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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Há seis anos o Crer abriu as portas ao voluntariado, atendendo pedidos de pessoas que ofereciam ajuda. A satisfação em fazer o bem estimula a atuação dessas 63 pessoas, que com atenção e afeto auxiliam no tratamento dos pacientes da unidade.

APÓS  INUMERAS IDAS E VINDAS  EM APOIO DE AMIGOS E COMPANHEIROS DE TRABALHO  TIVE A OPORTUNIDADE DE CONHECER  VER DE PERTO  O TRABALHO PRESTADO POR  VOLUNTARIOS  QUE NÃO MEDEM ESFORÇOS  EM SERVIR  E  ATENDER  A QUEM NECESSITA DE APOIO E ASSISTENCIA.
NUNCA PENSEI  QUE SERIA BENFICIADO  DIRETAMENTE POR ESSA UNIDADE QUE É REFERENCIA  NACIONAL.     AQUI NESTA UNIDADE CHOREI  A DOR  DE VER  PESSOAS QUERIDAS  VITIMAS  DE ACIDENTES  E PROBLEMAS  DE SAUDE  DIVERSOS .
  DENTRE OUTROS DESTACO MINHA QUERIDA AVÓ  SR. MARIA DE ALMEIDA  QUE APÓS SOFRER  UM  AVC  FOI DE PRONTO ATENDIDA ...PARABENIZO AOS ANJOS  EM PESSOAS QUE FIZERAM ALGO  QUE EU JAMAIS PODEREI  RETRIBUIR  POIS EM MOMENTOS DE TRISTEZA  E DOR  DE NOSSOS FAMILIARES  TIVE OMBRO AMIGO DE PESSOAS QUE JAMAIS  TERIA OPORTUNIDADE DE CONHECER EM  OCASIÃO DIVERSA... 

 APÓS A INTERNAÇÃO  VI MINHA VELHINHA  SOFRER  DE COMPLICAÇÕES  E RESISTENCIA AO TRATAMENTO ...POREM HOJE  FÓRA DE RISCO ,,,VENHO A PUBLICO PARABENIZAR  ESSES ANJOS DE DEUS AQUI NA TERRA ...    CRER É A PROVA DE UM GOVERNO  QUE ACREDITA E INVESTE  NO BEM ESTAR  E SAUDE , INVESTIMENTO  NA QUALIDADE DE ATENDIMENTO  QUE  SUPERA  EM MUITO A INICIATIVA PRIVADA  E NÃO PERDE NADA PARA PAISES DE PRIMEIRO MUNDO ...
ACIOLLYENTORNO SUL



Há seis anos o Crer abriu as portas ao voluntariado, atendendo pedidos de pessoas que ofereciam ajuda. A satisfação em fazer o bem estimula a atuação dessas 63 pessoas, que com atenção e afeto auxiliam no tratamento dos pacientes da unidade.
Por Maria Antonieta Toledo
Fotos: Ângela Scalon
Dedicar tempo, atenção e carinho a pessoas que estão em processo de readaptação é a grande motivação de voluntários que oferecem gratuitamente seus préstimos aos pacientes do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – Crer. Movidos por um desejo comum de compartilhar o que possuem de melhor com aqueles que mais precisam, 63 pessoas se revezam semanalmente para contribuir com o processo de melhora e bem estar dos pacientes, e garantem que são eles – voluntários – os grandes beneficiados.
Há seis anos, o Crer estruturou o voluntariado na instituição devido à procura por familiares e amigos que já desenvolviam algum tipo de atividade no período em que aguardavam pelo atendimento de seus acompanhantes. Conforme explica a responsável pelo Serviço Voluntário na unidade, Márcia Nunes de Freitas, a administração identificou a necessidade de melhor inserir os interessados em áreas onde tenham afinidade, dentro das normas legais estabelecidas sobre o voluntariado e com orientação específica para garantir a interação entre paciente e voluntário.

Desde então, muito se caminhou nessa direção. O Crer firmou parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás – OVG, que passou a ser responsável por oferecer orientações gerais sobre voluntariado, sobre a conduta adequada e as determinações legais cabíveis. “O voluntário do Crer assina um termo de adesão, escolhe o dia em que cumprirá as 4 horas de atividades e opta pelo tipo de serviço que melhor se identifica”, comenta Márcia.

É permitido que eles atuem em atividades recreativas, artísticas, de recepção aos pacientes, de manutenção e de pequenos reparos como costura. “Tomamos o cuidado de não expor o voluntário a setores que demandam conhecimentos específicos da área da saúde, por exemplo”, explica a coordenadora.
Para o diretor geral da unidade, Sérgio Daher, o trabalho voluntário é de extremo valor e reconhecimento pelos pacientes do Crer. Sua realização auxilia na boa condução dos tratamentos à medida que os próprios pacientes se deparam com as histórias de doação irrestrita dos voluntários. O processo de doação incondicional dos voluntários sensibiliza os pacientes e permite a troca de vivências, experiências e histórias de vida, em um verdadeiro processo de melhoria para ambos os envolvidos.  
 
Um alento para a alma 
É com lágrimas nos olhos que Vera Lúcia Chaves da Silva relata sua a emoção em partilhar experiências com os pacientes do Crer. Há sete anos, ela se dedica ao 
220auxílio da arte terapia – uma atividade coordenada por terapeutas ocupacionais e que estimula a coordenação motora e a criatividade de pacientes. Vera teve contato com o Crer quando passou a acompanhar as terapias de sua tia, vítima de derrame. Na época, ela já buscava auxiliar nas oficinas enquanto aguardava. Em 2006, sua tia recebeu alta, mas Vera não conseguiu deixar de se dedicar aos pacientes que, segundo ela, já faziam parte do seu dia a dia. “Criamos vínculos com as pessoas, laços de amizade mesmo. E os momentos que compartilhamos são únicos. Hoje sou uma pessoa muito mais tolerante com aqueles que me cercam. Aprendo muito nesse tempo que estou aqui no Crer”, declara.

O  exercício de servir ao próximo
A carioca Luciene Neves buscou em Goiânia novas oportunidades para sua família. Há um ano, a aposentada e estudante do segundo ano de pedagogia buscou na Feira de Solidariedade da Organização das Voluntárias de Goiás – OVG uma oportunidade de colocar em prática seu desejo de ajuda ao próximo. “Foi na OVG que soube da possibilidade de ser voluntária no Crer”, recorda. Ao conhecer a instituição de saúde, Luciene não teve dúvidas de que sua dedicação seria voltada ao Crer. “Todo o tempo que passo aqui é muito gratificante. O trabalho voluntário me ensina a ver as coisas com mais clareza e a enfrentar as dificuldades com mais coragem”, reflete. Luciene atua na parte de recreação de crianças – pacientes ou acompanhantes – que vão ao Crer. Com auxílio de brinquedos, lápis de cor e livros, a voluntária transforma quatro horas de sua semana em um momento lúdico e prazeroso, onde consegue oferecer aos pequenos freqüentadores do hospital a satisfação de celebrar a vida em partilha.

Cuidados de mãe estendidos à coletividadeA vendedora Imaculada Conceição de Oliveira iniciou sua trajetória no Crer ao acompanhar a filha Sheila, diagnosticada com microcefalia, ao atendimento semanal na unidade. A oportunidade de atuar como voluntária
 no Crer foi um alento para a mãe que sempre desejou contribuir com a melhoria das pessoas. “Eu gosto de estar com os pacientes, de sentir que estou ajudando a tornar seu dia mais proveitoso, mais satisfatório”, relata. Imaculada auxilia nos trabalhos de arte terapia uma vez na semana. Em alguns momentos, ela e a filha chegam a realizar a mesma atividade, no entanto, o seu carinho e cuidado são partilhados com todos os integrantes da oficina, irrestritamente. “Ao acompanhar de perto a socialização da minha filha e quanto isso contribui para o seu bem estar, sinto que sou responsável por ajudar outras pessoas a se sentirem da mesma forma”, conclui.

Voluntário por convicção
Para o aposentado Rubens Calaça, servir ao próximo é algo inerente à sua personalidade. Há sete anos, ele é voluntário no Hospital das Clínicas e há quatro anos também atua voluntariamente no Crer. Nas horas vagas, Rubens aproveita para ajudar aos seus vizinhos. O voluntário iniciou seus préstimos no Crer no setor de arte terapia, mas logo descobriu uma maneira mais eficaz de colaborar com as necessidades apresentadas pela instituição. Rubens passou a realizar a manutenção das cadeiras de rodas disponibilizadas pela unidade e a dos próprios pacientes. Ao calibrar pneus, trocar peças e fazer ajustes necessários para oferecer mais comodidade aos cadeirantes, Rubens preenche o seu tempo fazendo o que mais gosta: dividindo com o próximo as suas habilidades, conhecimentos e atenção.

Melhorias diárias
Para a diarista Marina Rosa Messias ser voluntária no Crer lhe dá a oportunidade de acompanhar de perto as melhorias do marido, vítima de um Acidente Vascular Cerebral – AVC. Há sete anos, Marina chegou à unidade buscando melhorias para o marido que teve a fala e a locomoção afetadas pelo AVC. Durante o tempo que aguardava pelo atendimento, passou a colaborar nas oficinas de arte terapia e com isso, estimular o esposo a acompanhá-la. Hoje, seu esposo recuperou boa parte das suas habilidades, inclusive desenvolvendo novas atividades, como a de confecção de tapetes aprendidos nas oficinas artesanais.

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