Depois da Civil, PM e Bombeiros podem deflagrar greve em MS
Flávio Verão
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Policiais Militares e do Corpo de Bombeiros podem deflagrar greve em Mato Grosso do Sul. As categorias, assim como a Polícia Civil, paralisada desde ontem, estão insatisfeitas com a proposta de reajuste salarial de 7% concedido pelo Governo do Estado.
Na manhã deste sábado, policiais militares e bombeiros foram às ruas manifestar o descontentamento. A região da praça Antonio João, na Avenida Marcelino Pires, está bastante movimentada. Além dos policiais, equipe do Ministério Público Estadual (MPE) protesta sobre a PEC 37, que tira deles o poder de investigação policial. Equipe da Comcex (Comissão Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes) também está na praça, distribuindo panfleto à população a denunciar abusos contra crianças e adolescentes.
A Associação dos Cabos, Soldados e Bombeiros da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul estuda a proposta de aquartelamento. Na próxima segunda-feira eles terão assembleia em Campo Grande. "A categoria está muito insatisfeita com a proposta do governo, já que pedimos 28% de reajuste entre os anos de 2013 e 2014", explica o cabo Cristiano, da Polícia Militar de Dourados.
Caso a decisão pelo aquartelamento seja tomada pela maioria, militares e bombeiros deixarão de atender grande parte dos serviços à população.
De acordo com o bombeiro Adilson Domingos, o problema não se resume apenas ao reajuste salarial, se estendendo, principalmente, às condições de trabalho. Segundo ele, a corporação de Dourados sofre com a falta de viaturas e não está apta a atender grandes ocorrências de incêndio.
"Para resgate só temos uma camionete. O nosso caminhão foi encaminhado à reforma e não há prazo para o conserto. Quanto a grande incêndio, só temos capacidade para atender prédios de no máximo quatro andares", disse Adilson Domingos.
A falta de policiais militares e bombeiros também é outro agravante. O efetivo é considerado pequenos para atender Dourados.
Greve da Polícia Civil
Apesar da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) que manda policiais civis voltarem ao trabalho, o sindicato da categoria (Sinpol) promete manter a paralisação.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol/MS), Roberto Simeão, o atendimento à comunidade foi bruscamente reduzido. "Só recebemos neste sábado o comunicado do TJ para encerrar a greve, porém a categoria vai recorrer e a greve será mantida", disse ele.
Passeata conta a PEC 37
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