Mãe se torna catadora de recicláveis para que filha se forme em direito
Simone Santos, 46 anos, começou a batalha nas ruas ao ver a tristeza da jovem por não ter condições de pagar o curso. Ela vive em um galpão em meio ao material recolhido, em Anápolis.
Por G1 GO
12/05/2017 16h05 Atualizado há 18 horas
Mãe trabalha como catadora de materiais recicláveis para que filha se forme em direito
Aos 46 anos, Simone Domingues Fonseca Santos batalha nas ruas como catadora de materiais recicláveis para que a filha Haiane Domingues dos Santos se forme em direito, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Mãe de duas jovens, ela diz que faz qualquer coisa para realizar o sonho das filhas.
“Quando estou pegando o que é resto das pessoas, que elas pensam que não tem valor, o valor é grande porque por meio disso estou realizando o sonho das minhas filhas, elas são a razão do meu viver, se continuarmos unidas, vamos vencer todas essas dificuldades”, disse em entrevista à TV Anhanguera.
Simone começou a trabalhar como catadora no ano passado, ao ver a tristeza de Haiane por não ter condições financeiras de bancar o curso sozinha.
“Ela passou no vestibular para o curso de direito e no mesmo instante se entristeceu. Disse: ‘Não adianta nem eu seguir porque não vou dar conta de pagar’. Falei: ‘Não. Vou fazer alguma coisa para te ajudar’”.
Simone batalha nas ruas para ajudar a filha a se formar (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
De acordo com Simone, ela não deseja que a filha passe pela mesma situação que ela, pois a catadora iniciou o curso de pedagogia, mas não teve com concluir. “Eu sei o tanto que é gratificante para a gente prestar um curso e conseguir chegar ao fim porque eu já fiz pedagogia, mas não cheguei a concluir. Por isso, dou força para ela chegar ao final”, afirma.
Para economizar, Simone alugou um galpão para morar e guardar os materiais recolhidos. Já as filhas, vivem em uma quitinete de um cômodo. “É desconfortável, mas nesse momento o objetivo maior é pagar a faculdade dela, que é R$ 714, tem livros também”, destacou.
Simone reconhe que a rotina não é fácil, mas a fé faz com que ela não desista. “É só confiar que Jesus está ali, te guiando. Já senti ele, ele já um puxou o carrinho para mim, sei que a força não era minha, não daria conta”, conclui.
Simone mora no galpão em que guarda os materiais que recolhe na rua (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
FONTE G1
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