Corregedora é exonerada após investigar policiais acusados de crimes
Publicação: 15/12/2012 18:13 Atualização: 15/12/2012 18:25
A direção da Polícia Civil exonerou a delegada Renata Malafaia do cargo de Diretora da Divisão de Investigação da Corregedoria-Geral da corporação. A decisão está ligada à investigação de dois agentes acusados e presos pelos crimes de sequestro e extorsão. O diretor geral do órgão, Jorge Xavier, conversou com o Correio Braziliense por telefone e disse que admira o trabalho de Renata, mas discordou da forma como ela encerrou o caso. A perda do cargo foi divulgada na edição de sexta-feira (14/12) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O nome da funcionária foi publicado junto com o dos suspeitos, Adamastor Castro e Lino de Andrade Júnior e Carlos Antônio França.
"Ela é uma excelente profissional, sempre desempenhou um bom trabalho. Mas não gostei da forma que ela encerrou a investigação e, para mim, é motivo suficiente para a exoneração. Não vou comentar a conduta dela, nem dos agentes presos", declarou Xavier. Ele não quis entrar em detalhes sobre os procedimentos adotados pela delegada. Posteriormente, o diretor ainda enviou uma nota por correio eletrônico onde ressaltou que "a Direção Geral da PCDF não comenta as movimentações internas de seus servidores". Ainda segundo o texto, a corporação "é, e continuará sendo, o organismo do sistema de justiça criminal que com mais rigor apura e pune as transgressões disciplinares e os desvios de conduta de seus pares".
Roubo a posto
Carlos era chefe da Seção de Repressão às Drogas da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), e Adamastor era diretor adjunto da Divisão de Homicídios II, da Coordenação de Repressão a Homicídios do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Em 2008, após um roubo a um posto de combustível no Lago Sul, em que os bandidos levaram R$ 100 mil, os agentes localizaram os suspeitos, sequestraram parentes de um deles e pediram resgate de R$ 60 mil do dinheiro roubado, segundo a apuração da corregedoria. Ambos trabalhavam na 15º DP (Ceilândia Centro), à época. Os assaltantes que se tornaram vítimas procuraram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e denunciaram a dupla. Dessa forma, a corregedoria soube também do caso.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Ciro de Freitas, disse que entidade ficará atento às investigações da corregedoria e ao processo judicial. A ideia é garantir o direito a ampla defesa dos acusados, caso fique provado que os agentes são culpados, e que recebam uma punição proporcional aos crimes cometidos. Questionado sobre a exoneração da delegada, ele evitou tomar partido. "Se não ficar comprovada a participação deles nos crimes, vamos entrar com uma ação regressiva contra o estado. A polícia não tem que acobertar ninguém, mas também não pode criar fatos", alertou.
"Ela é uma excelente profissional, sempre desempenhou um bom trabalho. Mas não gostei da forma que ela encerrou a investigação e, para mim, é motivo suficiente para a exoneração. Não vou comentar a conduta dela, nem dos agentes presos", declarou Xavier. Ele não quis entrar em detalhes sobre os procedimentos adotados pela delegada. Posteriormente, o diretor ainda enviou uma nota por correio eletrônico onde ressaltou que "a Direção Geral da PCDF não comenta as movimentações internas de seus servidores". Ainda segundo o texto, a corporação "é, e continuará sendo, o organismo do sistema de justiça criminal que com mais rigor apura e pune as transgressões disciplinares e os desvios de conduta de seus pares".
Roubo a posto
Carlos era chefe da Seção de Repressão às Drogas da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), e Adamastor era diretor adjunto da Divisão de Homicídios II, da Coordenação de Repressão a Homicídios do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Em 2008, após um roubo a um posto de combustível no Lago Sul, em que os bandidos levaram R$ 100 mil, os agentes localizaram os suspeitos, sequestraram parentes de um deles e pediram resgate de R$ 60 mil do dinheiro roubado, segundo a apuração da corregedoria. Ambos trabalhavam na 15º DP (Ceilândia Centro), à época. Os assaltantes que se tornaram vítimas procuraram o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e denunciaram a dupla. Dessa forma, a corregedoria soube também do caso.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Ciro de Freitas, disse que entidade ficará atento às investigações da corregedoria e ao processo judicial. A ideia é garantir o direito a ampla defesa dos acusados, caso fique provado que os agentes são culpados, e que recebam uma punição proporcional aos crimes cometidos. Questionado sobre a exoneração da delegada, ele evitou tomar partido. "Se não ficar comprovada a participação deles nos crimes, vamos entrar com uma ação regressiva contra o estado. A polícia não tem que acobertar ninguém, mas também não pode criar fatos", alertou.
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