Em carta, Iris Rezende desiste oficialmente de sua pré-candidatura
A pressão do empresário Júnior Friboi dentro do PMDB criou um fato político inédito na política goiana: o ex-prefeito Iris Rezende, pela primeira vez, foi impedido de disputar um cargo que desejava. Nos próximos minutos, o presidente da legenda em Goiás, o deputado Samuel Belchior, deve ler uma carta em que o ex-prefeito praticamente se despede da política.
As articulações dos últimos dias levaram o cacique peemedebista a seguir a orientação da executiva nacional e abandonar a corrida eleitoral para o cargo de governador.
O MAIS GOIÁS publica a carta de desistência de Iris Rezende, onde ele critica o governo e também a oposição.
"Carta ao PMDB e ao povo de Goiás
Nos meus 56 anos de vida pública lutei e vivi intensamente o sonho de deixar como legado um país melhor para as futuras gerações. E tive a honra de participar da construção do maior partido político do Brasil livre e democrático, após o fim da ditadura militar, o PMDB. Acredito até hoje, do fundo de minha alma, que política se faz com ideais, com respeito às pessoas e com verdadeiro amor às causas pelas quais vale a pena lutar.
Falo de combater a miséria em nosso Estado. Falo de melhorar a vida dos que têm menos e dependem do Poder Público até para conseguir uma casa. Falo de fazer com que essa casa tenha asfalto na porta e que a energia elétrica, a água e a rede de esgoto cheguem a todos.
E falo também, com fervor ainda maior, da luta para que não faltem educação e saúde de qualidade para todos. Para mim são causas que valem a dedicação de toda uma existência. Esta é minha luta, por onde passei: de líder estudantil à Câmara Municipal e prefeitura de Goiânia, de lá para a Assembleia Legislativa e o governo do Estado, aos ministérios da Agricultura e da Justiça e ao Senado Federal.
Nesse momento, contudo, vejo Goiás muito fragilizado. Nossa infraestrutura está comprometida. A população está assustada diante dos maiores índices de violência da nossa história. Ninguém sabe quem de fato controla a segurança pública em Goiás. E como se não bastasse, temos serviços públicos cada vez piores, especialmente na educação, saúde e distribuição de energia.
Por outro lado, vejo a oposição fragmentada e também fragilizada. Por isso, lancei minha pré-candidatura ao governo de Goiás. Senti que meu nome seria novamente o mais competitivo, com maior capacidade de aglutinar os anseios populares basta ver a lembrança ao meu nome nas pesquisas eleitorais, mesmo sem que eu me movimentasse como pré-candidato e de outros partidos de oposição numa disputa contra o atual governo estadual. Atendi, inclusive, ao apelo do Partido dos Trabalhadores (PT), de que só manteria a aliança com o PMDB em Goiás se eu me dispusesse a ser candidato a governador. Mas nunca pensei que veria o PMDB dividido internamente e lançado ao mercado de especulações pouco republicanas. Já participei de muitas disputas internas no partido, nacionais e em Goiás, ganhei e perdi, mas sempre foram embates leais, pautados por ideais. Não quero, contudo, que meu nome seja instrumento de cisão desse partido, que é resultado do sentimento de muitos goianos.
Desta forma, é com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano.
Sigo sempre em busca do bem maior para o Estado de Goiás e para o Brasil.
Iris Rezende Machado
FONTE - Welliton Carlos Do Mais Goiás
A pressão do empresário Júnior Friboi dentro do PMDB criou um fato político inédito na política goiana: o ex-prefeito Iris Rezende, pela primeira vez, foi impedido de disputar um cargo que desejava. Nos próximos minutos, o presidente da legenda em Goiás, o deputado Samuel Belchior, deve ler uma carta em que o ex-prefeito praticamente se despede da política.
As articulações dos últimos dias levaram o cacique peemedebista a seguir a orientação da executiva nacional e abandonar a corrida eleitoral para o cargo de governador.
O MAIS GOIÁS publica a carta de desistência de Iris Rezende, onde ele critica o governo e também a oposição.
"Carta ao PMDB e ao povo de Goiás
Nos meus 56 anos de vida pública lutei e vivi intensamente o sonho de deixar como legado um país melhor para as futuras gerações. E tive a honra de participar da construção do maior partido político do Brasil livre e democrático, após o fim da ditadura militar, o PMDB. Acredito até hoje, do fundo de minha alma, que política se faz com ideais, com respeito às pessoas e com verdadeiro amor às causas pelas quais vale a pena lutar.
Falo de combater a miséria em nosso Estado. Falo de melhorar a vida dos que têm menos e dependem do Poder Público até para conseguir uma casa. Falo de fazer com que essa casa tenha asfalto na porta e que a energia elétrica, a água e a rede de esgoto cheguem a todos.
E falo também, com fervor ainda maior, da luta para que não faltem educação e saúde de qualidade para todos. Para mim são causas que valem a dedicação de toda uma existência. Esta é minha luta, por onde passei: de líder estudantil à Câmara Municipal e prefeitura de Goiânia, de lá para a Assembleia Legislativa e o governo do Estado, aos ministérios da Agricultura e da Justiça e ao Senado Federal.
Nesse momento, contudo, vejo Goiás muito fragilizado. Nossa infraestrutura está comprometida. A população está assustada diante dos maiores índices de violência da nossa história. Ninguém sabe quem de fato controla a segurança pública em Goiás. E como se não bastasse, temos serviços públicos cada vez piores, especialmente na educação, saúde e distribuição de energia.
Por outro lado, vejo a oposição fragmentada e também fragilizada. Por isso, lancei minha pré-candidatura ao governo de Goiás. Senti que meu nome seria novamente o mais competitivo, com maior capacidade de aglutinar os anseios populares basta ver a lembrança ao meu nome nas pesquisas eleitorais, mesmo sem que eu me movimentasse como pré-candidato e de outros partidos de oposição numa disputa contra o atual governo estadual. Atendi, inclusive, ao apelo do Partido dos Trabalhadores (PT), de que só manteria a aliança com o PMDB em Goiás se eu me dispusesse a ser candidato a governador. Mas nunca pensei que veria o PMDB dividido internamente e lançado ao mercado de especulações pouco republicanas. Já participei de muitas disputas internas no partido, nacionais e em Goiás, ganhei e perdi, mas sempre foram embates leais, pautados por ideais. Não quero, contudo, que meu nome seja instrumento de cisão desse partido, que é resultado do sentimento de muitos goianos.
Desta forma, é com enorme pesar no coração que retiro minha pré-candidatura às eleições desse ano. Tomo essa decisão em respeito ao meu partido, à minha história e, sobretudo, em respeito ao povo goiano.
Sigo sempre em busca do bem maior para o Estado de Goiás e para o Brasil.
Iris Rezende Machado
FONTE - Welliton Carlos Do Mais Goiás
Nenhum comentário:
Postar um comentário