Casal é preso em Goiás suspeito de integrar facção criminosa que age dentro e fora de presídios
Operação contra organização foi deflagrava pela olícia Civil de São Paulo e tinha 75 alvos. Grupo acirrava disputas entre facções no país, elevando o número de assassinatos, diz corporação.
Por Raquel Morais, G1 GO
Casal preso em Goiás em operação contra facção criminosa que age dentro e fora de presídios (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Um casal foi preso em Goiás nesta quinta-feira (14) suspeito de integrar uma célula do PCC, facção que age dentro e fora dos presídios. As detenções integram a operação Echelon, que ocorreu em 14 estados e tinha ao todo 75 alvos. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, responsável pela invetistigação, grupo acirrava disputas entre facções no país, elevando o número de assassinatos.
Os detidos em Goiás foram identificados como Noaby Vinicius Silva Souza, de 27 anos, e a mulher dele, Flávia Magalhães Monteiro, de 19. O homem já estava preso havia 11 meses por tráfico de drogas no presídio de Morrinhos, na região sul de Goiás. O G1 não conseguiu localizar as defesas deles.
Já a mulher foi achada em casa, em Bom Jesus de Goiás, também na região sul, a cerca de 123 quilômetros de Morrinhos. Ela não tem antecedentes criminais.
Policiais civis de São Paulo e Goiás durante operação contra facção criminosa que age dentro e fora de presídios (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
De acordo com o delegado regional Ricardo Chueire, que deu apoio às ações da polícia do outro estado, investigadores paulistas interrogaram o casal. A versão dos suspeitos não foi divulgada. Em um primeiro momento, o casal deve permanecer em Goiás.
Investigações
As investigações começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, por agentes penitenciários. A Polícia Civil identificou sete líderes e confirmou a existência da célula "sintonia de outros estados e países".
Os criminosos teriam assumido as funções da "sintonia" quando os líderes da organização criminosa ficaram isolados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em 2016, em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da facção.
"A deflagração da operação também tem por finalidade investigar o envolvimento em outros homicídios e desaparecimentos de pessoas em todo o país, a partir de um domínio único dos líderes da organização que engendraram o esquema criminoso. Durante as investigações, foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas e preso, no aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, em maio, um dos líderes dessa célula criminosa que autorizava mortes quase que diariamente", diz a polícia.
As investigações identificaram a participação de 103 pessoas na célula, dos quais 75 têm mandado de prisão nesta quinta em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.
Alguns, por já estarem presos, tiveram mandados cumpridos nas cadeias onde estão. Na capital, os presos foram levados para o Palácio da Polícia, na rua Brigadeiro Tobias.
Veja outras notícias da região no G1 Goiás.
Operação contra organização foi deflagrava pela olícia Civil de São Paulo e tinha 75 alvos. Grupo acirrava disputas entre facções no país, elevando o número de assassinatos, diz corporação.
Por Raquel Morais, G1 GO
Casal preso em Goiás em operação contra facção criminosa que age dentro e fora de presídios (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Um casal foi preso em Goiás nesta quinta-feira (14) suspeito de integrar uma célula do PCC, facção que age dentro e fora dos presídios. As detenções integram a operação Echelon, que ocorreu em 14 estados e tinha ao todo 75 alvos. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, responsável pela invetistigação, grupo acirrava disputas entre facções no país, elevando o número de assassinatos.
Os detidos em Goiás foram identificados como Noaby Vinicius Silva Souza, de 27 anos, e a mulher dele, Flávia Magalhães Monteiro, de 19. O homem já estava preso havia 11 meses por tráfico de drogas no presídio de Morrinhos, na região sul de Goiás. O G1 não conseguiu localizar as defesas deles.
Já a mulher foi achada em casa, em Bom Jesus de Goiás, também na região sul, a cerca de 123 quilômetros de Morrinhos. Ela não tem antecedentes criminais.
Policiais civis de São Paulo e Goiás durante operação contra facção criminosa que age dentro e fora de presídios (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
De acordo com o delegado regional Ricardo Chueire, que deu apoio às ações da polícia do outro estado, investigadores paulistas interrogaram o casal. A versão dos suspeitos não foi divulgada. Em um primeiro momento, o casal deve permanecer em Goiás.
Investigações
As investigações começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, por agentes penitenciários. A Polícia Civil identificou sete líderes e confirmou a existência da célula "sintonia de outros estados e países".
Os criminosos teriam assumido as funções da "sintonia" quando os líderes da organização criminosa ficaram isolados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em 2016, em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da facção.
"A deflagração da operação também tem por finalidade investigar o envolvimento em outros homicídios e desaparecimentos de pessoas em todo o país, a partir de um domínio único dos líderes da organização que engendraram o esquema criminoso. Durante as investigações, foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas e preso, no aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, em maio, um dos líderes dessa célula criminosa que autorizava mortes quase que diariamente", diz a polícia.
As investigações identificaram a participação de 103 pessoas na célula, dos quais 75 têm mandado de prisão nesta quinta em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.
Alguns, por já estarem presos, tiveram mandados cumpridos nas cadeias onde estão. Na capital, os presos foram levados para o Palácio da Polícia, na rua Brigadeiro Tobias.
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