Professora baleada após amigo curtir foto dela em rede social passa pela 1ª cirurgia e segue em UTI, diz mãe
Ex-marido é o suspeito dos disparos e de ter matado o amigo de Gleide Batista dos Santos, em Nova Crixás. Ela continua com os projéteis no rosto.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Caminhoneiro é suspeito de atirar no rosto da ex-mulher em Nova Crixás
A mãe da professora Gleide Batista dos Santos, de 41 anos, baleada no rosto após um amigo curtir uma foto dela em uma rede social disse que ela passou pela primeira cirurgia no Hospital Governador Otávio Lage (Hugol), mas continua com os projéteis alojados na face. O ex-marido da mulher é o suspeito de atirar contra ela depois de ter matado o pedreiro Gilvan de Jesus, em Nova Crixás.
Geroní Maria dos Santos, de 60 anos, acompanha o estado de saúde da filha diariamente na unidade de saúde e nesta sexta-feira (14), ela seguia com o quadro estável na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a mãe, os médicos comunicaram que a filha ainda vai passar por novos procedimentos cirúrgicos nos próximos dias na tentativa de retirar as balas do rosto dela.
O caso aconteceu na quinta-feira (13). O caminhoneiro Júnior Vagner Moura Gomes, de 45 anos, não aceitava o fim do casamento e teria praticado os crimes motivado por ciúmes, principalmente depois do pedreiro curtir uma foto que ela postou em uma rede social, de acordo com a delegada Jocelaine Braz Batista.
O suspeito segue desaparecido, conforme a delegada. Ele fugiu da cena do crime e abandonou o carro em uma fazenda, em Nova Crixás.
A Polícia Civil informou que nenhum advogado se apresentou para defender o suspeito até a última atualização desta reportagem.
A delegada informou que o casal estava separado há dois anos, mas o caminhoneiro não aceitava o fim da relação. Ela explicou que Gilvan foi morto com um tiro na nuca enquanto dormia. Depois, segundo a investigadora, o caminhoneiro se deslocou até a residência da ex-mulher, pulou o muro e efetuou os disparos.
Fuga
Agentes da Polícia Civil e policiais militares encontraram o carro que o caminhoneiro usou na fuga abandonado às margens do Rio Araguaia, próximo à cidade.
A delegada informou que o local é de difícil acesso por se tratar de uma fazenda e acredita que ele havia premeditado o crime e a fuga. O caminhoneiro pode responder criminalmente por homicídio e tentativa de feminicídio.
Ameaças
A professora tinha uma medida protetiva que conseguiu na Justiça de Goiás contra o ex-marido por ameaça de morte. Ele, inclusive, tem duas passagens por ameaça nos arquivos da Polícia Civil, segundo a delegada.
A mãe da professora contou que o casamento era conturbado e o suspeito muito violento. "Ele tinha uma amante no Mato Grosso. Ela descobriu e terminou o relacionamento, mas ele nunca aceitou", declarou Geroní.
Gleide Batista tem dois filhos, de 23 e 16 anos. Eles não estavam em casa quando o caminhoneiro efetuou os disparos contra a mulher. A mãe dormiu com ela na noite anterior e acredita que o suspeito vigiou a residência e esperou ela ficar sozinha para pular o muro.
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