Mais de 22 mil pessoas vivem em áreas de risco em 58 cidades de GO
Bombeiros monitoram pontos críticos principalmente no período chuvoso.
Famílias aguardam o benefício de programas habitacionais para se mudarem.
Mais de 22 mil pessoas vivem em áreas de risco espalhadas por 58 cidades de Goiás, segundo a Defesa Civil. O período chuvoso aumenta a preocupação das famílias que moram nesses locais de que os imóveis desabem. Somente em Goiânia, existem 14 pontos que são monitorados pelo Corpo de Bombeiros.
Em Rio Verde, maior cidade do sudoeste do estado, os bombeiros acompanham oito áreas de risco. Morando em uma delas, o coletor de lixo Gilson Pinheiro afirma que vive com a família às margens de um córrego há quatro anos por não ter condições financeiras de pagar aluguel. Ele teme pela segurança dos filhos. "A gente sai e os filhos ficam. Um dia chegamos aqui e estava tudo alagado", afirma.
A prefeitura de Rio Verde informou que pelo menos 320 famílias já foram contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Outros preferiram receber uma verba indenizatória. A transferência, segundo a administração, está ocorrendo aos poucos.Muitos moradores aguardam ser beneficiados por programas habitacionais para se mudarem das áreas de risco. A cozinheira Márcia Batista dos Santos é uma delas. "Quando chove, a enxurrada é muito forte, já chegou a entrar na garagem. Vamos vivendo com esse medo", lamenta.
Sem galerias
Além das chuvas, outro motivo que causa preocupação em moradores de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, é a falta de infraestrutura da cidade. Na maioria das 11 áreas de risco do município, não existe galeria de água pluvial, o que provoca alagamentos e desmoronamentos.
Além das chuvas, outro motivo que causa preocupação em moradores de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, é a falta de infraestrutura da cidade. Na maioria das 11 áreas de risco do município, não existe galeria de água pluvial, o que provoca alagamentos e desmoronamentos.
O catador Carlos Morais improvisou uma barreira para tentar desviar a água. "Quando chove, não podemos sair e alguma criança pode cair em um buraco. Tem muitas erosões aqui", reclama.
O capitão dos bombeiros Juliano Borges diz que o problema é maior por conta do lixo despejado nas ruas. "Nós visitamos essas famílias e estamos sempre observando quando o índice pluviométrico é elevado. Um grande erro das cidades é o lixo e o entulho, que acabam obstruindo a passagem das águas. Com isso, a gente tem os alagamentos e as enchentes", pondera.
A secretaria de Obras de Luziânia informou que a construção das galerias deve começar assim que o período chuvoso passar.
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