11 homicídios em 48h; 'Não foi ruim', diz comandante da PM
Desde sexta, oficiais estão nas ruas para repreender operação tartaruga.
'Não temos facções criminosas, nossos bandidos são pé-de-chinelo', disse.
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Mesmo com registro de pelo menos 11 homicídios durante este final de
semana - apenas um a menos do que no anterior, o comandante-geral da
Polícia Militar, Anderson Moura, afirmou na manhã desta segunda-feira
(3) que o desempenho da corporação para conter a onda de violência no Distrito Federal
“não foi ruim”. Desde sexta-feira, oficiais estão nas ruas para
repreender a operação tartaruga e fiscalizar se os militares estão
cumprindo as atividades.
“Não é [um resultado] ruim, até porque nós não temos controle sobre o número de homicídios. Boa parte [das vítimas] são pessoas envolvidas em algum tipo de delito. Nós lamentamos a ocorrência, mas é um tipo de delito que é difícil para a Polícia Militar combater. É difícil salvar vida de pessoas inseridas no mundo do crime”, afirmou Moura. “Nossa perspectiva é de que foi um final de semana produtivo para a PM.”
Questionado sobre como enxergar a atuação ostensiva da PM e diferenças em relação à criminalidade, o comandante disse que o "importante é mostrar o atendimento da PM à população". "Estamos procurando atender a todas as chamadas que estão ocorrendo, As pessoas têm que ver, porque nós fazemos policiamento ostensivo e preventivo", disse Moura.
Uma gravação que circulou por meio de redes sociais no final de semana
afirmando que três facções estavam se organizando para cometer diversos
homicídios no DF e no Entorno, o comandante-geral disse ter ficado
tranquilo.
“Várias pessoas me ligaram preocupadas com esse tipo de notícia. Mas, olha, graças a Deus, em Brasília nós não temos facções criminosas, nossos bandidos aqui são pés-de-chinelo, são usuários de drogas, então vi com bastante tranquilidade e o final de semana mostrou que realmente não aconteceu aquilo que foi veiculado.”
Na última sexta, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que eles cobrem da tropa o cumprimento das atividades. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Segundo o governador, o movimento dos policiais tem “interesses políticos”. O governador não respondeu a perguntas dos jornalistas. Logo após o término da reunião, ele deixou o local.
“A vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando”, disse. “Não [podemos] admitir em hipótese alguma que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. [Eles] não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco."
O comandante-geral da PM, Anderson
Moura, disse que já identificou cinco policiais que estão à frente da
operação tartaruga e que vai abrir procedimento disciplinar contra os
responsáveis. A punição, segundo ele, pode ir de advertência a demissão.
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. Neste fim de semana, o Tribunal de Justiça acabou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tem como pen multa diária de R$ 100 mil.
Na manhã deste sábado (1º), durante entrega de novos ônibus no Recanto das Emas, o governador Agnelo Queiroz disse que a atividade da polícia já voltou ao normal.
"Hoje estamos em plena normalidade. A atitude individual de uma pequena minoria que por motivos políticos tenta colocar em risco a vida da população, estamos combatendo rigorosamente. Tomando todas as medidas de punição rigorosa", afirmou.
Escalada da violência
A um dia do fim do mês de janeiro, o número de homicídios no DF subiu 38,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 68 homicídios haviam sido registrados no DF entre o dia 1º e a manhã desta quinta-feira (30), 19 a mais que nos 31 dias do mesmo mês de 2013.
Nesta sexta-feira (31), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo federal poderá ajudar no combate à violência no Distrito Federal caso haja um pedido formal do governador Agnelo Queiroz.
FONTE G1
“Não é [um resultado] ruim, até porque nós não temos controle sobre o número de homicídios. Boa parte [das vítimas] são pessoas envolvidas em algum tipo de delito. Nós lamentamos a ocorrência, mas é um tipo de delito que é difícil para a Polícia Militar combater. É difícil salvar vida de pessoas inseridas no mundo do crime”, afirmou Moura. “Nossa perspectiva é de que foi um final de semana produtivo para a PM.”
Questionado sobre como enxergar a atuação ostensiva da PM e diferenças em relação à criminalidade, o comandante disse que o "importante é mostrar o atendimento da PM à população". "Estamos procurando atender a todas as chamadas que estão ocorrendo, As pessoas têm que ver, porque nós fazemos policiamento ostensivo e preventivo", disse Moura.
“Várias pessoas me ligaram preocupadas com esse tipo de notícia. Mas, olha, graças a Deus, em Brasília nós não temos facções criminosas, nossos bandidos aqui são pés-de-chinelo, são usuários de drogas, então vi com bastante tranquilidade e o final de semana mostrou que realmente não aconteceu aquilo que foi veiculado.”
Na última sexta, o governador Agnelo Queiroz reuniu a cúpula da segurança pública do DF para pedir que eles cobrem da tropa o cumprimento das atividades. Também entre as medidas para diminuir a sensação de insegurança, ficou determinado que os oficiais iriam as ruas, atuando junto à população e fiscalizando as atividades dos praças.
Segundo o governador, o movimento dos policiais tem “interesses políticos”. O governador não respondeu a perguntas dos jornalistas. Logo após o término da reunião, ele deixou o local.
“A vida é a coisa mais importante. A vida é mais importante que a política. Por isso que a PM tem a obrigação de garantir a segurança pública do DF. Nossa PM tem comando”, disse. “Não [podemos] admitir em hipótese alguma que meia dúzia de pessoas, com atitudes inclusive covardes, possam colocar em risco a segurança do nosso povo. [Eles] não têm direito de colocar a vida das pessoas em risco."
Sem reajuste salarial, PMs do DF deflagraram em outubro a "operação tartaruga", enfraquecendo o policiamento ostensivo para cobrar aumento do salário, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios aos que estão em atividade e reformados. Neste fim de semana, o Tribunal de Justiça acabou o pedido do Ministério Público para que a operação fosse declarada ilegal. O descumprimento da decisão tem como pen multa diária de R$ 100 mil.
Na manhã deste sábado (1º), durante entrega de novos ônibus no Recanto das Emas, o governador Agnelo Queiroz disse que a atividade da polícia já voltou ao normal.
"Hoje estamos em plena normalidade. A atitude individual de uma pequena minoria que por motivos políticos tenta colocar em risco a vida da população, estamos combatendo rigorosamente. Tomando todas as medidas de punição rigorosa", afirmou.
Escalada da violência
A um dia do fim do mês de janeiro, o número de homicídios no DF subiu 38,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, 68 homicídios haviam sido registrados no DF entre o dia 1º e a manhã desta quinta-feira (30), 19 a mais que nos 31 dias do mesmo mês de 2013.
Nesta sexta-feira (31), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o governo federal poderá ajudar no combate à violência no Distrito Federal caso haja um pedido formal do governador Agnelo Queiroz.
FONTE G1
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