Juíza decide não interferir na greve da polícia
Ação Civil Pública foi encaminhada hoje, pedindo liminar que proibiria a Operação Produtividade Zero, em que os servidores da segurança pública do Estado farão uma paralisação de 24h
08/12/2015 21:43Cristiano Borges
Redação
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A juíza plantonista Lilia Mônica de Castro Borges Escher decidiu se esquivar da decisão sobre a liminar que proibiria a Operação Produtividade Zero, em que policiais civis e militares, além de bombeiros e agentes penitenciários farão uma paralisação total de 24h nesta quarta-feira (9).
Segundo a juíza, a decisão não seria de sua alçada e, por isso, não interferiria na greve. Os servidores da segurança pública do Estado protestam contra a decisão do governo de não pagar a data-base deste ano e o adiamento de aumento de salários, que, segundo eles, ocorreria agora em dezembro.
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Secretaria da Segurança Pública apela ao bom senso dos manifestantes
Estado sinaliza mais 37,5% de aumento nos próximos três anos na tentativa de sensibilizar as categorias paralisadas
Redação
Nota divulgada pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária chama para o bom senso os agentes paralisados nesta quarta-feira. Para tanto, a pasta aponta reajustes de da ordem de 32,2% e sinaliza mais 37,5% para os próximos três anos.
“Diante desse quadro, e no contexto da grave crise econômica pela qual o País atravessa, a SSPGO confia que prevalecerá o bom senso e o compromisso dos servidores, que não tomarão qualquer medida que venha a prejudicar a população goiana e nem acarretar medidas disciplinares contra os mesmos.”
Confira abaixo a íntegra da nota.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás presta os seguintes esclarecimentos à população goiana:
Nenhuma entidade representativa dos servidores da pasta comunicou oficialmente à Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária a realização de atos reivindicatórios nesta data.
Contudo, diante de informações veiculadas pelos órgãos de imprensa sobre a denominada Operação Produtividade Zero, conclamada pelo intitulado Comitê Integrado de Representação das Entidades de Segurança, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária tomou todas as medidas necessárias para garantir a prestação de serviços e a tranquilidade à população.
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária lembra que, somente entre 2014 e 2015, os servidores obtiveram reajustes da ordem de 32,2% (mais que o dobro da inflação do período). Para os próximos três anos, a previsão é de mais 37,5%. Além dos reajustes salariais lineares, desde 2011, 13.096 policiais militares, 2.349 bombeiros militares, 569 policiais civis, 1.052 servidores do sistema prisional e 429 servidores da Polícia Técnico-Científica foram promovidos. Em 2015, 1.739 policiais civis, 422 servidores da Polícia Técnico-Científica e 358 servidores do sistema prisional obtiveram progressão na carreira – o que redunda em valorização na remuneração.
Diante desse quadro, e no contexto da grave crise econômica pela qual o País atravessa, a SSPGO confia que prevalecerá o bom senso e o compromisso dos servidores, que não tomarão qualquer medida que venha a prejudicar a população goiana e nem acarretar medidas disciplinares contra os mesmos.
De toda forma, a SSPGO já determinou aos comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, ao delegado-geral da Polícia Civil e aos superintendentes da Polícia Técnico-Científica e da Administração Penitenciária que adotem providências necessárias à apuração disciplinar e criminal de eventuais fatos decorrentes da Operação Produtividade Zero.
JOAQUIM MESQUITA
Secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás
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