Sarita González - CorreioWeb
Publicação: 22/07/2013 10:04 | Atualização: 19/07/2013 17:56
Kleber não encontrou o próprio carro até hoje, mas ajuda vítimas de roubos de veículos por meio do site |
Problemas de segurança pública têm motivado cada vez mais as pessoas a buscar soluções que ajudem a população. Em junho do ano passado, o profissional de Tecnologia da Informação Kleber Karpov, 42, descobriu que seu carro - uma D-20 89 – havia sido roubado ao chegar no estacionamento da faculdade onde estuda. “Na época, resolvi pesquisar mais a respeito de como poderia recuperar meu veículo e percebi que as pessoas enfrentam sérios problemas de segurança”, aponta Karpov.
Para tentar encontrar o próprio carro e ainda ajudar outras vítimas, Karpov criou, dois meses após o incidente, o site Quero Meu Carro de Volta, um serviço gratuito para vítimas de roubos e furtos de veículos. De acordo com Kleber, o site já tem 861 pessoas cadastradas, além de um banco com 450 carros recuperados pela polícia que estão em pátios de delegacias de todo o país. “O site também denuncia situações em que veículos recuperados pela polícia não retornaram aos seus proprietários”, revela.
Eduardo Galvão, delegado-chefe da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos do Distrito Federal, afirma que a polícia não tem motivos para reter veículos recuperados no pátio. “O veículo só não é devolvido em casos como existência de pendência administrativa, quando está veiculado a processo judicial, se há problemas de identificação do veículo e caso haja pendência entre o proprietário e outra pessoa”, explica.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), entre os meses de janeiro e maio deste ano, 1.980 veículos foram roubados. Em 2012, no mesmo período, o número foi ainda mais alto: 2.080 roubos de veículos foram registrados no DF. Para o delegado-chefe da DRFV, a iniciativa do site é bem-vinda. “Já ouvi falar de ideias parecidas e somos favoráveis a qualquer projeto que nos ajude a minimizar o problema”, afirma. A SSP-DF divulga, ainda, que 3.139 veículos roubados foram localizados em 2012 no mesmo período. Em 2013, já foram 3.308.
Veículo roubado
Para tentar encontrar o próprio carro e ainda ajudar outras vítimas, Karpov criou, dois meses após o incidente, o site Quero Meu Carro de Volta, um serviço gratuito para vítimas de roubos e furtos de veículos. De acordo com Kleber, o site já tem 861 pessoas cadastradas, além de um banco com 450 carros recuperados pela polícia que estão em pátios de delegacias de todo o país. “O site também denuncia situações em que veículos recuperados pela polícia não retornaram aos seus proprietários”, revela.
Eduardo Galvão, delegado-chefe da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos do Distrito Federal, afirma que a polícia não tem motivos para reter veículos recuperados no pátio. “O veículo só não é devolvido em casos como existência de pendência administrativa, quando está veiculado a processo judicial, se há problemas de identificação do veículo e caso haja pendência entre o proprietário e outra pessoa”, explica.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), entre os meses de janeiro e maio deste ano, 1.980 veículos foram roubados. Em 2012, no mesmo período, o número foi ainda mais alto: 2.080 roubos de veículos foram registrados no DF. Para o delegado-chefe da DRFV, a iniciativa do site é bem-vinda. “Já ouvi falar de ideias parecidas e somos favoráveis a qualquer projeto que nos ajude a minimizar o problema”, afirma. A SSP-DF divulga, ainda, que 3.139 veículos roubados foram localizados em 2012 no mesmo período. Em 2013, já foram 3.308.
Veículo roubado
Solange Lopes, 48, teve o carro roubado em outubro de 2011 na Ponte Alta, no Gama. De acordo com ela, na época, a Polícia Civil do Distrito Federal estava em greve e Solange teve dificuldade para divulgar placa e modelo do veículo roubado. “Durante dias, fiquei de olho nos carros que passavam na rua e sempre pensava que poderia ser o meu”, lembra.
A técnica de enfermagem revela que o carro foi recuperado pela polícia da Cidade Ocidental (GO) 13 dias após o roubo, mas a notificação chegou somente depois de sete meses. Por ter enfrentado uma batalha para conseguir recuperar seu carro, durante a busca, ela resolveu usar as redes sociais para reclamar do problema. “Soube do site depois que conheci o Kleber. Ele disse que estava acompanhando meu drama pelo Twitter e me pediu para expor o problema no site dele”, conta. A partir daí, a história de Solange ajudou outros internautas que passavam pelo mesmo problema.
O delegado-chefe Eduardo Galvão explica que, caso um veículo seja roubado, a vítima deve registrar a ocorrência na delegacia na mesma hora. “Esse tipo de ocorrência deve ser registrado, inclusive se a polícia estiver em greve”, alerta.
Alcance nacional
O Quero Meu Carro de Volta já é utilizado em 24 estados, além do Distrito Federal. “Normalmente, as pessoas procuram o site depois de não terem êxito com a polícia, quando fazem o registro padrão. Muitas vítimas de roubos de veículos já têm até o costume de divulgar o problema nas redes sociais”, comenta Kleber, que até hoje não recuperou seu veículo.
Segundo o empreendedor, que, por enquanto, atua sozinho no site e não tem retorno financeiro, o objetivo do projeto é disponibilizar um serviço de utilidade pública por meio de uma rede colaborativa que une vítimas, internautas que denunciam e a polícia. “O site não tem pretensão de exercer o papel de polícia ou de investigadores, mas pretende criar uma rede de troca entre vítimas de roubos, pessoas que possam expor suas denúncias, sociedade e governo para facilitar a recuperação e a devolução dos veículos aos donos”, defende.
Para Marina Moreira, especialista em empreendedorismo e professora do curso de Administração da Universidade de Brasília (UnB), iniciativas empreendedoras para melhorar questões sociais têm movido economias mais desenvolvidas. “Perceber uma oportunidade e empreender com base em um problema social está começando no Brasil e só tende a crescer. São ideias que nascem não apenas de um desejo específico, mas também de uma preocupação coletiva”, comenta.
Para se cadastrar no site, a vítima de roubo de carro deve consultar a placa do veículo na página a fim de verificar se este foi encontrado após uma possível colaboração de voluntário. Caso o carro não tenha sido localizado, a pessoa pode fazer o cadastro gratuito do veículo ao preencher formulário disponível no sistema.
A técnica de enfermagem revela que o carro foi recuperado pela polícia da Cidade Ocidental (GO) 13 dias após o roubo, mas a notificação chegou somente depois de sete meses. Por ter enfrentado uma batalha para conseguir recuperar seu carro, durante a busca, ela resolveu usar as redes sociais para reclamar do problema. “Soube do site depois que conheci o Kleber. Ele disse que estava acompanhando meu drama pelo Twitter e me pediu para expor o problema no site dele”, conta. A partir daí, a história de Solange ajudou outros internautas que passavam pelo mesmo problema.
O delegado-chefe Eduardo Galvão explica que, caso um veículo seja roubado, a vítima deve registrar a ocorrência na delegacia na mesma hora. “Esse tipo de ocorrência deve ser registrado, inclusive se a polícia estiver em greve”, alerta.
Alcance nacional
O Quero Meu Carro de Volta já é utilizado em 24 estados, além do Distrito Federal. “Normalmente, as pessoas procuram o site depois de não terem êxito com a polícia, quando fazem o registro padrão. Muitas vítimas de roubos de veículos já têm até o costume de divulgar o problema nas redes sociais”, comenta Kleber, que até hoje não recuperou seu veículo.
Segundo o empreendedor, que, por enquanto, atua sozinho no site e não tem retorno financeiro, o objetivo do projeto é disponibilizar um serviço de utilidade pública por meio de uma rede colaborativa que une vítimas, internautas que denunciam e a polícia. “O site não tem pretensão de exercer o papel de polícia ou de investigadores, mas pretende criar uma rede de troca entre vítimas de roubos, pessoas que possam expor suas denúncias, sociedade e governo para facilitar a recuperação e a devolução dos veículos aos donos”, defende.
Para Marina Moreira, especialista em empreendedorismo e professora do curso de Administração da Universidade de Brasília (UnB), iniciativas empreendedoras para melhorar questões sociais têm movido economias mais desenvolvidas. “Perceber uma oportunidade e empreender com base em um problema social está começando no Brasil e só tende a crescer. São ideias que nascem não apenas de um desejo específico, mas também de uma preocupação coletiva”, comenta.
Para se cadastrar no site, a vítima de roubo de carro deve consultar a placa do veículo na página a fim de verificar se este foi encontrado após uma possível colaboração de voluntário. Caso o carro não tenha sido localizado, a pessoa pode fazer o cadastro gratuito do veículo ao preencher formulário disponível no sistema.
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