O Corregedoria Geral da Polícia Militar deverá abrir um inquérito para investigar o PM Welliton Pinheiro da Silva, de 35 anos, suspeito de matar a tiros o empresário Rafael Henrique Santi, de 31 anos, durante um baile funk em uma chácara em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, no último domingo (8).
Em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o policial afirmou que o empresário apontou uma arma contra ele e por isso fez os disparos. Após prestar depoimento, ele foi liberado.
Por meio de nota, a PM informou que o policial é lotado na Rondas Ostensiva Tático Móvel (Rotam) e que o Comando Especializado da PM já adotou todas as providências legais visando a instauração de IPM, como a reunião de documentos relacionados à ocorrência, tendo encaminhado tudo à Corregedoria Geral.
"Quanto ao afastamento ou não do policial do exercício das atividades policiais, informa que caberá ao presidente do IPM a análise e adoção de qualquer medida nesse sentido", diz trecho da nota.
Depoimento
O empresário foi morto a tiros durante um baile funk. De acordo com a DHPP, Welliton afirmou que estava de folga, resolveu passear com sua motocicleta e, ao passar pelo local onde acontecia um evento de som automotivo, decidiu entrar.
Em depoimento, ele afirmou ter pago R$ 20 pela entrada e permanecido no local por algum tempo. Disse que quando andava em direção ao estacionamento para ir embora, encontrou um amigo com quem ficou conversando, quando ouviu disparos no local.
O soldado afirmou à DHPP que instintivamente, seguindo o treinamento policial – e sem saber se os disparos eram na direção dele ou de outra pessoa, – se abaixou, já sacando a arma e se virando para onde partiam os disparos.
Imagens divulgadas na internet mostram pessoas tentando reanimar Rafael Santi (Foto: TV Centro América)
Welliton declarou ter gritado: ‘Polícia, larga a arma’, mas afirmou que Rafael teria apontado a arma na direção dele, o que o levou a efetuar dois disparos em direção ao empresário.
Ainda em interrogatório, o soldado declarou que tentou chamar socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas teria ouvido ameaças de outras pessoas, pelo fato de ser policial, e decidiu sair do local.
O policial entregou duas armas: um revólver calibre 38, que teria sido usado por Rafael, e uma pistola 840, de uso do militar. O armamento será encaminhado para trabalho pericial da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Cuiabá
Várzea Grande
FONTE G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário