MP pede que prefeitura suspenda repasse de verbas à Associação Atlética de Luziânia
Apesar do imbróglio, será votado na Câmara, nesta terça, projeto que cria fundo para incentivo ao Esporte. Vereador afirma que não houve discussão sobre tema
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomentou, nesta segunda-feira, 8, que o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), suspenda os repasses de verbas públicas à Associação Atlética de Luziânia e também que não celebre novos convênios. Segundo o MPGO, o clube foi beneficiado com R$ 2,6 milhões de 2013 a 2018, por meio de convênios que não geraram benefícios à população.
Além disso, no último mês, o vereador Everaldo Meireles Roriz (PHS) denunciou que a Associação utilizava dinheiro público para pagar dívidas particulares de dois servidores. Na terça-feira, 9, inclusive será votado na Câmara da cidade, o Projeto de Lei nº 5, de 22 de março de 2019, responsável por criar o Fundo Municipal de Incentivo ao Esporte e Lazer.
Esta norma, que segundo Everaldo foi apresentada sem qualquer discussão no Legislativo municipal e elaborada em apenas três parágrafos pelo prefeito, estabelece que recursos consignados na Lei Orçamentária Anual do Município de Luziânia sejam destinados à Associação.
“Priorizar o futebol profissional em detrimento da Saúde e demais direitos sociais essenciais à dignidade do ser humano, como saneamento básico, fornecimento regular de água tratada, moradia, segurança pública, etc., é espancar o princípio constitucional republicano e configura, sem dúvida nenhuma, ato flagrante de improbidade administrativa”, aponta a recomendação.
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