Reportagem de capa de CartaCapital desta semana, assinada por Leandro Fortes, revela como um jovem estudante de Medicina prestou serviços como hacker a pessoas ligadas ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
De acordo com a publicação, o esquema seria comandado pelo casal de radialistas Luiz Gama e Eni de Aquino que se valiam dos serviços de um hacker de codinome "Mr. Magoo", nome de um personagem de desenho animado.
De acordo com a publicação, o esquema seria comandado pelo casal de radialistas Luiz Gama e Eni de Aquino que se valiam dos serviços de um hacker de codinome "Mr. Magoo", nome de um personagem de desenho animado.
Segundo a revista, a partir das encomendas de Gama e Aquino por e-mails e mensagens diretas via Twitter, o hacker montou um fenomenal arquivo de informações retiradas de computadores invadidos e telefones celulares grampeados. Pelos serviços, recebia entre 500 e 7 mil reais, a depender da complexidade do trabalho e do alvo em questão.
O esquema de grampo e invasão de perfis na rede mundial de computadores, as trocas de mensagens dos radialistas com "Mr. Magoo" revelam, de acordo com a revista, que o governo de Goiás teria se utilizado de hackers oriundos de São Paulo e Minas Gerais.
O radialista sustenta ainda que parte desse serviço importado chegou ao estado por meio de um contrato firmado com a SMP&B, agência de publicidade que pertenceu a Marcos Valério de Souza, figura central dos escândalos dos "mensalões" do PT e do PSDB.
O esquema, ainda de acordo com a revista, é investigado pelo Ministério Público Federal. Em seu perfil no Twitter, o procurador Hélio Telho reagiu com extrema cautela a matéria publicada na revista. Telho não endossa a suposta denúncia e sugere que o material está apenas servindo para o combate político entre marconistas e adversários.
Ainda de acordo com o procurador, "há indícios de que houve contratação de serviços de espionagem política, mas não foram apresentadas provas de que tenha sido executado".
MPF/GO esclarece reportagem divulgada pela revista Carta Capital
Em nota, o Ministério Público Federal afirma que, não há, em curso, uma investigação sobre uma possível "central de grampos de Marconi Perillo".
Leia a nota na íntegra:
"O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), pelo Núcleo de Combate à Corrupção, esclarece que, diferente do que foi publicada pela revista Carta Capital hoje, 26, não há, em curso, uma investigação sobre uma possível "central de grampos de Marconi Perillo". O que ocorreu, até o momento, foi o seguinte:
MPF/GO esclarece reportagem divulgada pela revista Carta Capital
Em nota, o Ministério Público Federal afirma que, não há, em curso, uma investigação sobre uma possível "central de grampos de Marconi Perillo".
Leia a nota na íntegra:
"O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO), pelo Núcleo de Combate à Corrupção, esclarece que, diferente do que foi publicada pela revista Carta Capital hoje, 26, não há, em curso, uma investigação sobre uma possível "central de grampos de Marconi Perillo". O que ocorreu, até o momento, foi o seguinte:
1. O procurador da República Helio Telho, coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção, recebeu ontem, 25 (no depoimento consta, de maneira errada, dia 24), de Gercyley Batista de Sousa (@Gercyley44). O procurador tomou o depoimento e recebeu o material, em um pendrive, trazido pelo declarante.
2. Após colher o depoimento, diante da notícia de possível prática de peculato, que envolveria o governador de Goiás, o material foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (ofício, depoimento e pendrive foram encaminhados via Sedex). Como o possível envolvido possui foro privilegiado, só lá é que se pode abrir uma investigação.
3. O material trazido por Gercyley teria sido repassado, de acordo com ele, pelo @Mrmagoo13, que é citado na reportagem da revista Carta Capital como um hacker que realizaria os "grampos" a pedido do governador.
4. O MPF/GO encaminhou o material para a PGR para apurar o noticiado uso de recurso público para contratação de serviços de espionagem de interesse político-partidário.
5. No material recebido, há indícios de que teria havido a contratação de espionagem política, porém não foram apresentadas provas de que esse serviço tenha sido, efetivamente, executado."
Clique aqui e veja o ofício que encaminha o material para a PGR e cópia do depoimento colhido pelo MPF/GO.
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