PM em protesto: governo do Estado nega aquartelamento
Renan Nucci
Desde segunda-feira os policiais militares estão aquartelados no 3° Batalhão, em Dourados, e não saem para atender ocorrências. De acordo com o diretor regional da Associação de Cabos e Soldados Militares de Mato Grosso do Sul (ACS/MS), Cabo Aparecido Lima, a adesão ao movimento é em âmbito estadual, entretanto, o governo divulgou uma nota oficial informando a população de que a “segurança pública está funcionando normalmente” (Polícia Civil está em greve) e que notícias de protestos em cidades do interior “não se confirmaram”.
Nesta manhã, membros da ACS/MS de diversas regiões se dirigiram à Campo Grande para nova reunião com representantes do governo. A categoria quer reajuste salarial de 25% para 2013, e melhorias nas condições de trabalho; a proposta apresentada pelo Executivo até o momento seria de 7% e mais R$ 100 de abono para 2013 e os próximos dois anos, porém, não agradou. Os policiais alegam que em 2015 André Puccinelli não será mais governador, e por isso não há garantia de que as promessas sejam cumpridas.
“Vamos continuar na luta para que possamos sair dessa situação. Nosso salário está defasado há oito anos. Vivemos sob risco e não somos recompensados financeiramente por isso”, lamentou Cabo Lima em recente entrevista, afirmando que há quase uma década os PMs não recebem fardamento, tendo que comprar com dinheiro dos próprios bolsos. Durante aquartelamento, eles vão atender apenas casos de extrema urgência, como o de um assalto ocorrido na tarde de ontem, no Canaã IV.
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