Valdezia Pereira
O certo é que tal prática chega ao ponto de preocupar Maquiavel, atento em alertar o príncipe (entende-se aqui por qualquer autoridade ou detentores do poder) contra o perigo de ceder aos bajuladores, em geral propensos a adular a quem esteja no poder. Ou seja, o bajulador, apesar de sua ação ser dirigida ao outro, ao bajulado, serve-se dela para o seu próprio interesse: adentrar aos espaços do poder e, em regra, não vir a valorizar as pessoas por seus méritos. Talvez por essa razão o bajulador não sai por aí distribuindo elogios a qualquer um. O seu foco é delimitado: elogia para ser notado, valorizado, reconhecido. Quem sabe, diria Gerson, “para levar vantagem”.
Identificação
Então, como vir o governante prudente a identificar que grande parte dos elogios que recebe são falsos, são atos de bajulação? Seria aprender a ler no rosto, nos olhos de quem elogia, ou orientar a todos a dizerem sempre a verdade?
Verdade
Mas quem está revestido de autoridade aceitará a verdade sem que entenda estar sendo desrespeitado? Sim, porque a verdade pode ser um antídoto contra a bajulação, mas exige capacidade para ouvi-la e humildade para acatá-la.
Modo de agir
Daí, particularmente, reconheço que o que mais me agrada na lição de Maquiavel seja o fato de alertar que ao príncipe prudente cabe escolher homens sábios, que dele tenham a permissão de dizer a verdade somente a respeito daquilo que lhe é perguntado. Para ele, o príncipe deve aconselhar-se sempre, porém, somente quando deseje e não quando os outros queiram. Se precisar, deve pedir conselhos. Não impor restrições, ouvir com paciência as respostas obtidas, sem perder de conta que todos devam expressar as suas opiniões. Saber ouvir, mesmo o que não agrada aos ouvidos, como desacertos, equívocos, limitações pode servir ao crescimento pessoal e social.
Lição
Seria essa a finalidade do outro, do sábio? Sim, pela lição do mestre italiano, deve-se ouvir o sábio. E quem é sábio? Há meios adequados e/ou capazes de separar o sábio do bajulador? Acredito que um deles deva considerar que, primeiro, não cabe ao sábio elogiar, mas sim aconselhar. Ao contrário, o bajulador alicerça seu entorno, sua proximidade aos contornos do poder por meio do elogio. Muitas vezes, exagerado e, por isso, falso...
Identificação
Então, como vir o governante prudente a identificar que grande parte dos elogios que recebe são falsos, são atos de bajulação? Seria aprender a ler no rosto, nos olhos de quem elogia, ou orientar a todos a dizerem sempre a verdade?
Verdade
Mas quem está revestido de autoridade aceitará a verdade sem que entenda estar sendo desrespeitado? Sim, porque a verdade pode ser um antídoto contra a bajulação, mas exige capacidade para ouvi-la e humildade para acatá-la.
Modo de agir
Daí, particularmente, reconheço que o que mais me agrada na lição de Maquiavel seja o fato de alertar que ao príncipe prudente cabe escolher homens sábios, que dele tenham a permissão de dizer a verdade somente a respeito daquilo que lhe é perguntado. Para ele, o príncipe deve aconselhar-se sempre, porém, somente quando deseje e não quando os outros queiram. Se precisar, deve pedir conselhos. Não impor restrições, ouvir com paciência as respostas obtidas, sem perder de conta que todos devam expressar as suas opiniões. Saber ouvir, mesmo o que não agrada aos ouvidos, como desacertos, equívocos, limitações pode servir ao crescimento pessoal e social.
Lição
Seria essa a finalidade do outro, do sábio? Sim, pela lição do mestre italiano, deve-se ouvir o sábio. E quem é sábio? Há meios adequados e/ou capazes de separar o sábio do bajulador? Acredito que um deles deva considerar que, primeiro, não cabe ao sábio elogiar, mas sim aconselhar. Ao contrário, o bajulador alicerça seu entorno, sua proximidade aos contornos do poder por meio do elogio. Muitas vezes, exagerado e, por isso, falso...
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