Moradores de Águas Claras reclamam do barulho da sirene dos bombeiros
Um abaixo-assinado contra o barulho dos carros causou polêmica na internet; síndico explica que o documento é iniciativa de uma moradora que se incomodou com o som
HL Hellen Leite
Carro utilizado pelo Corpo de Bombeiros é importado e tem uma buzina de ar, utilizada apenas em situações extremas (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O barulho da sirene do carro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal tem incomodado alguns moradores de Águas Claras, que fizeram um abaixo-assinado pedindo que a corporação seja mais comedida ao usar o aviso sonoro. A minuta da circular de um condomínio que avisa sobre a proposta de uma moradora foi parar em um grupo WhatsApp e causou polêmica entre os moradores.
"É lamentável a atitude desse condomínio de reclamar do barulho da sirene, logo de uma corporação tão respeitada quanto o CBMDF", informa a legenda que acompanha a foto da circular do condomínio Smart, que fica na avenida Sibipiruna, em Águas Claras. "Vergonha de morar nesse condomínio. Reclamam de tudo como se fossem perfeitos, mas cometem tantos erros quanto os que apontam nos outros. Um abaixo-assinado desse faz parecer que todos aqui pensam assim", disse outro internauta.
No entanto, o síndico do condomínio, Leonardo Conte, esclarece que o documento não é uma iniciativa da administração do local, mas de uma moradora, que se incomodou com o barulho da sirene do Corpo de Bombeiros. "Eu, como síndico e morador, não concordo e não assinei o documento, mas fiz o meu papel de síndico de comunicar a existência do mesmo, e que ele estava disponível para assinatura", se defende. Em cinco dias, 30 pessoas assinaram o abaixo-assnado, de um total de 1.150 residentes. A moradora que propôs o abaixo-assinado preferiu não falar com a reportagem.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a viatura "barulhenta" é modelo Auto Bomba Tanque (ABT), utilizada para situações de incêndios, capotamentos ou salvamento. "Essa viatura é importada e tem uma buzina de ar, que a faz ter um barulho diferente das demais. Embora ela esteja dentro do limite da legislação sonora do DF, sabemos que ela é alta e incomoda, no entanto, só a usamos em casos extremos, em que realmente há necessidade", comenta o capitão M. Felipe.
O Distrito Federal tem ao menos 30 viaturas como essa. "Não é só Águas Claras que convive com esse barulho, todo batalhão do Corpo de Bombeiros tem uma viatura como esta", explica. Segundo o capitão, o uso da sirene "simboliza um pedido de passagem". "Se a sinalização do farol resolvesse ou o do giroflex, a sirene seria usada com menor frequência. Mas, especialmente em Águas Claras, onde o trânsito é intenso, ela se faz necessária. Já tivemos situações de sirenes estarem queimadas e isso significar um risco de morte para as vítimas", reforça. “Temos que sinalizar para salvar vidas. Esse é o nosso objetivo", completa.
Lei do silêncio
Atualmente, a lei do silêncio no Distrito Federal, que regulamenta os excessos sonoros, permite 65 decibéis (dB) durante o dia e 55 dB à noite. O Corpo de Bombeiros não soube informar exatamente os decibéis da sirene, mas explicou que o volume está dentro da lei.
Os moradores que estiverem se sentindo incomodados por algum estabelecimento podem acionar a polícia já que a perturbação do sossego é uma infração penal. E também fazer denúncias através do número 162.
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#águas claras
#lei do silêncio
#barulho
Um abaixo-assinado contra o barulho dos carros causou polêmica na internet; síndico explica que o documento é iniciativa de uma moradora que se incomodou com o som
HL Hellen Leite
Carro utilizado pelo Corpo de Bombeiros é importado e tem uma buzina de ar, utilizada apenas em situações extremas (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O barulho da sirene do carro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal tem incomodado alguns moradores de Águas Claras, que fizeram um abaixo-assinado pedindo que a corporação seja mais comedida ao usar o aviso sonoro. A minuta da circular de um condomínio que avisa sobre a proposta de uma moradora foi parar em um grupo WhatsApp e causou polêmica entre os moradores.
"É lamentável a atitude desse condomínio de reclamar do barulho da sirene, logo de uma corporação tão respeitada quanto o CBMDF", informa a legenda que acompanha a foto da circular do condomínio Smart, que fica na avenida Sibipiruna, em Águas Claras. "Vergonha de morar nesse condomínio. Reclamam de tudo como se fossem perfeitos, mas cometem tantos erros quanto os que apontam nos outros. Um abaixo-assinado desse faz parecer que todos aqui pensam assim", disse outro internauta.
No entanto, o síndico do condomínio, Leonardo Conte, esclarece que o documento não é uma iniciativa da administração do local, mas de uma moradora, que se incomodou com o barulho da sirene do Corpo de Bombeiros. "Eu, como síndico e morador, não concordo e não assinei o documento, mas fiz o meu papel de síndico de comunicar a existência do mesmo, e que ele estava disponível para assinatura", se defende. Em cinco dias, 30 pessoas assinaram o abaixo-assnado, de um total de 1.150 residentes. A moradora que propôs o abaixo-assinado preferiu não falar com a reportagem.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a viatura "barulhenta" é modelo Auto Bomba Tanque (ABT), utilizada para situações de incêndios, capotamentos ou salvamento. "Essa viatura é importada e tem uma buzina de ar, que a faz ter um barulho diferente das demais. Embora ela esteja dentro do limite da legislação sonora do DF, sabemos que ela é alta e incomoda, no entanto, só a usamos em casos extremos, em que realmente há necessidade", comenta o capitão M. Felipe.
O Distrito Federal tem ao menos 30 viaturas como essa. "Não é só Águas Claras que convive com esse barulho, todo batalhão do Corpo de Bombeiros tem uma viatura como esta", explica. Segundo o capitão, o uso da sirene "simboliza um pedido de passagem". "Se a sinalização do farol resolvesse ou o do giroflex, a sirene seria usada com menor frequência. Mas, especialmente em Águas Claras, onde o trânsito é intenso, ela se faz necessária. Já tivemos situações de sirenes estarem queimadas e isso significar um risco de morte para as vítimas", reforça. “Temos que sinalizar para salvar vidas. Esse é o nosso objetivo", completa.
Lei do silêncio
Atualmente, a lei do silêncio no Distrito Federal, que regulamenta os excessos sonoros, permite 65 decibéis (dB) durante o dia e 55 dB à noite. O Corpo de Bombeiros não soube informar exatamente os decibéis da sirene, mas explicou que o volume está dentro da lei.
Os moradores que estiverem se sentindo incomodados por algum estabelecimento podem acionar a polícia já que a perturbação do sossego é uma infração penal. E também fazer denúncias através do número 162.
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FONTE CORREIOS BRAZILIENSE
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