Silva Sousa, Gilson da Silva Rocha, Nilton Alves Rocha Júnior, Marcondes da Silva Carvalho e Amilton Pereira Rocha. Além de em Formosa, quando era major, também ter tido ligação com o grupo que realizou o sequestro, homicídio e a ocultação dos cadáveres de três pessoas em Flores de Goiás e Alvorada do Norte. Ao todo, 17 homicídios.
A prisão e soltura
O tenente-coronel Rocha, de acordo com o Comitê, chegou a ser preso na Operação Sexto Mandamento da Polícia Federal que investigou a existência de vários grupos de extermínio ligados à Polícia Militar de Goiás, permanecendo cerca de quatro meses no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS), tendo sido solto em 2011 já afirmando estar “apto para voltar” para o policiamento de rua.
A Operação Sexto Mandamento foi deflagrada em 15 de fevereiro e prendeu 19 policiais militares suspeitos de simular a ocorrência de execuções como se fossem confrontos com as vítimas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, os crimes eram praticados com viaturas da PM e durante horário de serviço dos policiais. Segundo os inquéritos, em que constam também escutas policiais, o grupo era especializado na ocultação de cadáveres.
Moradores
de rua
Já na terça-feira, acontecerá o Júri Popular do policial militar Rogério Moreira da Silva, o “Zinca”, envolvido em pelo menos quatro homicídios: de Matheus Stefany Rodrigues Carvalho Sousa, assassinado no dia 12 de agosto de 2012, data em que, segundo o Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial, Rogério passou a ser investigado pelos assassinatos de Marcos Aurélio Nunes da Cruz (assassinado em 5/11/2012), Olaci Ferreira de Araújo (assassinada em 11/11/2012) e pela tentativa de homicídio de Emerson do Nascimento Souza (11/11/2012), todos pessoas em situação de rua.
O Comitê lembra que policial estaria envolvido em vários outros homicídios, inclusive de outra pessoa em situação de rua em 2008, do qual ele já foi pronunciado e aguarda o julgamento de um Recurso em Sentido Estrito (RES).
Em vários testemunhos, na sua maioria de pessoas em situação de rua, Rogério é indicado como controlador do tráfico de drogas, sendo o responsável em entregar drogas para as pessoas revenderem. Assim, esses crimes estariam relacionados com dívidas de drogas.
Em dois testemunhos de crimes cometidos pelo policial, as pessoas o acusavam de receber entre R$ 1.500 a R$ 1.800 por semana dos traficantes, para fazer a proteção da favela da Vila Coronel Cosme no ano de 2008. Em duas oportunidades, de acordo com os autos, duas testemunhas teriam presenciado Rogério dizendo: “A minha diferença com a malandragem é que eu escondo atrás da farda e a malandragem não tem farda para esconder”, e ainda noutro trecho a testemunha afirma: “Que Moreira, conhecido por Zinca, andava sempre com duas pistolas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito e sempre dizia, batendo em uma das armas, ‘essa aqui é da polícia’ e na outra arma ‘essa aqui é para eu matar’”. http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20140316&p=2
Os fatos
No dia do fato, os policiais militares da Rotam faziam o percurso entre a diretoria de apoio logístico da PMGO com direção à sede da Rotam, trafegando pela Av. Araguaia. Enquanto aguardavam a abertura de um semáforo, Marcelo atravessou a faixa de pedestre em frente a viatura do então capitão Ricardo Rocha. Ao avistar a vítima, o motorista da viatura reconheceu Marcelo, que já tinha passagens pela polícia, informou ao comandante da equipe que determinou a sua abordagem.
Notando a aproximação dos policiais, supostamente, Marcelo teria iniciado fuga enveredando-se por entremeio ao bosque do Parque Mutirama. Os policiais iniciaram perseguição à vítima e passaram a desferir disparos contra Marcelo, na tentativa de evitar sua fuga. Ao total, segundo consta nos autos, foram 11 disparos efetuados na direção da vítima, sendo que destes, quatro o atingiram levando-o a morte.
O Comitê Goiano pelo Fim da Violência ressalta que o tenente-coronel Ricardo Rocha, também é acusado de envolvimento nas mortes de Alessandro Ferreira Rodrigues (“Nego Léo”), do adolescente David Morais e de Bruno dos Anjos Ribeiro, todos em Goiânia. Já na cidade de Rio Verde, Rocha é acusado pelas execuções de Cláudio Antônio Schu, Paulino de Almeida, Natron Rodrigues da Silva, Longuimário Coelho de Andrade e Alessandro Ribeiro Silva. O Comitê revela que, na cidade de Cachoeira Alta, o militar ainda é suspeito das mortes de Cleiton Silva Sousa, Gilson da Silva Rocha, Nilton Alves Rocha Júnior, Marcondes da Silva Carvalho e Amilton Pereira Rocha. Além de em Formosa, quando era major, também ter tido ligação com o grupo que realizou o sequestro, homicídio e a ocultação dos cadáveres de três pessoas em Flores de Goiás e Alvorada do Norte. Ao todo, 17 homicídios.
A prisão e soltura
O tenente-coronel Rocha, de acordo com o Comitê, chegou a ser preso na Operação Sexto Mandamento da Polícia Federal que investigou a existência de vários grupos de extermínio ligados à Polícia Militar de Goiás, permanecendo cerca de quatro meses no presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MS), tendo sido solto em 2011 já afirmando estar “apto para voltar” para o policiamento de rua.
A Operação Sexto Mandamento foi deflagrada em 15 de fevereiro e prendeu 19 policiais militares suspeitos de simular a ocorrência de execuções como se fossem confrontos com as vítimas. De acordo com as investigações da Polícia Federal, os crimes eram praticados com viaturas da PM e durante horário de serviço dos policiais. Segundo os inquéritos, em que constam também escutas policiais, o grupo era especializado na ocultação de cadáveres.
Moradores
de rua
Já na terça-feira, acontecerá o Júri Popular do policial militar Rogério Moreira da Silva, o “Zinca”, envolvido em pelo menos quatro homicídios: de Matheus Stefany Rodrigues Carvalho Sousa, assassinado no dia 12 de agosto de 2012, data em que, segundo o Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial, Rogério passou a ser investigado pelos assassinatos de Marcos Aurélio Nunes da Cruz (assassinado em 5/11/2012), Olaci Ferreira de Araújo (assassinada em 11/11/2012) e pela tentativa de homicídio de Emerson do Nascimento Souza (11/11/2012), todos pessoas em situação de rua.
O Comitê lembra que policial estaria envolvido em vários outros homicídios, inclusive de outra pessoa em situação de rua em 2008, do qual ele já foi pronunciado e aguarda o julgamento de um Recurso em Sentido Estrito (RES).
Em vários testemunhos, na sua maioria de pessoas em situação de rua, Rogério é indicado como controlador do tráfico de drogas, sendo o responsável em entregar drogas para as pessoas revenderem. Assim, esses crimes estariam relacionados com dívidas de drogas.
Em dois testemunhos de crimes cometidos pelo policial, as pessoas o acusavam de receber entre R$ 1.500 a R$ 1.800 por semana dos traficantes, para fazer a proteção da favela da Vila Coronel Cosme no ano de 2008. Em duas oportunidades, de acordo com os autos, duas testemunhas teriam presenciado Rogério dizendo: “A minha diferença com a malandragem é que eu escondo atrás da farda e a malandragem não tem farda para esconder”, e ainda noutro trecho a testemunha afirma: “Que Moreira, conhecido por Zinca, andava sempre com duas pistolas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito e sempre dizia, batendo em uma das armas, ‘essa aqui é da polícia’ e na outra arma ‘essa aqui é para eu matar’”. http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20140316&p=2
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