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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pesquisa revela abismo entre pobres e ricos em Brasília e cidades-satélites

Pesquisa revela abismo entre pobres e 





ricos em Brasília e cidades-satélites





Essa é a realidade de quase todas as cidades da periferia de Brasília: esgoto na rua, rede de saúde precária, e a violência assusta a população.

Um abismo entre ricos e pobres vive em Brasília. O maior contraste de renda do país fica no centro do poder. A diferença é alarmante. É o que revela uma pesquisa. Os números mostram que essa situação pode piorar. É por isso que, vira e mexe, Brasília é chamada de “ilha da fantasia”, de ser um mundo à parte. A realidade, confirma a pesquisa, é essa mesmo: os moradores do Distrito Federal vivem na terra dos extremos.
Tão próximas e tão diferentes. “A diferença é do céu para terra”, diz um homem. Em Brasília é fácil encontrar apaixonados pela cidade. “A qualidade de vida é muito boa”, conta outro homem. “É uma cidade que ainda me dá um conforto bastante grande”, explica outro.
A capital federal também tem problemas. Mas a 45 quilômetros, em Águas Lindas de Goiás, as dificuldades são bem maiores. “Falta saneamento, asfalto, muita coisa”, diz um morador. “Violência tem bastante, é perigoso”, conta outro morador.
Essa é a realidade de quase todas as cidades da periferia de Brasília: esgoto na rua, rede de saúde precária, e a violência assusta a população que não para de crescer. Há 30 anos, os dez municípios goianos mais próximos do Distrito Federal tinham 180 mil habitantes. De acordo com o IBGE, a população cresceu cinco vezes. Hoje são quase 920 mil moradores.
São pessoas que vivem no maior contraste de renda do país. De acordo a pesquisa, a renda média por habitante no Distrito Federal é a mais alta do Brasil: R$ 50.438 por ano, oito vezes maior que nas cidades goianas da periferia, onde a renda é de R$ 6.288.
Em alguns estados, como em São Paulo, nos últimos anos muitas indústrias e empresas deixaram a capital para se instalar em cidades menores e mais baratas. No Distrito Federal, isso não aconteceu. Quase 70% dos adultos que vivem na periferia trabalham ou procuram emprego em Brasília. “Não tem trabalho. Tudo depende de lá”, diz uma mulher.
A renda do brasiliense é alta principalmente por causa os salários do serviço público. De acordo com Júlio Miragaya, coordenador do estudo que analisou 12 regiões metropolitanas, no Rio de Janeiro e em São Paulo, por exemplo, a diferença de renda entre a periferia e as capitais é bem menor e tem diminuído, ao contrário de Brasília.
“A tendência é de essa situação se agravar. Essa região continua tendo um aumento populacional perto de três vezes a média nacional, porque recebe fluxo migratório ainda muito grande de outras regiões pobres do país. É uma discrepância que não encontra paralelo em nenhuma outra área metropolitana do país”, explica o presidente do Instituto de Estudos da Economia Regional (Ibrase), Júlio Miragaya.
Em suma, falta investimento nos arredores de Brasília. O que sobra é um jogo de empurra entre os governos federal, do Distrito Federal e de Goiás.

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