Greve dos caminhoneiros reflete em falta de combustível no interior de Goiás
Segundo a PM, são pelo menos 30 pontos de paralisação. Dos 1.600 postos, 15% está sem algum tipo de recurso, conforme expõe presidente do Sindiposto.
Hugo Oliveira
Do Mais Goiás |
Posto no Setor
Aeroporto poderá ficar totalmente sem combustível na tarde desta sexta
(25). Sindiposto afirma que Goiânia é pouco afetada (Foto:
reprodução/Mais Goiás)
Iniciado na segunda-feira (21) o movimento grevista de
caminhoneiros bloqueia rodovias federais e estaduais em todo o País. Até
as 17h40 de quinta-feira (24), segundo a Confederação Nacional de
Transportadores Autônomos, haviam 24 barreiras em Goiás e 506 no Brasil.
Dados da Polícia Militar (PM) goiana atualizados nesta manhã, apontam
para a existência de pelo menos 30 pontos de manifestação em rodovias
estaduais. O bloqueio do transporte de bens e produtos gerado pela luta
contra sucessivos aumentos no valor dos combustíveis – especialmente do
diesel – reflete na falta de combustíveis e até de alimento em todo o
País. Em Goiás, dos 1.600 postos, 15% está sem algum tipo de
combustível.
O problema é mais intenso, segundo o Sindiposto, no interior, em
cidades do Sul/Sudoeste, como Rio Verde, Jataí, Mineiros, Catalão e
Santa Helena; assim como municípios do entorno do Distrito federal, como
Luziânia, Valparaíso e Formosa. Em Goiânia, cerca de 20 dos cerca de
270 postos estão sem algum tipo do recurso. Conforme explicita a PM, a
passagem de veículos de emergência, de passeio e com carga viva está
sendo permitida e os pontos de manifestação estão sendo monitorados. Por
enquanto, não há ordem para desmobilizar as paralizações.
De acordo com o presidente do sindicato, Márcio Andrade, enquanto a falta de combustíveis é generalizada no interior, em Goiânia, a situação ocorre com Etanol. “Há combustível, mas caminhões que carregam os fluidos não tem passagem permitida. Por isso, o recurso não consegue vir do interior e caminhões vazios também são impedidos de irem buscar mais. Em Goiânia, o problema ainda é ocasional e varia durante o dia. Falta em um pela manhã, em outro à tarde e assim sucessivamente”.
Segundo Andrade, pelo menos em Goiânia, o movimento não causou alta nos valores praticados pelo mercado. “O único reflexo gerador de aumentos vem dos aumentos acumulados da Petrobrás, que repassa os valores diariamente, desde 1° de julho de 2017. Com a adoção dessa política de variação diária, nesse período, o preço da gasolina já aumentou mais de 56%, sendo que postos repassam uma média de 25%. Absorvemos o aumento e estamos trabalhando no vermelho, por isso apoiamos o movimento grevista”.
Agentes do Procon Goiás iniciam, nesta manhã, levantamento para saber qual é o impacto do movimento nos valores dos combustíveis. Enquanto a apuração ainda é realizada, a entidade alerta motoristas para que denunciem preços abusivos pelo telefone 151 ou pelo Procon Web, além de fotografar e guardar comprovantes de pagamento que confirmem a situação.
No Setor Aeroporto, no início da manhã, o frentista de um posto afirmou que as bombas de gasolina estão secas. Ele que não quis se identificar, revelou ainda que a unidade ficará totalmente sem recursos na tarde desta sexta-feira (25), caso a situação não mude.
Composição do preço
Andrade explica como funciona a construção do preço da Gasolina. Enquanto 44% do valor é composto por impostos federais e estaduais, 29% é participação da Petrobrás no preço na bomba, 13% em razão da mistura de etanol anidro, e outros 14% representados pela margem da distribuidora, margem dos postos e frete. “Dos 14%, apenas 7% ficam com o posto, o que ainda deve servir para pagamento de despesas. A política da Petrobrás e os altos impostos prejudica a todos. Empresários não conseguem repassar os aumentos, ficam sem capital de giro e previsibilidade. Consumidor, o mais prejudicado, fica com esse preço inviáv
De acordo com o presidente do sindicato, Márcio Andrade, enquanto a falta de combustíveis é generalizada no interior, em Goiânia, a situação ocorre com Etanol. “Há combustível, mas caminhões que carregam os fluidos não tem passagem permitida. Por isso, o recurso não consegue vir do interior e caminhões vazios também são impedidos de irem buscar mais. Em Goiânia, o problema ainda é ocasional e varia durante o dia. Falta em um pela manhã, em outro à tarde e assim sucessivamente”.
Segundo Andrade, pelo menos em Goiânia, o movimento não causou alta nos valores praticados pelo mercado. “O único reflexo gerador de aumentos vem dos aumentos acumulados da Petrobrás, que repassa os valores diariamente, desde 1° de julho de 2017. Com a adoção dessa política de variação diária, nesse período, o preço da gasolina já aumentou mais de 56%, sendo que postos repassam uma média de 25%. Absorvemos o aumento e estamos trabalhando no vermelho, por isso apoiamos o movimento grevista”.
Agentes do Procon Goiás iniciam, nesta manhã, levantamento para saber qual é o impacto do movimento nos valores dos combustíveis. Enquanto a apuração ainda é realizada, a entidade alerta motoristas para que denunciem preços abusivos pelo telefone 151 ou pelo Procon Web, além de fotografar e guardar comprovantes de pagamento que confirmem a situação.
No Setor Aeroporto, no início da manhã, o frentista de um posto afirmou que as bombas de gasolina estão secas. Ele que não quis se identificar, revelou ainda que a unidade ficará totalmente sem recursos na tarde desta sexta-feira (25), caso a situação não mude.
Composição do preço
Andrade explica como funciona a construção do preço da Gasolina. Enquanto 44% do valor é composto por impostos federais e estaduais, 29% é participação da Petrobrás no preço na bomba, 13% em razão da mistura de etanol anidro, e outros 14% representados pela margem da distribuidora, margem dos postos e frete. “Dos 14%, apenas 7% ficam com o posto, o que ainda deve servir para pagamento de despesas. A política da Petrobrás e os altos impostos prejudica a todos. Empresários não conseguem repassar os aumentos, ficam sem capital de giro e previsibilidade. Consumidor, o mais prejudicado, fica com esse preço inviáv
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