Polícia prende membros de facção criminosa suspeitos de ao menos dez mortes por rixas pelo tráfico de drogas, em Goiânia
Segundo polícia, quatro dos seis detidos já estavam recolhidos no sistema prisional, mas, mesmo assim, conseguiam coordenar homicídios do lado de fora. Um dos assassinatos ocorreu por conta de uma dívida de R$ 150.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
Polícia prende membros de facção criminosa suspeitos de ao menos dez mortes em rixas por tráfico de drogas — Foto: Sílvio Túlio/G1
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (10) seis pessoas suspeitas de integrar uma facção criminosa e que teriam envolvimento em pelo menos dez homicídios em Goiânia. A corporação constatou que os assassinatos tinham relação com tráfico de drogas e rixas com membros de um grupo rival. Dos detidos, quatro já estavam recolhidos no sistema prisional, inclusive o chefe.
Os presos são cinco homens, com idades entre 18 e 38 anos, além de uma mulher, também de 38. A polícia não soube dizer se eles já têm advogado.
O G1 entrou em contato com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), por mensagem de texto, e aguarda retorno.
De acordo com o delegado Rômulo Figueiredo de Matos, responsável pelo caso, as mortes ocorreram, em sua maioria, nas regiões central e noroeste da capital.
"A motivação sempre tem o contexto do tráfico de drogas. Às vezes, são circunstâncias periféricas, mas que no fundo revelam que essas pessoas, mandantes, executores e vítimas, na maioria das vezes, estão envolvidos com o tráfico”, afirmou.
Matos citou as circunstâncias de dois dos três crimes em que o inquérito já foi solucionado. Ambos têm relação com o tráfico.
"Ocorreram dois casos no Setor Solar Ville, em maio e junho do ano passado. No primeiro, um homem foi morto porque devia R$ 150 de droga para o vendedor em nome dessa facção. No outro caso, um membro da facção subtraiu uma arma do seu 'comandante'. A punição foi a morte", detalha.
Os outros sete ainda estão em investigação e, portanto, sob sigilo. O delegado revelou, porém, que há casos em que as mortes foram motivadas por rixas entre facções criminosas rivais.
Durante o cumprimento dos mandados no presídio, a polícia apreendeu celulares, chips e armas artesanais.
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