Preocupados com o desaparecimento de milhares de armas depositadas nos fóruns de todo o País, o Ministério da Justiça assina amanhã, 11, um acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com o Ministério da Defesa para agilizar o processo de destruição deste arsenal.
O acordo faz parte da Campanha Nacional do Desarmamento, que
passará a divulgar a quantidade de armas entregues pelos cidadãos e os artefatos
destruídos. 'Temos uma quantidade imensa de armas que estão aquarteladas nos
fóruns e cotidianamente essas armas são desviadas pela própria impossibilidade
dessas unidades guardarem as armas em lugares seguros', explicou o ministro José
Eduardo Cardozo.
De acordo com o Ministério da Justiça, a campanha já arrecadou
25 mil artefatos de fogo, entre eles fuzis, metralhadoras e submetralhadoras.
'Nós arrecadamos armamentos pesados nesta campanha, coisa que nunca havia
acontecido', comemorou o ministro. Para Cardozo, a entrega voluntária e anônima
aliada ao pagamento, em 24 horas, de R$ 100 a R$ 300 por arma, motivam a
colaboração da população.
Como a sociedade vem respondendo de forma positiva à campanha,
a preocupação do governo federal agora é garantir a destruição destas armas, de
forma a evitar que elas retornem às ruas. 'É de fundamental importância que
essas armas, tiradas de circulação, possam ser eliminadas de vez para que não se
corra o risco que elas voltem à circulação', disse Cardozo.
Para fechar uma das fontes de acesso às armas, o governo
contará a partir de amanhã com a colaboração do CNJ para acabar com o arsenal
mantido hoje nos tribunais. 'Nossa esperança é poder destruir com maior rapidez
centenas de milhares de armas guardadas nos fóruns', afirmou o
ministro.
Por DAIENE CARDOSO E FAUSTO MACEDO, estadao.com.br,
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