Máfia dos transportes piratas cobra R$ 2 mil de cada novato no DFOs responsáveis pela exploração do esquema no Distrito Federal gerenciam há decadas e de forma organizada o negócio clandestino. Em três dias, o Correio flagra o vaivém de passageiros em pelo menos cinco pontos da capital do país
Flagrante na 213/214 Sul: van pirata com identificação escolar recebe passageiros que aguardavam ônibus |
A máfia que controla o transporte pirata na Rodoviária do Plano Piloto cobra até R$ 2 mil para permitir o ingresso de novos motoristas no esquema clandestino. Há mais de uma década roubando passageiros das empresas de ônibus, o grupo formado por 15 homens é conhecido no maior e mais movimentado terminal da capital. A tímida repressão dos órgãos fiscalizadores permitiu ao bando criar um poder paralelo, capaz de arrecadar até R$ 4 mil por dia com a atividade ilegal.
Com uma impressionante organização, os “loteiros” — como eles mesmos se chamam — montaram uma estrutura empresarial para gerir o lucrativo negócio. A equipe do Correio se passou por interessada em participar do esquema. Sem saber que falava com jornalistas, um deles pediu R$ 2 mil, à vista, para aceitar que um novato alicie passageiros na plataforma superior da Rodoviária, ponto por onde passa o maior número de pessoas. “Aqui, para fichar, é R$ 2 mil”. “Fichar” é o termo empregado para dizer que o grupo chancela a entrada de um novo membro na organização.
FONTE CORREIO BRAZILIENSE
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