Suspeitos de sequestro relâmpago mantêm refém menino de três anos
O crime ocorreu em Santa Maria. A criança
e o pai ficaram nas mãos dos bandidos por cerca de 50 minutos até serem
encontrados em um posto de combustível desativado na entrada de
Valparaíso
Kelly Almeida
Manoela Alcântara
Publicação: 19/02/2014 08:37 Atualização: 19/02/2014 09:06
Kelly Almeida
Manoela Alcântara
Publicação: 19/02/2014 08:37 Atualização: 19/02/2014 09:06
Dois bandidos
armados sequestraram um menino de 3 anos em frente a um posto de saúde
de Santa Maria. De longe, a mãe acompanhou, em desespero, toda a ação. A
vendedora Érica Sousa havia saído do carro para pegar um remédio e
deixou o garoto com o motorista do veículo, um vizinho, amigo da
família. Em poucos minutos, os criminosos abordaram Edmilson do
Nascimento, 34 anos, e anunciaram o assalto. Ele foi para o banco de
trás da Parati prata e ficou ao lado da criança. A mulher viu o veículo
arrancar. “Na hora, percebi que era um sequestro”, contou ao Correio. O
ataque ocorreu por volta das 13h dessa terça-feira (18/2), na Quadra
217. Foram 50 minutos de terror até que o menino e Edmilson fossem
encontrados. Os assaltantes não feriram as vítimas, deixadas em um posto
de combustível desativado na entrada de Valparaíso, perto do monumento
Solarius, conhecido como Chifrudo. Segundo Edmilson, durante todo o
tempo em que estiveram em poder dos assaltantes, os dois ficaram com uma
arma apontada para a cabeça. “Eles disseram que o carro era uma
encomenda e que não nos machucariam”, detalhou.
Mesmo assim, a criança não parou de chorar. Em um primeiro momento, os bandidos pensaram que o vizinho fosse o pai do menino. Tanto que, ao rendê-lo, mandaram que passasse para o banco traseiro e abraçasse a criança. Ele cumpriu as ordens e não olhou para os assaltantes. Enquanto isso, Érica entrou em contato com familiares, que acionaram a polícia. Uma equipe de PMs localizou as vítimas no posto de gasolina de Valparaíso.
Ameaças
Ao ver o filho, a vendedora se emocionou. “Eu não conseguia parar de chorar”, disse a mãe. O menino relatou à mãe ameaças. “Ele disse: ‘Os homens malvados levaram a minha cobertinha, mamãe’”, revelou Érica. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre os suspeitos nem sobre a Parati prata. A 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) investiga o caso. Se encontrados, os suspeitos responderão por roubo com restrição à liberdade e emprego de arma de fogo. A pena máxima prevista chega a 15 anos de prisão.
Depoimento
“Não conseguia parar de chorar”
“Foram 10 minutos. Saí do carro para pegar o remédio no posto e, quando olhei para trás, estavam arrancando com o carro em alta velocidade. Pensei por que o Edmilson, o meu vizinho, sairia naquela velocidade, mas, quando olhei para a janela, ele estava no banco de trás com o meu filho. Um homem estranho estava na direção. Desesperei-me. Corri para tentar alcançar o veículo nem sei por que pensei que conseguiria. Só pensava: ‘Levaram, levaram o meu filho’. Ele está doente. O meu maior medo era de ele chorar e irritar os bandidos. Eles podiam atirar nele, matar. Liguei para a minha mãe, para o meu pai. Não conseguia pensar direito. Os meus parentes chamaram a polícia, e os militares chegaram muito rápido. Rodamos por quase 50 minutos na tentativa de achar o meu filho. Pareceu uma eternidade. Tanto coisa passou pela minha cabeça. Não conseguia parar de chorar. Apeguei-me a Deus, fiz orações, a minha família também rezou. Só pensava que a minha vida havia acabado. Ele é tão indefeso. Por fim, conseguiram encontrar os dois. Só pensava em abraçar e beijar o meu filho. Chorei tanto, que ele olhou para mim e disse: ‘Calma, mamãe. Está tudo bem’".
Érica de Sousa, 35 anos, vendedora
FONTECORREIOBRAZILIENSE
Mesmo assim, a criança não parou de chorar. Em um primeiro momento, os bandidos pensaram que o vizinho fosse o pai do menino. Tanto que, ao rendê-lo, mandaram que passasse para o banco traseiro e abraçasse a criança. Ele cumpriu as ordens e não olhou para os assaltantes. Enquanto isso, Érica entrou em contato com familiares, que acionaram a polícia. Uma equipe de PMs localizou as vítimas no posto de gasolina de Valparaíso.
Ameaças
Ao ver o filho, a vendedora se emocionou. “Eu não conseguia parar de chorar”, disse a mãe. O menino relatou à mãe ameaças. “Ele disse: ‘Os homens malvados levaram a minha cobertinha, mamãe’”, revelou Érica. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre os suspeitos nem sobre a Parati prata. A 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria) investiga o caso. Se encontrados, os suspeitos responderão por roubo com restrição à liberdade e emprego de arma de fogo. A pena máxima prevista chega a 15 anos de prisão.
Depoimento
“Não conseguia parar de chorar”
“Foram 10 minutos. Saí do carro para pegar o remédio no posto e, quando olhei para trás, estavam arrancando com o carro em alta velocidade. Pensei por que o Edmilson, o meu vizinho, sairia naquela velocidade, mas, quando olhei para a janela, ele estava no banco de trás com o meu filho. Um homem estranho estava na direção. Desesperei-me. Corri para tentar alcançar o veículo nem sei por que pensei que conseguiria. Só pensava: ‘Levaram, levaram o meu filho’. Ele está doente. O meu maior medo era de ele chorar e irritar os bandidos. Eles podiam atirar nele, matar. Liguei para a minha mãe, para o meu pai. Não conseguia pensar direito. Os meus parentes chamaram a polícia, e os militares chegaram muito rápido. Rodamos por quase 50 minutos na tentativa de achar o meu filho. Pareceu uma eternidade. Tanto coisa passou pela minha cabeça. Não conseguia parar de chorar. Apeguei-me a Deus, fiz orações, a minha família também rezou. Só pensava que a minha vida havia acabado. Ele é tão indefeso. Por fim, conseguiram encontrar os dois. Só pensava em abraçar e beijar o meu filho. Chorei tanto, que ele olhou para mim e disse: ‘Calma, mamãe. Está tudo bem’".
Érica de Sousa, 35 anos, vendedora
FONTECORREIOBRAZILIENSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário