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sábado, 24 de dezembro de 2011

POR SER NATAL PUBLICO HJ ALGO A RESPEITO DE CRISTO ....O EVANGELHO E O CRISTIANISMO PRIMITIVO

O EVANGELHO E O CRISTIANISMO PRIMITIVO
Nesses textos, analisados e traduzidos do hebraico e do grego, temos encontrado grandes diferenças quando comparamos o que existe no original e o que suas traduções têm resultado para o português. As pesquisas arqueológicas e os estudos realizados em busca da comprovação dos fatos têm demonstrado que nem tudo ocorreu como narram os textos sobre as origens do cristianismo.

Até o final do século II, parece que o Cristianismo teve uma característica diferente do que passou a apresentar após esta data.
  Poderíamos dizer que existiram dois períodos distintos. O primeiro durante o século I com Tiago, o irmão de Jesus. O Cristianismo de Tiago foi judaico-cristão e baseado nos ensinamentos de Jesus. Depois disto, esse sofreu total influência com a mensagem de Paulo dirigida aos pagãos, gentios ou goim. numa visão totalmente diferente da de Tiago.
 A mensagem de Paulo, baseada na fé em Jesus, na crença e no seu sacrifício para o perdão dos pecados e com a promessa de uma vida eterna, pela sua força, foi a que mais preponderou até os nossos dias.
  Nossas pesquisas e análises sobre as origens e as traduções de textos, em hebraico, culminaram com a produção de três obras. A primeira chama-se “Analisando as Traduções Bíblicas”, seguida do “Sermão do Monte” e “Bereshit - Deus e a Criação”.
Na sequência, tentamos aprofundar mais as nossas pesquisas dirigindo-as para a história das raízes do Cristianismo Primitivo, dos caminhos e ensinamentos de Jesus, bem como da sua história e da mensagem dos Evangelhos.
Já produzimos e publicamos, nesta linha, uma tradução e análise crítica sobre a Didaqué, juntamente com os pesquisadores Fabrício Possebon e Sérgio Pereira da Silva, como parte do trabalho do nosso grupo de pesquisa chamado “BERESHIT”, na Universidade Federal da Paraiba. 
Didaqué significa instrução ou ensino, e foi um documento criado para as comunidades integrantes do cristianismo primitivo.
Nesta obra, especificamente, tentamos aprofundar a questão das raízes dos evangelhos, analisando os acontecimentos através da história, buscando fatos e costumes da época de Jesus. Nela buscamos a essência da mensagem dos evangelhos, essência esta do idioma e dos conceitos judaicos do seu tempo para poder tornar melhor compreensível o conteúdo espiritual dos textos e o que Jesus, como judeu, queria realmente nos dizer nos seus evangelhos.
Já se escreveu muito sobre Jesus e seus feitos, no entanto, nem sempre se busca as suas atitudes e condutas sob a ótica de um judeu. Poucos refletem que Jesus falou para o povo judeu. Veja, por exemplo, o que Ele diz para a mulher Siro-Fenícia em Mt. 15:24: “Eu vim para as ovelhas perdidas da casa de Israel”.
Ao enviar seus discípulos, deu-lhes a seguinte recomendação: “Não tomem o caminho dos gentios ou pagãos, e não entrem nas cidades dos samaritanos” (Mt. 10:5). Estas recomendações ratificam a sua condição judaica e a preocupação de que sua mensagem chegasse primeiro aos hebreus que, na visão de Jesus, assemelhavam-se a ovelhas perdidas ou desgarradas.
Realmente Jesus, um homem com uma mensagem transmitida em um idioma diferente do nosso, falado no mundo ocidental, foi um judeu diferente que primou sempre pela justiça e pela paz.
Nem sempre foi possível fazer-se uma correta análise sobre Jesus, causa esta que resultou em uma mensagem in-completa ou alterada dos seus ensinamentos.
Hoje já podemos concluir, depois de muitas pesquisas, que tanto as mensagens como a pessoa de Jesus foram desfiguradas. Não é possível aceitar um Jesus desfigurado, descaracterizado e com atitudes que não sejam de amor. Defendemos, pois, um Jesus autêntico, amável, bondoso e, sobretudo, justo. Nunca existiu um Jesus violento, desamoroso com a sua família ou injusto com ninguém.
A avaliação feita é que Ele foi um judeu inigualável em sua conduta, mensagem e realizações. Ninguém, até o presente, foi capaz de fazer o que Ele fez.
Jesus nunca foi cristão, nem frequentou igrejas, mas sinagogas; pregava nos campos, em barcos no mar da Galileia, e todos os seus atos e pregações culminaram com a origem do Cristianismo.
  Jesus falava línguas semitas, o hebraico, a língua dos hebreus e o aramaico, idioma vigente em sua época, a língua dos arameus, que habitavam a antiga Síria, não se tendo notícias de que Ele falasse ou conhecesse o grego e o latim. No entanto, em virtude das conquistas helênicas e romanas na Sua terra e proximidades, é possível que tenha tido contato com estes idiomas.
É importante ressaltar que, na condição de judeu, Jesus declarou fidelidade à Torá.
No Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 17, 18 e 19, encontramos o registro destas declarações que podem ser conferidas no texto hebraico, extraído do Evangelho de Mateus utilizado pelos Ebionitas.

Texto Hebraico – Versículo 17

 אל תחשבו שבאתי לבטל את התורה או את הנביאים לא באתי לבטל אלא למלא ׃

A tradução do versículo acima é: “Não penseis que eu vim destruir a Torá ou os profetas, eu não vim para destruir, mas para cumprir”.Mt. 5:17.


Texto Hebraico – Versículo 18

באמת אני אומר לכם כי עד שיעברו שמים וארץ יוד אחת או עוקץ אחד לא תבטל מהתורה שהכל יתקיים ׃

  Em verdade eu vos digo: enquanto os céus e a terra não passarem, nem um “iud”[1], nem um sinal da Torá passará, antes que tudo seja cumprido (Mt. 5:18).
Texto Grego - Versículo 18


Texto Hebraico – Versículo - 19

ואשר יעבור אחת מן המצוות האלה וילמד כן את בני האדם הוא בן הבל יקרא במלכות יהוה ואשר יעשה וילמד הוא יקרא גדול במלכות יהוה ׃

Tradução

“Assim, o homem que deturpa um desses manda-mentos, por menor que seja, e ensina aos homens, será chamado o menor no reino dos céus. Mas quem pratica e ensina, este será chamado “Grande” no reino dos céus” (Mt. 5:19).

Está claro que Jesus falava como judeu e para judeus, portanto, não podemos esquecer este importante fato para que possamos entender a sua mensagem.
Como já mencionamos, não existe registro de que Jesus falasse o grego. No entanto, lamentavelmente, tudo que temos sobre ele, sobretudo nos Evangelhos, foram praticamente os escritos em grego. A exceção a esta regra está no Evangelho de Mateus, que, segundo alguns pesquisadores, foi escrito em hebraico. Justifica-se esta assertiva, pelo fato de Mateus haver escrito o seu Evangelho para os judeus da época, por isto, em seu idioma hebraico.
Quando realizamos a leitura dos Evangelhos em grego, não conseguimos separar a mensagem ou conteúdo semítico, que existe por trás dos seus textos. Isto se deve ao fato de que aqueles que escreveram os Evangelhos, mesmo em grego, possuíam e pensavam com uma mente semita.
O cristianismo deveria ter sido uma religião natural-mente derivada do judaísmo. No entanto, o sectarismo e o anti-semitismo que predominou nos séculos III e IV, período da fundação, sobretudo, da Igreja Católica, levou o cristianismo a deixar de ser judaico para se romanizar e helenizar.
Quando Paulo foi preso e levado a Roma, esperava-se que, com sua chegada àquela cidade, ela fosse cristianizada, mas ocorreu exatamente o contrário. A mensagem de Paulo parece totalmente diferente da mensagem de Tiago, irmão de Jesus. A mensagem de Tiago vigorou durante o século I e terminou com a destruição de Jerusalém e do Templo pelo general Tito no ano 70 da nossa era. A partir daí, o que se tem como Cristianismo é a mensagem implantada por Paulo.
A influência grega e romana no Cristianismo foi o que de pior podia lhe acontecer, pois juntos os romanos e os gregos alteraram a essência da mensagem de Jesus. A influência romana do imperador Constantino sobre o Cristianismo Primitivo o transformou em um “cristianismo” católico, apostólico, romano.
Estes fatos registrados na história nos dirigem para uma busca constante da mensagem original de Jesus nos Evangelhos. A dificuldade de bases e buscas científicas, à luz da história, nos tem demonstrado o quanto é difícil afirmar-se, categoricamente, o que nos falam os escritos sobre Jesus.
As afirmativas de David Flusser sobre esta questão devem ser registradas aqui. Segundo ele, “um estudo do Novo Testamento e do cristianismo primitivo, sem um conhecimento íntimo das fontes judaicas, leva a resultados fragmentários e incorretos”. Acrescenta, ainda: “é essencial que o estudioso tenha não apenas livre acesso a todas as fontes judaicas disponíveis, como também conhecimento bem fundamentado e sólido de todas as tendências e grupos do judaísmo na antiguidade”.
Os nossos estudos sobre o judaísmo e o conhecimento da língua hebraica, as pesquisas históricas, os achados arqueológicos e as pesquisas na literatura vigente têm sido de muita utilidade em nossa busca. Viagens a Israel, visitas às sinagogas e nossa convivência com amigos judeus têm sido outro fator de muita importância para o entendimento dos ensinamentos de Jesus.
Em Israel, visitando algumas localidades por onde Jesus passou e viveu, recebemos felizes e inesquecíveis revelações. Entendemos tudo como um feliz e precioso presente de LUZ vindo da espiritualidade superior.
Este livro é fruto de uma busca pessoal e constante empreendida sobre Jesus, seus ensinamentos e suas realizações.
Aqui, o leitor poderá encontrar tudo o que foi possível coletar em nossas pesquisas, além de uma análise crítica sobre a verdadeira e original mensagem de Jesus.
Procuramos evidenciar o sentido mais original possível dos textos dos evangelhos. O nosso objetivo é buscar e trazer, à tona, o que foi escondido nestes séculos de predomínio dos conceitos greco-romanos e paulinos.
Esperamos que Jesus nos ajude e nos inspire a ser o mais coerente possível em nossas análises e críticas, na busca de sua construtiva e libertadora mensagem. Temos consciência do quanto esta tarefa é difícil, porém, em meu espírito, torna-se uma busca feliz e agradável.
  Tentaremos de uma forma coerente unir ciência e espiritualidade. Nem sempre é fácil esta união, pois o cientista tem sempre a tendência de ignorar a espiritualidade. No entanto, aqui faremos o possível para demonstrar que ciência e espiritualidade podem caminhar juntas sem haver nenhum choque. Afinal, concordamos plenamente com a sabedoria do grande bacteriologista francês, Louis Pasteur: “Pouca ciência afasta de Deus e muita ciência a Ele conduz”.  
             O autor


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