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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Alunos protestam contra fechamento de escola no período noturno, em GO Colégio Municipal Ruy Barbosa não terá mais aulas à noite, em Goiânia. Medida afeta estudantes do Programa de Educação de Jovens e Adultos.


Alunos protestam contra fechamento de escola no período noturno, em GO
Colégio Municipal Ruy Barbosa não terá mais aulas à noite, em Goiânia.
Medida afeta estudantes do Programa de Educação de Jovens e Adultos.



Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera





Alunos e professores fizeram um protesto contra o fim das aulas no período noturno no Colégio Municipal Ruy Barbosa, emGoiânia, no início da noite de segunda-feira (19). Os estudantes fazem parte do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), da rede pública, que será interrompido na unidade do Setor Campinas.

No período noturno, estão matriculados 146 alunos. Mas, segundo a direção, apenas 70 comparecem regularmente às aulas. Um problema reconhecido pelo professores, mas que, na opinião deles, não justifica o fechamento.


Os alunos reclamam. De olho no futuro, Marcos Antônio Gonçalves resolveu voltar para a sala de aula depois de 20 anos. Com a notícia do fechamento da escola, ele se sente frustrado. "Preciso de um emprego melhor e para a gente conseguir um emprego melhor tem que voltar para o estudo. Agora, se fechar, vou ter que parar de estudar de novo", lamenta."Quem tem que ter política para combater a evasão é a Secretaria Municipal de Educação, e isso não tem. A educação de jovens e adultos tem que atender as necessidades do educando. Aqui, o aluno é só um número. Para nós, ele não é um número, é um ser humano que precisa de educação", diz o professor Eduardo Oliveira de Souza.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que há quatro anos tem conversado com os professores sobre a baixa frequência dos alunos. A SME disse gastar R$ 400 mil por ano para manter a escola funcionando à noite, além das despesa com 15 professores. A pasta ressalta ainda que os alunos não serão prejudicados porque há outras escolas próximas.


O estudante Josué Souza Lima está prestes a terminar o ensino fundamental e defende a continuidade no EJA na escola: "Tem melhorado até minha autoestima. Aqui é muito bom".
Estudantes fizeram manifestação na porta da escola, no Setor Campinas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Quem estuda e trabalha no colégio o consideram um dos melhores da região. Ele possui sete salas de aula, laboratório de informática com internet, biblioteca e quadra de esportes. Toda estrutura é recém-reformada.

"A estrutura que temos aqui é comparada a escolas particulares. Nós não ficamos devendo nada para escola particular", defende o professor Eduardo.

"Nós não temos problema de violência. Problema de droga, que é muito comum nas outras, aqui não tem", afirma o educador Fernando Santos da Silva.

Após chegar ao Colégio Ruy Barbosa transferida de uma escola que também fechou, a estudante Dária Ribeiro está disposta a lutar para evitar que a situação se repita: "A gente não pode deixar fechar, né. Quero continuar estudando".
FONTE G1

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