Praça da Maconha em Ipameri
05 de janeiro de 2014 (domingo)
Os dependentes químicos, em Ipameri, no Sudeste do Estado, concentram-se na Praça da Maconha, como é conhecido um dos locais de maior aglomeração de consumo e tráfico de drogas no município de 25 mil habitantes. “O povo de Ipameri ainda não percebeu o grau de delinquência que está tomando conta da cidade. Tenho certeza de que os furtos que enfrentamos foram praticados por usuários”, desabafa a presidente da Associação Pestalozzi local, Grace Helena Daher.
Os furtos aos quais ela se refere foram no Centro de Atendimento Paz e Fraternidade, da Associação Pestalozzi, que faz 200 atendimentos por mês. Em 2013 houve oito ocorrências, quatro delas somente em dezembro. “Como a gente vive de doações, o roubo é de um coletivo, mas o prejuízo é de quem precisa do atendimento”, conta a presidente da entidade.
Do local foram levados cinco botijões, todas as panelas e caixas fechadas de produtos de limpeza. “Quem quebrou os cadeados fortes que colocamos sabia exatamente o que tinha no local”, suspeita Grace.
A presidente conta que o mesmo Centro é cenário do drama das drogas. Uma mãe, que sofreu acidente vascular cerebral e tem movimentos limitados, é atendida no centro de reabilitação levada pelo marido aposentado. O filho, um usuário de crack de mais de 30 anos, já usurpou do local um simples CD de música infantil usado no trabalho com crianças. “Eles carregam qualquer coisa para vender”, lamenta ela.1.452678
Tráfico às margens do Rio das Almas
05 de janeiro de 2014 (domingo)
As margens do Rio das Almas, que divide Ceres e Rialma, no Centro goiano, é o local mais propenso ao tráfico de drogas. Usuários e traficantes se acomodam em um pequeno trecho de calçada onde consomem ou comercializam entorpecentes.
O trecho fica bem próximo à Vila Pedroso onde vive a gari e diarista Fátima da Silva, de 50 anos. O único filho homem, Ernandes, de 29, ela perdeu para as drogas há 14 anos. “Saí por um tempo e, quando voltei, a droga estava alastrada. Mudou demais de dez anos para cá”, relata a moradora de Ceres.
Fátima acredita que o drama da vizinha seja maior que o seu. “O filho dela expulsou a família de casa. A mãe, o pai e a irmã estão vivendo de aluguel e ele está na casa, acabou com tudo por causa do crack.”
Em Rubiataba, a 49 quilômetros de Ceres, um adolescente de 12 anos passou a usar crack e abandonou os estudos, numa escola municipal, onde cursava o 7º ano. Ele mora com a avó, que só recebe amparo do conselho tutelar da cidade.1.452677
Consumo na periferia de Vianópolis
05 de janeiro de 2014 (domingo)
Distante a 92 quilômetros de Goiânia, Vianópolis é uma cidade aparentemente sossegada. Ali, assim como na maioria dos municípios do interior goiano, o tráfico e consumo de drogas encontra terreno fértil principalmente nas regiões de periferia. “Aqui, muitos jovens consomem drogas, mas em lugares mais afastados do centro”, conta uma moradora que não quis se identificar. Ela pondera que o Bairro São Vicente é onde mais circula entorpecentes na cidade, de 13 mil habitantes.
O consumo de drogas, no entanto, ainda é tímido durante o dia, segundo a moradora. “À luz do dia, é mais difícil de ver, é mais comum à noite”, pondera ela, que conviveu com a situação na própria família. Um primo dela de 18 anos está preso por ser acusado de comandar assaltos a residências. O jovem começou o vício aos 15 anos. “Ele liderava pequenos assaltos, para pegar os móveis e trocar por drogas com os traficantes”, diz a moradora, ressaltando que o uso de crack aumentou na cidade nos últimos anos.
Um dos pontos de origem da droga para Vianópolis é o Entorno do Distrito Federal (DF). No final do mês passado, uma jovem, moradora da cidade, foi presa na rodoviária ao chegar de Luziânia. Ela foi pega transportando maconha.
Também há casos de mães desesperadas por não conseguirem tratamento para os filhos. Uma delas tem filho de 17 anos viciado em crack, mas não sabe mais o que fazer para pedir ajuda. “Só vivo no desespero. Não tenho mais aonde ir”, afirma.1.452676
Tráfico às margens do Rio das Almas
05 de janeiro de 2014 (domingo)
As margens do Rio das Almas, que divide Ceres e Rialma, no Centro goiano, é o local mais propenso ao tráfico de drogas. Usuários e traficantes se acomodam em um pequeno trecho de calçada onde consomem ou comercializam entorpecentes.
O trecho fica bem próximo à Vila Pedroso onde vive a gari e diarista Fátima da Silva, de 50 anos. O único filho homem, Ernandes, de 29, ela perdeu para as drogas há 14 anos. “Saí por um tempo e, quando voltei, a droga estava alastrada. Mudou demais de dez anos para cá”, relata a moradora de Ceres.
Fátima acredita que o drama da vizinha seja maior que o seu. “O filho dela expulsou a família de casa. A mãe, o pai e a irmã estão vivendo de aluguel e ele está na casa, acabou com tudo por causa do crack.”
Em Rubiataba, a 49 quilômetros de Ceres, um adolescente de 12 anos passou a usar crack e abandonou os estudos, numa escola municipal, onde cursava o 7º ano. Ele mora com a avó, que só recebe amparo do conselho tutelar da cidade.
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