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sábado, 13 de maio de 2017

Jovem xingado de 'preto fedido' em rede social diz que teme agressor: 'Não sei do que é capaz' Suspeito de 24 anos foi detido e liberado após pagamento de fiança, em Morrinhos. Segundo delegado, preso chegou a imitar macaco em áudio.


Jovem xingado de 'preto fedido' em rede social diz que teme agressor: 'Não sei do que é capaz'

Suspeito de 24 anos foi detido e liberado após pagamento de fiança, em Morrinhos. Segundo delegado, preso chegou a imitar macaco em áudio.




Por Vanessa Martins, G1 GO

12/05/2017 05h40



Kaisson Paiva relatou que não esperava injúrias de colega (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)



O frentista Kaisson Stêfany Rodrigues Paiva, de 26 anos, que denunciou um colega, de 24 anos, por injúria racial, relatou que se sentiu muito ofendido e ameaçado com as frases ditas pelo rapaz, em Morrinhos, no sul goiano. A vítima, que foi xingada e chamada de "preto fedido", contou ainda que não retrucou aos xingamentos, ao contrário do que afirmou a defesa do suspeito de ser o autor da injúria.


O jovem, cuja identidade não foi revelada, foi detido na quarta-feira (10) e liberado após pagamento de fiança. O delegado responsável pelo caso, Fabiano Jacomelis, havia dito ao G1 que o detido é investigado por chamar a vítima de com nomes racistas e até fazer comparações com um macaco.
Conforme o frentista, após as ofensas de cunho racial, o colega chegou a dizer que “de tarde, de todo jeito esse assunto acaba”, o que deixou a vítima apreensiva. “Isso foi uma ameaça. A gente fica com receio. Não sei do que ele é capaz, o que ele pode fazer. Aqui é uma cidade pequena, no meu trabalho a gente fica exposto na rua, é perigoso”, pontuou.
A vítima relatou como a confusão começou na rede social. “Eu só postei uma foto dele com a camisa do clube e coloquei um emoji com a mão no rosto, querendo dizer ‘esse time não’, porque ele ganhou do meu time um tempo atrás. Então ele começou a mandar os áudios, um atrás do outro. Na hora eu fiquei em choque porque ele pega bem pesado”, relatou ao G1.
O frentista ressaltou que nunca foi amigo do investigado. Conforme Paiva, eles se conhecem porque já jogaram futebol juntos, mas não têm nenhuma relação de intimidade. A vítima relatou ainda que já sofreu com situações parecidas na infância e que denunciou por acreditar que esse tipo de comportamento não deve ser aceito.
“Não somos amigos, somos conhecidos de campo. Sofri muito com injuria e racismo na infância, é ruim. Por isso que eu quis passar adiante. Muita gente sofre calado, não sabe que pode procurar alguém para conversar, para falar”, pontou.


Jovem de 24 anos foi detido suspeito de injúria racial em Morrinhos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Defesa
Ainda conforme o delegado, ao ser abordado por policiais civis, o suspeito alegou que estava de cabeça quente e se arrependeu. Se for condenado, ele pode ficar preso por até quatro anos, já que as ofensas ocorreram em meio a várias pessoas.
Procurado pelo G1, o advogado do detido, Robson Neves Canedo, informou que o suspeito também é negro e que conhece a vítima há anos. Ele afirmou que a conversa ocorreu por causa da intimidade entre os dois.
“O acusado e a suposta vítima fazem parte de um grupo de Whatsapp criado entre jogadores de futebol amadores e são amigos desde a infância. Tais áudios foram gravados em decorrência da liberdade que ambos possuíam um com o outro, haja vista o tempo de amizade”, afirmou.
O defensor ressaltou que “as agressões verbais foram recíprocas, haja vista, em outra oportunidade, o acusado também ter sido vítima de ofensas por parte do amigo”, pontuou.
FONTE G1

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