Policias civil e militar cruzaram os braços na última quarta-feira como forma de protesto. Mais de 90 veículos foram furtados e roubados na região metropolitana / Foto: divulgação
Após a Operação Produtividade Zero, quando os servidores da Segurança Pública de Goiás realizaram uma paralisação de 24 horas, a categoria promete interromper os trabalhos mais uma vez. Agora, a mobilização seria de 48 horas.
O motivo para mais uma paralisação é a falta de diálogo com o governo estadual, que vetou o reajuste salarial da categoria previsto para novembro passado.
A nova “Operação” deve acontecer na próxima semana. Com a paralisação da última quarta-feira, 9, região metropolitana contabilizou números recordes.
Foram 15 corpos estendidos em função de 11 homicídios (Goiânia e Aparecida), 1 latrocínio e 3 acidentes e mais de 90 veículos foram furtados e roubados. Além de uma queda de 90% no registro de ocorrências nas delegacias, segundo o Sindicato da Polícia Civil.
A mobilização abrange as Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Agência Prisional e Polícia Técnico-Científica.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária esclareceu que está aberta ao diálogo com os representantes classistas. Afirmou ainda que os profissionais de segurança têm sido valorizados.
Confira, na íntegra, a nota da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária:
A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPGO) esclarece que a decisão da desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi, que considerou ilegal a Operação Produtividade Zero, continua vigente. A decisão prevê multa diária de R$ 20 mil a cada entidade que descumpri-la.
A SSPGO informa, ainda, que está aberta ao diálogo com os representantes classistas, mas reitera que eventuais ações ilegais de lideranças serão objeto de procedimentos administrativos, cíveis e criminais.
Por fim, a SSPGO volta a lembrar que os profissionais de segurança têm sido valorizados ao longo do tempo pelo governo do Estado. Desde 1998, os reajustes oscilaram entre 263% a 905%, ou seja, até cinco vezes a inflação do período. Ainda em 2014 e 2015, os profissionais também foram beneficiados com reajustes de até 32% – portanto, também acima da inflação.
Além disso, apesar do cenário econômico brasileiro impedir novos reajustes imediatos, as categorias têm garantidos 37% de aumento para os próximos três anos.
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