Powered By Blogger

COMPARTILHEM NOSSO CANAL, SEJAM NOSSOS SEGUIDORES!

PROFºACIOLLY O FUTURO É LOGO ALI xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

COMPARTILHEM NOSSA PAGINA

sábado, 9 de novembro de 2013

Zelador de condomínio morre após sequestro


Zelador de condomínio morre após sequestro


Moradores de um residencial foram surpreendidos com ação do funcionário. Segurança do local foi mantido refém
sábado, 9 de novembro de 2013 | Por: Alex Vieira
Tweetar



Eduardo Pinheiro


Segurança Maxwell Alves, 28 anos, presta depoimento na Deic, momentos após o ocorrido

O zelador Ronislei Vitor Gomes, de 33 anos, morreu às 12horas de ontem após dar um tiro no próprio rosto. O trabalhador manteve o segurança Maxwell Alves de Oliveira, de 28 anos, refém durante duas horas na guarita do condomínio em que trabalhava, no Setor Negrão de Lima, na região leste de Goiânia. Ronislei tinha histórico de tratamento psiquiátrico e teria ingerido bebida alcoólica antes de render o segurança. O Comando de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar (PM), chegou a cercar o entorno do residencial.

Após as horas de tensão, o segurança prestou depoimento na tarde de ontem na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele apresentava lesão na região do pescoço, onde Gomes pressionou uma faca durante o sequestro. De acordo com o delegado Glaydson Carvalho, que cuida do caso, o segurança demonstrou tranquilidade durante o depoimento e afirmou não ter nenhum histórico de rixa entre ele e o sequestrador.

O delegado ainda afirma que, segundo relato de Oliveira, o zelador teria invadido a guarita e o rendido somente para pegar a arma que o segurança portava. Assim que rendeu o segurança, Gomes exigiu a presença de imprensa e da polícia. “A intenção dele, desde o princípio, era se matar. Estava em estado de surto. Embora tenha ameaçado Oliveira, o sequestrador não fez nenhuma exigência, como é comum, apenas dizia que iria se matar. E o fez”, afirma.

A intervenção policial do Comando de Operações Especiais (COE) somente ocorreu após o tiro. Até então, conforme salienta o delegado, um negociador tentava estabelecer contato com o sequestrador, enquanto o COE cercava o local. A PM e os bombeiros deram suporte isolando a rua do condomínio. “A guarita possui um vidro escuro, de modo que quem estava dentro podia ver tudo, mas os policiais na parte externa não conseguiam ver o que ocorria lá dentro. Assim que ouviram o estampido, os agentes do COE invadiram o recinto e viram que o zelador havia se matado”, relata.

Comportamento

Síndico do condomínio onde ocorreu o incidente, Selmar Serafaim afirma que Gomes era um funcionário exemplar e nunca apresentou problema ou dificuldades de relacionamento. Ele era terceirizado e trabalhava há quatro meses na empresa. Certa vez, o trabalhador teria pedido permissão para usar fones para ouvir música durante o trabalho, o que, segundo o síndico, denotava cuidado e respeito.

Serafaim contesta a informação de que o zelador fez uso de bebidas alcoólicas ou drogas antes de render o segurança na manhã de ontem. O síndico salienta que, segundo relato da irmã de Gomes, ele havia passado por tratamento psiquiátrico, mas recebeu alta médica alguns meses atrás. Não necessitando, portanto, o uso de remédios controlados.

Segundo o síndico, não havia queixas por parte de nenhum funcionário ou morador sobre o zelador. “A irmã dele chegou a me dizer que Ronislei estava feliz com o momento que estava vivendo e que se mudou para uma casa próxima ao condomínio. Tudo para poder chegar aqui sem atraso. Para todos no condomínio foi uma surpresa.” (colaborou Myla Alves)

Polícia tentou negociar com funcionário

Segundo informações do porta-voz da PM, coronel Divino Alves, dois policiais militares que trabalhavam com a negociação tentaram a rendição de Ronislei Vitor Gomes. “Todas as providências possíveis foram tomadas pela Polícia Militar, mas infelizmente a situação teve esse fim. Esperávamos que fosse resolvido de forma pacífica, mas não foi possível”, informa.

A guarita onde o vigilante foi feito refém permaneceu isolada pelos policiais militares, aguardando a chegada dos peritos. Maxwell Alves de Oliveira fez exame de corpo de delito na tarde de ontem no Instituto Médico Legal (IML). As testemunhas serão ouvidas nos próximos dias e haverá exame pericial na arma de fogo. O caso deve ser arquivado.

Morador

Euder Araújo, morador do residencial, relata que o comportamento de Gomes era bom e que não havia nada que desabonasse sua conduta profissional. “Todo mundo ficou bastante tenso e com medo dentro do prédio. É uma situação que não acontece todo dia”, conta.

Para ele, esta é uma demonstração de como a violência é crescente na capital. “A violência chegou para todos os tipos de residência, inclusive para os condomínios fechados. A violência está em qualquer lugar. Vamos discutir com a nossa administração para rever questões de segurança.”

Nenhum comentário: