As câmeras do circuito interno de TV da Escola Estadual Ephigênia de Jesus Werneck, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, flagraram o momento em que um estudante dispara contra dois colegas. O crime aconteceu na manhã desta quinta-feira (4).
Dois alunos de 15 e 16 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental, foram baleados, mas sem gravidade. O suspeito dos disparos é um jovem de 19 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio na mesma escola, e alega ser vítima de bullying.
Depois, outra câmera mostra os dois em um corredor. O atingido pelo tiro fica com uma mão no ombro, onde está o ferimento. O suspeito aparece andando atrás. Então, Alexandre para, parecendo confuso, e guarda a arma dentro da mochila. Instantes depois, o adolescente baleado passa mais uma vez pelo mesmo corredor, em sentido contrário, e é novamente perseguido. O suspeito armado atira mais vezes, e os alunos entram em pânico.O estudante Alexandre Esteves dos Santos, de 19 anos, estava dentro da escola e esperou o colega, que seria o praticante do bullying contra ele, na escada. Quando o adolescente de 15 anos passa, a imagem mostra Alexandre disparar uma arma. O garoto é atingido quando estava de costas para o suspeito.
Em alguns destes disparos, o tiro atinge no abdome um outro garoto, de 16 anos e que nada tinha a ver com o desentendimento. Agostinho de Souza, pai do estudante, disse que o filho contou que o suposto agressor pediu desculpas por tê-lo atingido. Alexandre contou ao filho de Agostinho que ele não era o alvo.
Uma aluna que não quis se identificar disse o barulho dos disparos parecia uma bomba garrafão. "De repente, começou mais tiros. Foi 'que' nós olhamos pela janela. Eu já vi dois alunos correndo ensanguentados, pularam o muro correndo, e vi o menino que atirou correndo, né, com a arma na mão e atirando", contou.
A Polícia Militar disse que foram cinco disparos. Segundo o tenente Rodrigo Lima Ferreira, o suspeito vinha sofrendo agressões. “Ele é portador de necessidades especiais. Ele estava sofrendo aí agressões e o pessoal também chamando ele, na escola, de gordo”, afirmou.
A arma, de acordo com a polícia, pertence a um policial que é tio de Alexandre. O rapaz foi preso em casa e, conforme a polícia, assumiu o crime. Um revólver calibre 38 foi apreendido. A escola não tem detector de metais.
De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), os dois feridos passam bem. O adolescente de 16 anos, que foi baleado no abdome, não precisou ser submetido a cirurgia. O aluno de 15 anos, que seria o alvo dos disparos, foi operado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Ele teve uma fratura exposta no ombro e perdeu um pedaço de uma orelha, atingidos pelos disparos. A família do estudante disse, por meio da assessoria de imprensa da Fhemig, que não vai falar sobre o caso.
O advogado do suspeito de fazer os disparos disse que a família não vai comentar o assunto por enquanto.
A escola não funcionou na parte da manhã, mas as atividades foram retomadas durante à tarde.
A Polícia Civil diz que vai apurar a denúncia de bullying, que teria sofrido Alexandre dos Santos, e os disparos dentro da escola. O delegado não divulgou detalhes da investigação.
g1 fonte
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