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Saber é poder?
Duas afirmações mostram a diferença dos modernos em relação aos antigos: a afirmação do filósofo inglês Francis Bacon, para quem “saber é poder”, e a afirmação de Descartes, para quem “a ciência deve tornar-nos senhores da Natureza”. A ciência moderna nasce vinculada à ideia de intervir na Natureza, de conhecê-la para apropriar-se dela, para controlá-la e dominá-la. A ciência não é apenas contemplação da verdade, mas é sobretudo o exercício do poderio humano sobre a Natureza. Numa sociedade em que o capitalismo está surgindo e, para acumular o capital, deve ampliar a capacidade do trabalho humano para modificar e explorar a Natureza, a nova ciência será inseparável da técnica. Ciência, acabará por marcar de forma indelével, já na modernidade, a complexa e imbricada relação entre técnica e ciência.
E para finalizar o texto em torno dessas pautas, o autor traz um aspecto que salta aos olhos na discussão da emergência dessa racionalidade é o seu caráter utópico. Salientando que não ser vergonha o assunto em destaque nem negativo em sua subjetividade, trazendo sim um positivo ato de reflexão e que a utopia assume o sentido de força de transformação da realidade, assumindo corpo e consistência suficientes para transformar-se em autêntica vontade inovadora e encontrar os meios de inovação (ABBAGNANO, 2000).
O sentido da utopia segundo o autor é trazer a motivação e suficiente ou uma causa válida para se lutar. Especialmente na escola todos podem-se e devem-se reavivar a disposição de se conceber e lutar por um mundo que se considere mais adequado, transformado, humanizado, mesmo que momentaneamente ainda não seja possível realizá-lo. Todos os dias nossas vidas dependem e oscilam entre os polos do que se pensa que é e do que se pensa que deveria ser. Diante dessas considerações o autor tem se a esperança de um dia ouvir um dia a resposta diante da pergunta de que foram colocadas há muitos anos pelo filósofo Rousseau. “Existe alguma razão para substituirmos o conhecimento vulgar (de senso comum) que temos da natureza e da vida pelo conhecimento científico produzido por poucos e inacessível a maioria? Será que a ciência poderá contribuir para diminuir as distâncias crescentes na sociedade entre o que se é o que se aparenta ser, entre dizer e fazer, ou (como dizemos frequentemente), entre a teoria e a prática?” A Essas perguntas Rousseau respondeu, taxativamente, não! porém o autor em sua explanação espera um ter como resposta um dia. Um grandioso e eloquente Sim!
Alguns caminhos estão sendo apontados. Quais os mais significativos? Em que se pode contribuir?
Resenha critica W Aciolly de Melo
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