Suspeita de assassinato ficou uma hora vendo corpo da vítima pegar fogoPolícia tem duas linhas de investigação para caso de mulher carbonizada. O corpo foi encontrado nesta terça-feira e ainda não foi comprovado se a vítima morreu por causa das queimaduras
Publicação: 13/08/2013 17:00 Atualização: 13/08/2013 17:41
A vítima teria sido morta nas escadas do prédio e levada de madrugada para a área externa, onde a suspeita ateou o fogo |
A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação no caso da mulher que foi encontrada carbonizada na quadra 415 da Asa Sul na manhã desta terça-feira (12/8).
A primeira versão é da cabelereira que confessou o crime, Ellen Samara Moares de Lucena: ela afirma ter sido um crime passional. Em depoimento, a suspeita contou que ela e Ananci Conceição de Jesus tinham um relacionamento e que teriam brigado na escada do prédio na noite de segunda-feira (12/8). Ellen afirmou que empurrou a mulher na escada e, após perceber que ela ainda estava acordada, pisou no rosto da vítima, que desmaiou. Depois, Ellen teria voltado em casa e envolvido o corpo de Ananci com um saco plástico e um cobertor.
Ellen confessou o crime e foi encaminhada para a 1ª DP |
Nas imagens do circuito de segurança, Ellen aparece arrastando o corpo para fora do edifício. No trajeto, ela se encontrou com o síndico, que não a reconheceu. Colocou o corpo na calçada e voltou minutos depois com um balde e álcool. Segundo a polícia, as imagens mostram que Ellen ficou aproximadamente uma hora assistindo o corpo ser queimado.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Renata Malafaia, o homicídio ocorreu por volta de 3h da madrugada desta terça-feira (13/8). A perícia ainda não comprovou se a vítima morreu queimada ou antes disso.
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Outra linha que a polícia investiga é a de latrocínio. Partindo da afirmação de amigos de Ananci de que a vítima não era homossexual, os policias desconfiam do crime ter sido motivado por dinheiro.
De acordo com as investigações, Ellen e Ananci se conheceram porque ambas seriam garotas de programas e a vítima teria R$ 7 mil, que estariam em posse de uma outra amiga. De acordo com a delegada, a amiga que estava com o dinheiro recebeu uma ligação, às 6h, de uma pessoa se passando pela Ananci afirmando que queria pegar o dinheiro.
Ellen já foi presa por estelionato em 2011 e vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil sem possibilidade de defesa da vítima e por meio cruel.
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