Polícia pede prorrogação da prisão de suspeito de matar jornalista em GO
Prazo deve manter investigado detido preventivamente por mais 30 dias.
Testemunha diz que servidor dirigia carro semelhante ao usado no crime.
A Polícia Civil pediu a prorrogação da prisão preventiva do suspeito de participar da morte do jornalista e pré-candidato a vereador João Miranda do Carmo, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. O novo prazo deve manter o investigado, um servidor público de 40 anos, detido por mais 30 dias. O Tribunal de Justiça informou que o processo corre de maneira sigilosa.
João foi morto dentro de casa no último dia 24. As principais linhas de investigação são de que o crime tenha sido por vingança ou por motivação política. Conforme as investigações, um Fiat Palio de cor vermelha foi usado pelos criminosos. A polícia suspeita que se tratavam de duas pessoas, que chamaram a vítima, atiraram e fugiram em seguida.
O servidor público Douglas Ferreira de Morais, que está preso suspeito de ligação com o crime, era chefe da guarda patrimonial da prefeitura. Uma testemunha disse que o viu dirigindo um carro com as mesmas características do usado no dia do assassinato.
João trabalhava há 15 anos na cidade, e há quatro tinha um site de notícias locais chamado "SAD Sem Censura". No portal, há várias notícias policiais e outras relacionadas a problemas da cidade, como falta de asfalto e coleta de lixo.
Em 2014, o carro dele foi incendiado. Um amigo do jornalista disse que ele estava recebendo ameaças há seis meses. “Ele relatou que estava sendo ameaçado depois das últimas duas postagens que fez, inclusive nas redes sociais. Ele relatou de forma audível que estava com medo das tantas ameaças que estava recebendo”, disse o estudante Jonas Batista.
Conforme o delegado, o servidor preso teria ameaçado João antes do crime. As intimidações foram provocadas por vingança em virtude de o profissional noticiar em seu site a prisão do irmão do suspeito.
Assim, Batista diz que a principal linha de investigação é vingança, motivada por cunho político, já que a vítima pretendia concorrer ao cargo de vereador nas próximas eleições, ou por fazer denúncias por causa de sua profissão. “Mas nenhuma possibilidade está descartada”, ressaltou.
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