O acordo faz parte da Campanha Nacional do Desarmamento, que passará a divulgar a quantidade de armas entregues pelos cidadãos e os artefatos destruídos. 'Temos uma quantidade imensa de armas que estão aquarteladas nos fóruns e cotidianamente essas armas são desviadas pela própria impossibilidade dessas unidades guardarem as armas em lugares seguros', explicou o ministro José Eduardo Cardozo.
De acordo com o Ministério da Justiça, a campanha já arrecadou 25 mil artefatos de fogo, entre eles fuzis, metralhadoras e submetralhadoras. 'Nós arrecadamos armamentos pesados nesta campanha, coisa que nunca havia acontecido', comemorou o ministro. Para Cardozo, a entrega voluntária e anônima aliada ao pagamento, em 24 horas, de R$ 100 a R$ 300 por arma, motivam a colaboração da população.
Como a sociedade vem respondendo de forma positiva à campanha, a preocupação do governo federal agora é garantir a destruição destas armas, de forma a evitar que elas retornem às ruas. 'É de fundamental importância que essas armas, tiradas de circulação, possam ser eliminadas de vez para que não se corra o risco que elas voltem à circulação', disse Cardozo.
Para fechar uma das fontes de acesso às armas, o governo contará a partir de amanhã com a colaboração do CNJ para acabar com o arsenal mantido hoje nos tribunais. 'Nossa esperança é poder destruir com maior rapidez centenas de milhares de armas guardadas nos fóruns', afirmou o ministro.
Por DAIENE CARDOSO E FAUSTO MACEDO, estadao.com.br,