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sábado, 18 de maio de 2019

Empresária é presa em Luziânia suspeita de aplicar golpes no seguro DPVAT


Polícia acredita que mulher chegou a receber R$ 220 mil com as fraudes no seguro, usando documentos de funcionários e parentes. Delegado diz que a suspeita nega parcialmente os crimes.

Por Rodrigo Gonçalves, G1 GO

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Acesso gratuito
 G1


Empresária é presa em Luziânia suspeita de aplicar golpes no seguro DPVAT 

Uma empresária, de 41 anos, foi presa suspeita de fraudes no recebimento do seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A Polícia Civil chegou à mulher após 10 meses de investigações e realizou a prisão durante a “Operação Parálysis” nesta quinta-feira (16). 

Para o golpe, segundo a polícia, a mulher usou inclusive os próprios filhos e outros parentes que não tiveram quaisquer sequelas em acidentes. O G1 tenta localizar a defesa da suspeita. Segundo o delegado Danilo Martins, ela já apresentou um advogado. Por já estar fora do plantão, o delegado só poderá pas

sar o nome na próxima segunda-feira. 
“Ela confessou parcialmente. Admite ter acessado as contas e retirado o dinheiro. Negou ser a mentora e falsificadora dos documentos”, disse o delegado.
Nos documentos falsos, constava que a pessoa havia sido vítima de acidente de trânsito e que, em razão disso, tinha ficado com sequelas permanentes, como paraplegia, hemiplegia e perda de membros.

Durante a operação, a polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e um mandado de prisão preventiva, todos expedidos pela 2ª Vara Criminal de Luziânia.

“Inicialmente o seguro DPVAT constatou que havia em Luziânia uma quantidade anormal de processos de indenizações por acidente de trânsito. Informou estes fatos aqui para a polícia civil e nós iniciamos a investigação”, comentou Danilo.

De acordo com as investigações, a suspeita, que é também bacharel em direito, teria fraudado processos de recebimento do seguro DPVAT em pelo menos dezesseis casos, acumulando um dano aproximado de R$ 220 mil ao sistema de seguro obrigatório. Em cada um dos casos, o seguro chegava a pagar R$ 13,5 mil.

A polícia cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, inclusive na casa da suspeita e de parentes dela — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Funcionários tiveram documentos usados

Ainda segundo o delegado, a suspeita possui uma empresa de eventos localizada na cidade de Luziânia, por onde passam vários trabalhadores que prestam serviços como garçons, cozinheiros e seguranças.

“Ela usava documentos destas pessoas para a fraude. Aproveitando do vínculo de trabalho com essas pessoas, a investigada obtinha cópia dos documentos pessoais, alegando que seria para registro de carteira de trabalho”, comentou Martins.

As investigações apontam ainda que passado algum tempo, após conquistar a confiança dos empregados, a suspeita afirmava que tinha valores a receber de devedores, mas que estava com a conta bancária bloqueada, e, por conseguinte, pedia o cartão bancário e senha das vítimas, para recebimento dos valores, indo até os bancos.
Para o delegado, como forma de manter o trabalho na empresa, as pessoas forneciam o que era pedido pela mulher.
“Constatamos que também haviam processos de indenização fraudados, usando os documentos e dados de quatro familiares da investigada, sendo dois filhos, um cunhado e um genro”, informou Danilo.

Com os documentos pessoais, de acordo com o delegado, eram falsificados diversos documentos públicos, como Boletins de Ocorrência (da PCGO e PCDF), laudos do IML de Goiás e do Distrito Federal, Ocorrência do Corpo de Bombeiros de Goiás, relatórios médicos do Hospital de Base de Brasília e do Hospital Municipal de Luziânia/GO. Também constam documentos particulares falsificados, como comprovantes de residência.
Segundo o delegado, as investigações prosseguem no sentido e apurar a participação de outras pessoas no esquema e identificar outras possíveis fraudes.
“Vamos realizar oitivas de alguns familiares e as perícias no material apreendidos. A conclusão do inquérito até o fim da próxima semana”, afirmou o delegado, afirmando que até a tarde desta sexta-feira (17), a mulher permanecia presa. Ela vai responder inicialmente pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos públicos.

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