04/02/2013 10h25 - Atualizado em 04/02/2013 10h25
Ex-dirigente do Atlético-GO não
mandou executar cronista, diz defesa
Preso em Goiânia, Maurício Sampaio deve depor nesta segunda-feira (4).
Valério Luiz foi morto a tiros, em julho, após sair da rádio onde trabalhava.
Do G1 GO com informações da TV Anhanguera
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A defesa do empresário e ex-vice-presidente do Atlético Clube Goianiense afirma que Maurício Sampaio não mandou executar o cronista esportivo Valério Luiz, em julho de 2012. “Temos plena e total convicção de que ele é inocente”, ressalta o advogado Neilton Cruvinel Filho. O empresário está detido na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), emGoiânia, desde sábado (2). A prisão aconteceu um dia depois do executor confesso do crime declarar, em depoimento à Polícia Civil, que Maurício Sampaio foi o mandante do crime.
A polícia acredita que a morte de Valério Luiz tenha ligação direta com críticas contundentes feitas pelo comentarista esportivo à direção do Atlético-GO, principalmente ao então vice-presidente do clube, Maurício Sampaio. O ex-dirigente do clube goiano será interrogado na tarde desta segunda-feira (4). Segundo o advogado, ele deve responder a todas as perguntas dos delegados e prestar os devidos esclarecimentos.
“Ele nunca teve um incidente desta natureza”, argumenta a defesa. O advogado do ex-diregente do Atlético-GO ainda pondera o caráter do cliente: “Ele é um homem de bem, que faz obras de caridade. É uma pessoa religiosa, bem postada na sociedade, que tem uma história em Goiás”.
O advogado reclama que, durante o interrogatório dos outros envolvidos, o nome do empresário era citado pelo próprio delegado. “Não perguntavam quem mandou matar Valério Luiz, mas sim, se Maurício Sampaio foi quem mandou”, argumenta. Neilton Cruvinel Filho diz entender a dor da família do cronista, mas, desde o primeiro momento, alega, elegeram Maurício como culpado. Linha seguida pela polícia na investigação, acrescenta o advogado. O defensor também acredita que haja outras vertentes que a polícia não explorou.
Maurício Sampaio está detido em uma cela especial da DIH, já que tem ensino superior. O advogado já pediu a revogação do mandado de prisão temporária contra o ex-dirigente do Atlético-GO. Ele afirma que não há necessidade do seu cliente continuar preso, pois tem domicílio fixo e vai ajudar no que puder. “Agora, Maurício Sampaio é o maior interessado em esclarecer o assassinato de Valério Luiz”, garante o advogado.
Entretanto, para o delegado da DIH, Hellyton Carvalho, o suspeito tem que ficar preso. “Poderíamos ter um certo prejuízo para a conclusão do inquérito policial se ele for solto”, pondera o delegado. A prisão temporária expedida contra o empresário é de 30 dias.
Interrogatório
O delegado Hellyton Carvalho espera que com o interrogatório de Maurício Sampaio, seja esclarecido o motivo de ele ter sido mencionado como mandante pelo executor do crime, que é açougueiro.
O delegado Hellyton Carvalho espera que com o interrogatório de Maurício Sampaio, seja esclarecido o motivo de ele ter sido mencionado como mandante pelo executor do crime, que é açougueiro.
Hellyton Carvalho pondera que não há provas técnicas da participação do ex- dirigente do Atlético-GO no assassinato de Valério Luiz. No entanto, há provas contundentes da participação dos outros três suspeitos, que foram presos na sexta-feira (1º). Além do açougueiro, estão detidos na DIH um policial militar e um suposto funcionário de Maurício Sampaio. Todos já foram ouvidos.
Conforme o delegado, a pessoa que teria contratado o serviço negou a participação no crime. Já o policial militar envolvido, suspeito de atrapalhar as investigações, reservou-se ao direto de permanecer em silêncio, afirmou Hellyton Carvalho.
O único que respondeu ao interrogatório foi o açougueiro, que confessou ser o executor direto. O suspeito declarou ainda que Maurício Sampaio foi o mandante. A Polícia Civil deve ouvir outras pessoas citadas no depoimento do suposto assassino.
Execução
O radialista Valério Luiz, de 49 anos, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado a tiros, na tarde do dia 5 de julho do ano passado, quando saía da rádio onde trabalhava, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou contra a vítima.
O radialista Valério Luiz, de 49 anos, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado a tiros, na tarde do dia 5 de julho do ano passado, quando saía da rádio onde trabalhava, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo as investigações, uma moto se aproximou e disparou contra a vítima.
Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O cronista esportivo faria 50 anos no último mês de dezembro.
Do G1 GO com informações da TV Anhanguera
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