Delegado e assessor de comunicação da PM trocam farpas e discutem ao vivo em telejornal local
Secretaria de Segurança Pública, em nota, afirmou que vai instaurar inquérito para apurar o caso
DM.COM.BR
DANILO BOAVENTURA
A apreensão de uma arma que estava em posse de um tenente da Polícia Militar, em uma boate no Setor Marista, na madrugada de sábado (6), por um delegado da Polícia Civil, tem gerado um embate nunca antes visto entre as duas instituições coercitivas do estado de Goiás.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, ressalta que o "episódio envolvendo o delegado da Polícia Civil Waldir Soares de Oliveira e o tenente da Polícia Militar Edson Lins de Siqueira Filho" é pontual e que será instaurada uma "sindicância para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis".
Discussão na TV
A repercussão do caso foi abordada na manhã desta segunda-feira (8) pelo telejornal Goiás no Ar(Record), onde o Assessor de Comunicação da PM, coronel Anésio Barbosa, e o delegado do 8° DP de Goiânia, Waldir Soares discutiram e trocaram farpas ao vivo.
Veja o vídeo
Entenda
Dando prosseguimento à segunda etapa da operação “Tolerância Zero”, desta vez realizado nos bairros nobres que compreende a jurisdição do 8° Distrito de Polícia Civil de Goiânia, o delegado Waldir Soares, apreendeu uma pistola 9mm, segundo ele, de uso exclusivo da Polícia Federal e do Exército, sem identificação, em posse do tenente Edson Lins de Siqueira Filho, na boate Vila Marista, no Setor Marista, na madrugada de sábado (6).
De acordo com o delegado, o oficial estava alcoolizado e ele solicitou que o mesmo o acompanhasse até à delegacia para prestar esclarecimentos. Ao chegar no distrito policial, Waldir se deparou com 18 viaturas da PM na porta do distrito, e 32 policiais, dentre eles três tenentes e um capitão, que não deixaram que o detido entrasse no prédio. Somente depois uma hora, com a presença de um coronel no local, a situação foi negociada.
A PM, no mesmo dia, emitiu uma nota de repúdio à atitude do delegado, a qual considerou um atentado “contra os princípios básicos de urbanidade e respeito no trato com o cidadão, desconsiderando um agente público, que teve seus direitos e prerrogativas individuais e profissionais ignorados de forma inaceitável, ao arrepio da lei”.
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