SABIAS PALAVRAS, PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, SÓ ISSO.
SÁBIAS PALAVRAS DO GRANDE CORONEL EDSON
A PM não é contra o controle externo; pelo contrário, é preciso ter supervisão e acompanhamento do efetivo. Mas não se pode ter um comportamento generalizado em relação à instituição. É isso que pedimos ao Ministério Público. Toda generalização é perigosa, assim como é perigoso o policial perder a presunção da inocência. Feliz¬mente ou infelizmente, é melhor confiarmos nesta polícia, até que se prove o contrário. Só que essa prova em contrário tem de ser construída de forma democrática, porque senão vamos dar todos os direitos humanos ao criminoso e vamos vilipendiar os direitos do policial. Com que garantias que esse homem iria às ruas, se lá fora estarão desconfiando de mim de antemão? Dessa for¬ma, o trabalho fica muito difícil, porque ele é extremo e, invariavelmente, uma hora ha¬verá um flagrante e uma troca de tiros. Se acontecer de haver necessidade de uso letal da força e o suspeito morrer, fica a questão: esse policial vai se perguntar sobre o que vai consigo, com sua família. Ir à rua com a sociedade desconfiando de seu trabalho é o que há de pior para o policial. O eletricista, o padeiro, todo profissional tem sua garantia. O policial tem de conviver com expressões, divulgadas inclusive pela mídia, que já colocam seu trabalho em dúvida. Uma delas é “suposta troca de tiros”. Essa palavra “suposta” tem uma carga negativa muito forte. Se a polícia chegar a tempo em uma ocorrência de flagrante, por exemplo, o assalto a uma lotérica, vai haver troca de tiros mesmo, porque os bandidos não vão se entregar. Como vou partir para um enfrentamento desses, se já há alguém dizendo que isso é uma “suposta troca de tiros”? É como um trabalhador da Celg levar um choque e alguém dizer que ele tomou um choque enquanto “supostamente” estava mexendo na fiação elétrica! (enfático) O policial tem de ter a presunção, por parte da sociedade, de que estava trabalhando corretamente. Inferir se ele tinha algum desvio ou cometeu algum excesso é algo para ser discutido a posteriori. A priori, esse policial tem de ter a minha confiança, como cidadão. De¬pois há as vias legais, por meio de um processo, o qual não tem como ser engavetado, que será acompanhado pelo Ministério Público, chegar ao Judiciário etc. A atuação do policial é totalmente coberta por um controle externo muito forte. E pior, vão julgá-lo em meio ao ar-condicionado sobre uma ação na qual ele teve dez segundos para decidir e executar. Só quem passa pelo fragor de uma demanda de uma ocorrência crítica, por essa adrenalina, é que sabe o que pode acontecer. Enfim, temos de construir um sistema em que haja confiança na polícia até se provar o contrário, com todas as instituições fortes no acompanhamento do processo.
A PM não é contra o controle externo; pelo contrário, é preciso ter supervisão e acompanhamento do efetivo. Mas não se pode ter um comportamento generalizado em relação à instituição. É isso que pedimos ao Ministério Público. Toda generalização é perigosa, assim como é perigoso o policial perder a presunção da inocência. Feliz¬mente ou infelizmente, é melhor confiarmos nesta polícia, até que se prove o contrário. Só que essa prova em contrário tem de ser construída de forma democrática, porque senão vamos dar todos os direitos humanos ao criminoso e vamos vilipendiar os direitos do policial. Com que garantias que esse homem iria às ruas, se lá fora estarão desconfiando de mim de antemão? Dessa for¬ma, o trabalho fica muito difícil, porque ele é extremo e, invariavelmente, uma hora ha¬verá um flagrante e uma troca de tiros. Se acontecer de haver necessidade de uso letal da força e o suspeito morrer, fica a questão: esse policial vai se perguntar sobre o que vai consigo, com sua família. Ir à rua com a sociedade desconfiando de seu trabalho é o que há de pior para o policial. O eletricista, o padeiro, todo profissional tem sua garantia. O policial tem de conviver com expressões, divulgadas inclusive pela mídia, que já colocam seu trabalho em dúvida. Uma delas é “suposta troca de tiros”. Essa palavra “suposta” tem uma carga negativa muito forte. Se a polícia chegar a tempo em uma ocorrência de flagrante, por exemplo, o assalto a uma lotérica, vai haver troca de tiros mesmo, porque os bandidos não vão se entregar. Como vou partir para um enfrentamento desses, se já há alguém dizendo que isso é uma “suposta troca de tiros”? É como um trabalhador da Celg levar um choque e alguém dizer que ele tomou um choque enquanto “supostamente” estava mexendo na fiação elétrica! (enfático) O policial tem de ter a presunção, por parte da sociedade, de que estava trabalhando corretamente. Inferir se ele tinha algum desvio ou cometeu algum excesso é algo para ser discutido a posteriori. A priori, esse policial tem de ter a minha confiança, como cidadão. De¬pois há as vias legais, por meio de um processo, o qual não tem como ser engavetado, que será acompanhado pelo Ministério Público, chegar ao Judiciário etc. A atuação do policial é totalmente coberta por um controle externo muito forte. E pior, vão julgá-lo em meio ao ar-condicionado sobre uma ação na qual ele teve dez segundos para decidir e executar. Só quem passa pelo fragor de uma demanda de uma ocorrência crítica, por essa adrenalina, é que sabe o que pode acontecer. Enfim, temos de construir um sistema em que haja confiança na polícia até se provar o contrário, com todas as instituições fortes no acompanhamento do processo.
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