Preso em flagrante pela PM é solto na porta da delegacia
Assessoria
O mineiro Irani Muniz (63) furtou um celular numa casa da rua Paranaíba, no Parque União, na manhã de ontem (19), sem imaginar seu dia seria marcado por fatos inusitados como ser preso em flagrante e liberado na porta da Delegacia na presença de policiais militares, civis, a imprensa e até mesmo a vítima.
Esta sequência de acontecimentos insólitos somente foi possível pela greve estadual da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul por reposição salarial. O agente de Chapadão do Sul ainda ligou para o delegado Rodrigo Freitas (Cassilândia) para consultar a autoridade superior sobre a decisão a ser tomada neste caso. A decisão foi não aceitar o preso e como a PM não levaria ele de volta para o quartel o criminoso acabou solto.
O casal que foi vítima do furto tinha colocado um celular à venda. Irani Muniz ficou sabendo e começou a rondar a casa localizada na rua Paranaíba. Quando ele visualizou o aparelho “dando sopa” pegou e saiu tranquilamente em sua bicicleta com o casal logo atrás num carro, ligando para a Polícia Militar. O cabo Adriano conseguiu alcançar o ladrão nas imediações do Hotel Chapadão. Os proprietários do celular ligaram e a campainha do aparelho soou no bolso de Irani.
Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi encaminhado ao quartel e logo a seguir à Delegacia de Polícia Civil, onde foi liberado. O PM Adriano fez o procedimento de autonomia da Polícia Militar que é entregar o prisioneiro na delegacia. Antes do ladrão ser solto ele chamou o testemunho de cidadãos que passavam para assinar o documento que comprovava a idoneidade física Iraci durante a soltura.
GREVE
O indicativo de greve da Polícia Civil de Chapadão do Sul, Costa Rica e Cassilândia foi confirmado na sexta-feira porque o Governo do Estado não aceitou o percentual de 25% da categoria e acenou com 7%. A majoração representa apenas R$ 66,00 no salário e foi considerado inaceitável pelas lideranças sindicais.
Segundo André Carvalho Bittencourt, diretor de Assuntos Sindicais da Polícia Civil do SINPOL/MS, a paralisação foi inevitável.
Caso não houvesse acordo, somente os flagrantes seriam lavrados em Chapadão do Sul porque a emissão de documentos e outros trâmites burocráticos estarão suspensos por tempo indeterminado.
Nem isso aconteceu hoje porque a discussão salarial foi transformada em “queda de braço” com o governo. Uma contra proposta acima dos 15% foi feita pelo sindicato sem que uma resposta tenha sido dada.
A categoria exige aumento de 25%, o que elevaria o salário de R$ 2.361 para R$ R$ 3,8 mil até 2014. Anteriormente, Puccinelli havia proposto apenas 5% - reajuste menor que a inflação, de 6,59% (IPCA/IBGE), o que sequer corrigiria as perdas inflacionárias.
Na segunda-feira está previsto a discussão salarial da Polícia Militar. Não está descartado o aquartelamento.
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