PMs que pararam atividades no CE rejeitam proposta do governo
Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza: ruas ficaram vazias após comerciantes fecharem as portas com receio de assaltos, com a paralisação da PM. (Foto: Elias Bruno/G1 CE)
Policiais e bombeiros em paralisação desde a última quinta-feira (29) rejeitaram proposta do governo do estado na tarde desta terça-feira (3) sobre o reajuste da categoria. De acordo com o cabo Flávio Sabino, presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará, o governo ofereceu 23% de reajuste, mas a categoria exige de 80% a 100% de 2012 a 2014. Um grupo do comando de greve se dirige na noite desta terça-feira para o Palácio da Abolição para uma reunião com o governo do estado.
Segundo Sabino, a proposta dos policiais para o reajuste no primeiro ano é de incorporar ao salário-base a gratificação de R$ 859 já recebida pelos policiais do turno da noite. A proposta é que todos os policiais, de todos os turnos, tivessem essa gratificação incorporada. "Praticamente, não há impacto financeiro, porque seria a incorporação de uma gratificação que já é dada", disse.
No entanto, o governo propôs que fosse incorporada a gratificação de R$ 435 recebida pelos policiais do turno do dia e aos PMs do turno da noite seria complementado em forma de gratificação. A proposta não foi aceita. "A gente pede 80% a 100% e o governo apresenta reajuste de 23% e só para este ano e acabou. Não teria nem em 2013 nem em 2014, apenas o índice da inflação", afirma.
O presidente da associação explica que ao ser incorporada ao salário, a gratificação não seria retirada caso o policial adoeça, quando vai para a reserva, ou mesmo na pensão da família em caso de morte. "Para os outros anos, nós entendemos que qualquer empresa se prepara para pagar quando há um parcelamento", disse. Ainda de acordo com Sabino, o governador teria aceitado conceder anistia aos policiais que participam da paralisação. [...] Fonte: G1
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