A Corregedoria da Polícia Militar diz que vai apurar se os policiais que socorreram um colega baleado em janeiro descumpriram a resolução da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo que impede o socorro de vítimas de crimes.
De acordo com a PM, eventuais punições só ocorrerão ao final das investigações.
Ontem, a Folha revelou que um grupo de policiais militares socorreu no dia 10 de janeiro um segurança ferido a tiros numa tentativa de roubo em Moema, na capital.
O socorro, conforme imagens de uma câmera de segurança, ocorreu logo após os policiais retirarem uma carteira de documentos do bolso da vítima --que era um sargento reformado da PM.
Pela resolução, nenhuma pessoa pode ser socorrida por policiais. Em casos de vítimas feridas, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou os bombeiros devem ser chamados.
O perito Gustavo Dalton, da Associação Brasileira de Criminalística, diz que a norma que prevê a preservação da cena do crime em detrimento do socorro é insensata. "Para a Justiça, descobrir quem é o autor de um crime é menos importante que salvar uma vida", afirma.
Para o deputado Olímpio Gomes (PDT), membro da comissão de segurança da Assembleia, os PMs agiram corretamente. "Tenho dito para os policiais descumprirem a norma e socorrerem. Nenhum juiz vai ser louco de punir um PM que salva vidas."
FONTE: Folha de São Paulo
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