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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Consórcio quer construir centro de negócios no aeroporto de Brasília


Consórcio quer construir centro de




 negócios no aeroporto de Brasília



Projeto inclui construção de salas comerciais, centro de convenção e hotéis.
Inframérica arrematou aeroporto de Brasília por R$ 4,501 bilhões.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília
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O consórcio Inframérica, administrador, junto com a Infraero, do aeroporto de Brasília, pretende construir no entorno do terminal um grande centro de negócios e de serviços para atender ao aumento no volume de passageiros nos próximos anos.
De acordo com o diretor do Inframérica Antonio Droghetti, o plano do consórcio é aplicar ali o conceito de “aerotrópole”, em que o passageiro encontra no aeroporto toda a infraestrutura de que precisa durante a sua estada – sem necessidade de deixar o local.
Imagem mostra como ficará entrada do aeroporto de Brasília depois da reforma (Foto: Divulgação)Imagem mostra como ficará entrada do aeroporto de Brasília depois da reforma (Foto: Divulgação)
Entre os projetos avaliados pelo consórcio para o entorno do aeroporto de Brasília estão a construção de hotéis, shopping, prédios de salas comerciais e um centro de convenções. Com isso, a empresa espera transformar Brasília na capital de negócios da América Latina.
“É em Brasília que se decide tudo. Ninguém faz negócio em São Paulo, por exemplo, sem antes discutir o projeto aqui”, diz Droghetti.
O Inframérica contratou uma empresa de consultoria para fazer o plano diretor do novo aeroporto de Brasília. A previsão é que o documento fique pronto em fevereiro de 2013, quando então será apresentado a empresas interessadas a investir no local. Essa estrutura será voltada principalmente às pessoas que viajam para tratar de negócios.
“A nossa expectativa é que os primeiros equipamentos entrem em operação em até cinco anos”, disse Droghetti. “O nosso objetivo é que as pessoas venham para Brasília, façam seus negócios, se hospedem e consumam aqui no aeroporto, sem necessidade de deslocamento ou risco de congestionamento.”
Investimento
O consórcio Inframérica informou nesta quinta-feira (11) que vai investir R$ 750 milhões na primeira fase de reforma e ampliação do aeroporto de Brasília, arrematado pela empresa no leilão feito pelo governo em fevereiro.
As obras da primeira fase compreendem aquelas que, por acordo com o governo, devem ficar prontas até a Copa de 2014. No caso do aeroporto de Brasília, inclui a reforma total dos dois terminais de passageiros e a construção de um terceiro, com 15 novas posições de embarque.
O consórcio também informou que vai dobrar o número de vagas em seu estacionamento, para cerca de 3 mil.
Os investimentos totais na reforma e ampliação do aeroporto vão aumentar a sua capacidade de 15 milhões para 41 milhões de passageiros ao ano até o fim da concessão.
Leilão
O Inframérica Aeroportos é formado pela Infravix Participações e pela Corporación America, operadora de aeroportos da Argentina. O consórcio pagou R$ 4,501 bilhões pela concessão do terminal de Brasília, ágio de 673,89%.

O consórcio é o mesmo responsável pela administração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, leiloado em agosto de 2011.

No total, o governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília, realizado em fevereiro. O ágio foi de 347% considerando o valor mínimo de R$ 5,477 bilhões exigido pelos três.

O aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consórcio Invepar (composto pela Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura, com participação de 90%, e operadora Airport Company South Africa, com 10%), por R$ 16,213 bilhões – ágio de 373,5% sobre o valor mínimo.

A concessão de Viracopos, em Campinas, ficou com o consórcio Aeroportos Brasil (45% pela Triunfo Participações e Investimentos, 45% da UTC Participações e 10% da Egis Airport Operation, da França), que ofereceu R$ 3,821 bilhões, ágio de 159,75%.

Cada um dos três aeroportos é administrado por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelos consórcios vencedores (51%) e a Infraero, antiga operadora dos aeroportos, e que será sócia das SPE com 49% do capital.

Os contratos entre o governo e os consórcios foram assinados em junho. Atualmente, o controle da concessão ainda é dividido entre Inframérica e Infraero. O consórcio, porém, o assume a partir do dia 30 de novembro.
Fábio AmatoDo G1, em Brasília

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