Para Coronel Adailton, atraso no salário do servidor é medida política de Caiado
Deputado eleito avalia que governador está tentando desqualificar gestões passadas às custas do trabalhador
O deputado estadual eleito Coronel Adailton (PP), que tem sido um dos parlamentares que mais se pronunciaram sobre o atraso da folha de dezembro do servidor do Estado, disse ao Jornal Opção que essa dívida com o trabalhador é uma medida política do governador Ronaldo Caiado (DEM).
Ele avalia que o democrata está se recusando a pagar para desqualificar os governos anteriores. O deputado, que também é servidor do Estado, ainda acredita que a luta de Caiado para que Goiás entre no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do Governo Federal tenha o mesmo objetivo.
“É uma vergonha, um descalabro de um governador que disse que estava preparado. Ele está pensando que nós somos mendigos?”, diz sobre a polêmica ideia de comprar fiado. “Estamos buscando receber o mês trabalhado e ele quer dar um calote porque ainda está com discurso de campanha”, pontua.
O coronel ainda conta que, além dele, sua esposa é policial militar e tem visto, nos grupos em que participam, a insatisfação da categoria com o novo gestor. “Ele está deixando a desejar em tudo o que o servidor esperava dele, a maioria de nós votou nele”, reitera.
Adailton também relata que muitos dos eleitores de Caiado agora se questionam se não “trocaram o certo pelo duvidoso”. “Eu, como deputado estadual, eu torço muito e tenho muita fé em Deus que o governo vai dar certo, ele é o governador dos goianos, mas o caminho que está tomando, com esse secretariado todo de fora, não vai chegar a lugar nenhum”, avalia.
O parlamentar ainda destacou que, em sua experiência como funcionário público, não vê o Estado tão quebrado como o governador afirma que está. “Tem dificuldades, mas o salário nunca atrasou, começou isso agora. Em outros estados, que entraram na RRF, o pagamento é parcelado há anos, então entrar nesse programa é uma medida política a meu ver”, disse.
Como integrante da Assembleia Legislativa, Adailton garante que terá um posicionamento independente. “Mas com grandes chances de ir para a oposição”, sublinha.
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