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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

ENTREGA DE VIATURA E AMPLIAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS DE LUZIÂNIA



ENTREGA DE VIATURA E AMPLIAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS DE LUZIÂNIA

Jo dia 23 de Agosto o Governador do Estado de Goiás numa ação proativa realizou a entrega de 01 viatura de combate a incêndio e de salvamento para o 5º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Luziânia. Além da ampliação e reforma do 5º CBM.


Na oportunidade, o Deputado Estadual Diego Sorgato solicitou ao governador Ronaldo Caiado, um estudo para viabilizar a implantação de um Batalhão do Corpo de Bombeiros para o Distrito do Jardim Ingá, que conta hoje com mais de 100 mil moradores.

A solenidade realizada contou com a presença de varias autoridades e o Governador em seu discurso prometeu estar mais presente juntamente com sua equipe visando o bem estar comum da população que vivem na região metropolitana denominada Ride.



RODA VIVA COM ALEXANDRE FROTA

Amazônia: O alvo da maior cobiça do mundo Com a prática da agropecuária, a extração de madeira, a construção de estradas e usinas hidrelétricas, a exploração de minérios - tudo desprovido de um mínimo de planejamento -, um terço da floresta amazônica ficou pelado. Mas não é com sua nudez árida que se preocupam os interesses econômicos. Infelizmente, nesse, como em muitos outros, a questão é outra



Amazônia: O alvo da maior cobiça do mundo

Com a prática da agropecuária, a extração de madeira, a construção de estradas e usinas hidrelétricas, a exploração de minérios - tudo desprovido de um mínimo de planejamento -, um terço da floresta amazônica ficou pelado. Mas não é com sua nudez árida que se preocupam os interesses econômicos. Infelizmente, nesse, como em muitos outros, a questão é outra


Com a prática da agropecuária, a extração de madeira, a construção de estradas e usinas hidrelétricas, a exploração de minérios – tudo desprovido de um mínimo de planejamento -, um terço da floresta amazônica ficou pelado. Mas não é com sua nudez árida que se preocupam os interesses econômicos. Infelizmente, nesse, como em muitos outros, a questão é outra

Por Paulo Donizetti



A índia Moroti atirou sua pulseira ao rio para mostrar às amigas que sua grande paixão, o guerreiro Pitá, a traria de volta como prova de amor. O guerreiro caiu no capricho da moça, mergulhou e não voltou. Meio arrependida, meio desesperada, a índia mergulhou atrás do guerreiro amado. Adeus romance. No dia seguinte, a tribo viu brotar uma flor gigante. Sua parte central, branca, foi associada a Moroti. As pétalas avermelhadas, ao redor, seriam o bravo Pitá. Assim, atesta a lenda, a maior flor do mundo surgiu de uma história de amor. Séculos depois, o inglês Richard Schomburgk, que não era sapo nem príncipe, mas um botânico esperto, aproveitou a beleza e o gigantismo daquela flor para fazer média com sua rainha. Nem Moroti nem Pitá. A maior flor do mundo, que vive em águas amazônicas, ficou conhecida internacionalmente por vitória-régia, em homenagem à rainha da Inglaterra.

Mas nem só de fazer média com seus soberanos vivem os interesses estrangeiros na Amazônia, área de maior potencial ecológico do planeta e que concentra, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), metade da biodiversidade mundial – como é chamado o conjunto de plantas, animais e insetos, enfim, o que tem vida. A vitória-régia é apenas uma das dezenas de milhões de espécies desse ecossistema, entre vegetais, animais, peixes, insetos. “Apenas” 30 mil plantas têm nome e RG, entre elas 5 mil tipos de árvore. A América do Norte, como comparação, tem 650. Já foram encontradas numa única planta oitenta modelitos diferentes de formiga, o dobro das espécies catalogadas nas ilhas da rainha Vitória. A água que corre durante 1 segundo na foz do Rio Amazonas daria para um dia consumo de uma cidade com 2 mil habitantes. De cada dez copos d’água doce do mundo, dois estão nos rios da floresta, onde nadam cerca de 3 mil espécies diferentes de peixes, trinta vezes mais que em toda a Europa. Na mata de Moroti e Pitá, podem-se encontrar um macaquinho do tamanho de uma lata de cerveja (e que ainda tira piolho de índio) ou um besouro de 20 centímetros.

Dos países que possuem um pedaço dos 7,5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia em seu território, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, além de uma parte do Suriname e das Guianas, o Brasil é o mais privilegiado: fica com dois terços. Os 5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal brasileira alcançam os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, além do norte de Mato Grosso e Tocantins e o oeste do Maranhão. Apesar desse tamanhão, que além de tudo abriga população de 18 milhões de pessoas, a Amazônia é pouco notada pelas autoridades brasileiras. Omissão que pode custar caro às populações locais, ao Brasil e ao mundo em termos econômicos, científicos e ambientais.


O Inpa, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, é a maior autoridade oficial em termos de produção de conhecimentos para a região. Foi criado por decreto do presidente Getúlio Vargas, em 1952, e implantado, após dois anos, como reação nacionalista à idéia da Unesco de criar um instituto internacional para fuçar os segredos da região. Mas funcionou precariamente e hoje, mesmo tendo conquistado status de centro de excelência, o Inpa ainda carece de investimentos. Conta com pouco mais de 750 funcionários, entre os quais 119 doutores, 79 mestres e treze graduados na área de pesquisa. Na carreira de desenvolvimento tecnológico são dezesseis mestres, 56 graduados e 252 servidores sem graduação. E, ainda, na carreira de gestão e planejamento, 106 mestres, 25 graduados e 192 sem graduação.


Reportagem da revista Amazônia 21 revela que o último concurso para “atrair” doutores ao Inpa, em 1999, oferecia salários líquidos de 2,5 mil reais. Recebeu 24 inscritos para as 38 vagas. O pesquisador do Inpa Luiz Antônio de Oliveira diz que em toda a Amazônia Brasileira atuam 500 especialistas com nível de doutorado. O contingente, que inclui setor privado e estrangeiros, é bastante modesto se comparado com algumas universidades americanas e européias e uma formiga diante das dimensões do potencial a ser estudado e dos objetivos do órgão: “gerar, promover e divulgar conhecimentos científicos e tecnológicos para a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, em benefício principalmente da população regional”.

E quanto maior for o descaso nacional maior será o apetite estrangeiro. A senadora Marina Silva (PT-AC) classifica pelo menos três maneiras distintas de observar-se o interesse internacional. Uma delas é mitificada pelo referencial simbólico do que a Amazônia representa para o imaginário global. “O homem vive de sonhos, de esperança e tem muita expectativa quanto aos segredos da Amazônia”, acredita. Na outra ponta, há um tipo de interesse econômico tangível relacionado à apropriação dos recursos naturais, como a exploração de madeira, minérios e, especialmente, da biodiversidade por parte das indústrias de cosmético e farmacêutica, negócios com previsão de faturamento mundial próximo de 800 bilhões de reais (com “b”!) no ano que vem. Numa classificação intermediária, está o interesse global de âmbito ambientalista e conservacionista. Nesse aspecto, aliás, o interesse internacional parece maior que a atenção prestada dentro de casa.


As previsões de escassez de água num futuro próximo fazem do potencial hídrico amazônico um templo de adoração. E não há como falar sobre o assunto mais em pauta da atualidade, o aquecimento global, sem mencionar os dois pólos da bateria amazônica. Um, o positivo, é o serviço que a floresta presta enquanto sumidouro de gás carbônico, um dos principais gases causadores do efeito estufa. A significativa quantidade de CO2 tirada da atmosfera por ser fixada pela floresta faz dela um filtro ecológico. O lado ruim é que a quantidade de gás emitido pelas queimadas estraga boa parte desse esforço.

Para a senadora, é compreensível a preocupação ecológica mundial. “Essa desconfiança decorre de nossa falta de planejamento, de utilização inadequada, falta de sustentabilidade, falta de alocação de recursos. Nossa política gerencial é falha”, afirma Marina Silva. Entretanto, observa ela, fazer discussão puramente ambientalista não interessa ao Brasil. A defesa do meio e da natureza tem de estar colada a interesses sociais. “Prejuízos ambientais são distribuídos para todos e a preocupação global com o equilíbrio é real, mas o principal interesse na internacionalização é econômico e, nesse ponto, nenhuma potência mundial pára para pensar que na Amazônia brasileira vivem quase 20 milhões de brasileiros.” A senadora defende que um projeto nacional que almeje equilíbrio e desenvolvimento para a Amazônia requer visão desdobrada em cinco dimensões: sustentabilidade ambiental, econômica, social, cultural e política, não necessariamente nessa ordem. “Por fim, tudo isso tem de estar amarrado pela sustentabilidade ética. Nosso desafio ético é viabilizar o desenvolvimento sobre esses pilares. E todos os setores envolvidos, das populações ao governo central, precisam participar da formulação das soluções. Se tivermos capacidade de dar essas respostas podemos colocar o Brasil no topo da respeitabilidade mundial.”


Enquanto isso não acontece a imagem que fica é a da destruição. O jornalista e ambientalista Washington Novaes diz que a biodiversidade é a maior riqueza da Amazônia e pode estar sendo perdida em razão do desmatamento e da exploração predatória. Novaes diz não conhecer nenhum projeto de internacionalização da Amazônia, mas assinala que a preocupação ambiental é um fenômeno que não tem fronteiras. “O que acontece num lugar afeta o resto. Se o Brasil não for competente, se não souber preservar, é lógico que as pressões internacionais vão aumentar.” O problema, para ele, é que o Brasil não tem sido competente. “Continuamos desmatando sem regras. Avançamos as fronteiras agrícolas até a região amazônica quando a ciência já disse que o solo e o clima não favorecem a agricultura. Fazemos vias de transporte que têm impacto ambiental enorme e construímos hidrelétricas para produzir alumínio, que nenhum país do mundo quer fabricar devido aos prejuízos ecológicos que causa”, enumera.


De fato, o desequilíbrio entre as cabeças pensantes é também amazônico. Mesmo alertados por cientistas, fazendeiros depenaram grandes áreas de floresta para tentar cultivos. Boa parte dessa devastação irracional contou com apoios governamentais. Foram necessários anos de prejuízos e desperdício de dinheiro público, inclusive via Sudam e Banco da Amazônia, para só agora algumas autoridades começarem a se tocar de que o solo da região é praticamente imprestável para as culturas agropecuárias. Outro negócio da China e da Malásia, e da Indonésia, e do Japão, segundo o Greenpeace, são as madeireiras. Negócio também descoberto por empresas brasileiras, mas, com uso de tecnologia errada e apetite voraz, mesmo a exploração legal de madeira é altamente destrutiva. A extração ilegal e predatória de madeira é outra fonte de sangria da floresta. O próprio governo federal já sabe que 80% da extração é ilegal, mas entre saber e tomar atitudes, muitas vezes ferindo interesses de aliados políticos, há grande diferença.

O fato é que com a prática da agropecuária, a extração de madeira, a construção de estradas e usinas hidrelétricas, a exploração de minérios – tudo desprovido de um mínimo de planejamento -, um terço da floresta ficou pelado. E o pior: por atividades que, embora pareçam atrativas para a economia local, têm algo de antropofágico. O coordenador de campanhas do Greenpeace para a Amazônia, Paulo Adário, lembra, como exemplo, que quando a empresa Paragominas instalou-se no Pará vários trabalhadores migraram para lá. “A empresa extraiu toda a madeira que podia e depois foi embora. Todos ficaram sem emprego. Foi um caos social.”

Paulo Adário considera que é preciso haver distinção entre os interesses internacionalistas. “Muitas pessoa acham, de forma equivocada, que as ONGs são agentes do capitalismo internacional, que trabalham pela internacionalização da Amazônia. O discurso nacionalista muitas vezes esconde interesses internacionais quando, por exemplo, defende a extração de minérios na Amazônia. O que está em jogo são interesses de indústrias nacionais e estrangeiras que só estão de olho no lucro. E vendem a imagem de que são aliados do desenvolvimento. A WTK, multinacional malaia, compraterras a preço vil e não há uma grita contra isso, se preocupam com as ONGs”, esbraveja. Para o coordenador do Greenpeace, a legislação brasileira é insuficiente e não há mecanismos para que seja cumprida. “A solução
passa pela instituição de uma política nacional, o país precisa definir o que quer da Amazônia. A Ásia está degradada e, na África, o que sobrou foi leiloado.”



O jornalista Marcelo Leite, editor de Ciência do jornal Folha de S.Paulo e autor do livro Floresta Amazônica (Publifolha), não vê progresso algum do Brasil na questão ambiental, que continua descasada de um planejamento estratégico do governo. “Só depois de publicados em revistas internacionais artigos alertando para a possibilidade de indução de desmatamento como resultado das obras de infra-estrutura é que o governo promete aprofundar estudos de impacto ambiental. Sem pressão da opinião pública nacional e internacional, o governo faz muito pouco para prevenir problemas futuros e gasta enorme quantidade de recursos em atividades de fiscalização e repressão, necessárias, mas que não são solução”, observa o jornalista, para quem há muitos projetos isolados, mas falta um planejamento mais global para a região, uma política para a Amazônia que coordene de forma racional atividades menos agressivas, como manejo sustentável de madeira, sistemas agroflorestais e ecoturismo.

Entre os poucos projetos brasileiros, um dos considerados prioritários na opinião de Paulo Adário, do Greenpeace, é a demarcação das terras indígenas, preservando um patrimônio cultural e florestal, já que os índios vivem na floresta há centenas de anos e possuem grande conhecimento da natureza. Mas nem para assegurar demarcações eficazes, e livres de invasões, o governo atual tem mostrado capacidade. Segundo levantamento feito pela Funai, nada menos que 84% dos territórios indígenas já demarcados sofrem avarias de toda ordem – como problemas de arrendamento, exploração mineral e florestal, perturbações provocadas pela construção de estradas e interferência do setor elétrico.

Para a senadora Marina Silva a ausência de um projeto que sistematize a parceria da pesquisa científica com as comunidades da floresta é um desperdício, uma vez que os índios têm conhecimento milenar da biodiversidade que cerca suas culturas, assim como o caboclo e o ribeirinho têm intimidade de séculos de convivência com as soluções que a floresta lhes oferece. “Qualquer abordagem sobre a Amazônia que não considere essas contribuições preexistentes na região padece de distanciamento da realidade. E às vezes a ciência, de forma prepotente, nega a riqueza desse conhecimento”, sentencia Marina.

O primeiro projeto de maior amplitude de acesso à biodiversidade brasileira, aliando desenvolvimento sustentável e conservacionismo ambiental, foi de autoria da própria senadora em seu primeiro ano de mandato, 1995. Incluía, entre outros princípios, como acessar os recursos naturais e remunerar o saber, levando em conta o reconhecimento das populações. Segundo Marina, a sustentabilidade tem de se dar mediante uma “tríplice aliança” envolvendo Estado, o dono dos recursos (proprietário) e o investidor. “Se o Estado autoriza o investimento, mas a comunidade não concorda, nada feito. Tem de haver sintonia.”


O projeto da senadora regulamentava o acordo da biodiversidade convencionado na Eco 92 e ratificado pelo Brasil em 1994 – porém, sem nenhuma outra iniciativa governamental. O Legislativo aprovou, mas o governo segurou. “Para tapar o buraco, e por uma necessidade circunstancial de legitimar um contrato envolvendo os interesses de uma multinacional, o governo apresentou medida provisória que nada mais foi que uma compilação malfeita do projeto original. Uma espécie de biopirataria institucional. Agora, que empresa séria fará investimentos eloqüentes e duradouros num assunto regulado por medida provisória?”, questiona. Com a total negligência federal, Marina classifica os governos do Acre, do petista Jorge Viana, e do Amapá, do peessebista João Alberto Capiberibe, como dois raros pólos que estão levando a sério o desenvolvimento sustentável.

O governador do Amapá e a primeira-dama e deputada estadual, Janete Capiberibe (PSB), foram buscar o apoio que não encontram no governo federal em outras fronteiras com um programa de desenvolvimento sustentável na bagagem. E conquistaram credibilidade, e recursos, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e instituições da Alemanha, França e Holanda para mostrar que quem tem projeto definido com controle social não precisa ter medo do bicho-papão da internacionalização. O resultado foi a viabilização de dezenas de iniciativas voltadas à educação, formação e geração de renda dirigidas às comunidades.

Também diferentemente do âmbito federal, Amapá, Acre e Amazonas têm leis estaduais visando preservar a diversidade e a utilização sustentável dos recursos genéticos localizados nos estados com participação das comunidades locais nas decisões que digam respeito aos recursos genéticos disponíveis nas áreas que ocupam, inclusive nos benefícios econômicos e sociais deles decorrentes. Autora da lei no Amapá, a deputada assinala que essas leis locais são uma forma de combater a biopirataria. “Vários produtos comercializados pelos laboratórios do mundo foram descobertos pela manipulação de materiais levados de forma sorrateira da floresta amazônica”, garante a deputada.

Ações localizadas ainda estão longe de significar uma política global do país para a Amazônia. Menos de 5% da população da região está no Acre e Amapá. Mas apresentam-se como referência importante. A senadora Marina Silva destaca a participação popular como fundamental para projetos de desenvolvimento sustentável se consolidarem. “Assim como no espaço urbano as pessoas devem se mover pelo sonho da cidadania, parte importante da população do meu Estado já trabalha com outro conceito de sonho e de projeto: o de florestania.”

(Colaborou Glauco Faria)


Incêndio no sul da França força retirada de 10.000 pessoas Fogo já arrasou 4.000 hectares, deixou oito bombeiros feridos e 15 policiais intoxicados



Incêndio no sul da França força retirada de 10.000 pessoas
Fogo já arrasou 4.000 hectares, deixou oito bombeiros feridos e 15 policiais intoxicados

As chamas e a fumaça ameaçam as moradias em Seillons, no distrito de Var.JEAN-PAUL PELISSIER (REUTERS)
Paris - 26 JUL 2017 - 15:12 BRT

Pelo menos 10.000 pessoas, incluindo 3.000 campistas, foram evacuadas durante a noite após o início de um novo incêndio no sul da França, onde uma grave onda de incêndios florestais já destruiu mais de 4.000 hectares desde segunda-feira. “As evacuações, pelo menos 10.000, foram necessárias devido ao avanço das chamas e da fumaça em uma área onde a população dobra ou triplica no verão”, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros em Bormes-les-Mimosas no departamento de Var, na região de Provença-Alpes-Côte d’Azur, sudeste do país. A maior parte dos evacuados passou a noite em centros habilitados ou em seus veículos, mas alguns preferiram acampar nas praias da região. 


Segundo o último boletim da prefeitura de Var, emitido na manhã de quarta-feira, a superfície afetada pelo novo incêndio, que começou pouco antes da meia-noite, já supera os 800 hectares. Além dos 540 bombeiros que combatem as chamas, quatro aviões anti-incêndio Tracker e um helicóptero de resgate Dragon 83 também foram mobilizados.
MAIS INFORMAÇÕES
Centenas de bombeiros continuam em ação nesta quarta-feira para apagar os incêndios com ajuda da Itália. A maioria dos focos já estava sob controle na terça-feira, mas a situação em Var ainda é preocupante. “A França solicitou dois aviões Canadair no âmbito da ajuda europeia” para conseguir apagar os incêndios avivados pelas fortes rajadas de vento, declarou o prefeito Jacques Witowski, diretor-geral da Segurança Civil.

Na tarde de terça-feira, um primeiro avião emprestado pela Itália chegou à Córsega proveniente de Gênova, anunciou a prefeitura no Twitter. No total, 19 aeronaves e mais de 2.000 bombeiros foram mobilizados até agora. Um sindicato de pilotos dos aviões-cisterna Canadair denunciou que “a falta de peças de reposição” impede o uso de todos os aparelhos necessários. O ministro do Interior, Gérard Collomb, que viajou na quarta-feira à Córsega para fiscalizar a ação dos bombeiros, anunciou que solicitou mais seis aviões-cisterna do modelo Dash..https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/26/internacional/1501047742_019002.html?fbclid=IwAR3iaPapn-6qWcFbAMXXDLlhxNhq4iX-qkVg-dRDNkTYBNr_IM0wRLV7QXM

Em live, Bolsonaro insiste em 'queimadas criminosas' e critica Macron




Em live no Facebook nesta 5ª feira (22.ago.2019), o presidente Jair Bolsonaro insistiu em dizer que as queimadas na Amazônia foram criminosas. No entanto, não apresentou evidências do crime. Como única providência, o presidente pediu que quem vive na região mandem informações sobre "qualquer origem" dos fogos para o Twitter do ministro Augusto Heleno (GSI).

Segundo ele, pessoas do gabinete, da Abin e outras inteligências da União acompanharão os comentários e buscarão tomar providências. "Temos inimigos aqui dentro", afirmou. "Denuncie e bote aqui", pediu. Bolsonaro também criticou indiretamente o presidente da França, Manoel Macron, ao dizer que 1 país mencionou a região amazônica, "com desfaçatez", como "a nossa Amazônia". Bolsonaro distorceu a fala do francês, que falou "nossa casa", em publicação no Twitter mais cedo, em referência ao planeta Terra.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Suspeito de matar ex-mulher após vê-la dançando com outro homem é preso no DF


Suspeito de matar ex-mulher após vê-la dançando com outro homem é preso no DF

Suspeito confessou crime aos policiais, segundo delegado de Goiás, responsável pela investigação do caso. Advogado de defesa afirma que 'cliente está ciente do que fez'.

Por Afonso Ferreira, G1 DF


Regina Braz da Costa, de 37 anos, morta em frente a um bar em Formosa Goiás; ex-marido dela é suspeito do crime — Foto: Reprodução/Facebook

O suspeito de matar a ex-mulher após vê-la dançando com outro homem em um bar em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, foi preso nessa quarta-feira (14) pela Polícia Civil do DF com a orientação de agentes de Goiás, que já investigavam o caso.


Alberto Pereira de Deus, de 57 anos, foi detido em outro bar, em uma área rural próximo a São Sebastião (DF). Posteriormente, ele foi levado à Casa de Prisão Provisória de Formosa, onde ficará à disposição da Justiça.


Ao G1, o delegado responsável, Danilo Meneses, disse que foi o Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Formosa que localizou o suspeito no bar e acionou a polícia do DF para fazer a prisão.


Após ser detido, Alberto Pereira de Deus – conhecido como "Beto" – teria confessado o crime. Segundo a investigação, no dia 2 de junho, o suspeito passou diversas vezes pelo local do crime antes de agir.

Alberto Pereira de Deus, conhecido como "Beto" foi preso no DF — Foto: Polícia Civil de Goiás/Divulgação

Em depoimento à polícia, ele teria dito que viu Regina Braz da Costa, de 37 anos, dançando com outro homem. Pouco tempo depois, estacionou o carro e chamou a ex-mulher para conversar. Neste momento, teria dado uma facada entre o pescoço e o ombro dela.

Ainda de acordo com a polícia, a vítima ficou com o braço preso na janela do carro e acabou sendo arrastada por cerca de 20 metros.

O advogado de defesa, Paulo Henrique Meireles, disse que "o cliente está ciente do que fez", mas informou que aguarda o recebimento da denuncia para apresentar os argumentos.
Alberto Pereira de Deus vai responder por feminicídio e, se for condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

Dona de imobiliária é presa suspeita de aplicar golpe na venda de imóveis em Cidade Ocidental


Dona de imobiliária é presa suspeita de aplicar golpe na venda de imóveis em Cidade Ocidental

Prejuízo causado pode ultrapassar R$ 500 mil. Investigações mostram que ela cobrava valores para pagar impostos, mas que taxas não eram quitadas e ele ficava com o dinheiro.

Por Vitor Santana, G1 GO


Cleide Silva Vieira foi presa suspeita de aplicar golpes na venda de imóveis em Cidade Ocidental — Foto: Polícia Civil/Divulgação

A dona de uma imobiliária foi presa na quinta-feira (15) suspeita de aplicar golpes na venda de imóveis em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. O prejuízo causado pode ultrapassar R$ 500 mil. Segundo a polícia, ela cobrava valores dos clientes alegando que era para pagar tributos, mas taxas não eram quitadas.

O delegado Daniel Marcelino acredita que os golpes aconteciam desde 2012. Foram identificadas nove vítimas, mas depois da prisão de Cleide Silva Vieira, outras cinco pessoas procuraram a delegacia para dizer que também foram enganadas.

O G1 não conseguiu localizar a defesa da investigada até a última atualização dessa reportagem.


“Ela solicitava valores dizendo que era para pagamento do ITBI [Imposto de Transmissão de Bens Imóveis], mas a vítima depois era surpreendida com a cobrança feita pela prefeitura, pois o documento não tinha sido quitado pela Cleide. Em outro caso, ela vendeu uma casa que estava para ir a leilão e não avisou o comprador, que foi despejado logo em seguida”, contou o delegado.

Marcelino contou que, ao ser presa, a mulher disse que pegou o dinheiro das vítimas, mas tinha intenção de devolver aos clientes. “Ela não podia alegar dificuldade financeira, porque ostentava nas redes, andava de carro novo”, completou.

Ela vai responder nove vezes pelo crime de estelionato. Cleide foi encaminhada para o presídio feminino de Luziânia.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Home Brasil FBI procura suspeito de integrar Al Qaeda no Brasil

FBI PROCURA SUSPEITO DE INTEGRAR AL QAEDA NO BRASIL


FBI anunciou nesta segunda-feira que busca no Brasil o egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, por suposta participação na organização terrorista Al Qaeda. A agência americana disse que o egípcio de 42 anos é acusado de oferecer apoio à Al Qaeda desde 2013 e que se encontra no Brasil
“Ele esteve, supostamente, envolvido no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e seus interesses, e no fornecimento de apoio material para Al Qaeda desde, aproximadamente, 2013. Ele está no Brasil”, diz o comunicado do FBI.
O FBI disse que Mohmamed Ahmed “deve ser considerado armado e perigoso”.
Segundo a agência, o suspeito tem olhos castanhos, é magro, mede entre 1,83m e 1,88m e mantém barba aparada.  Quem tiver informações deve procurar um consulado ou embaixada americano ou um escritório do FBI.
Em nota conjunta, os Ministérios das Relações Exteriores e da Justiça do Brasil confirmaram que Mohamed Ahmed ingressou no Brasil em 2018. O comunicado informa que ele obteve  a autorização de residência, encontrando-se em condição migratória regular.
O ministério acrescentou que“o governo brasileiro está aberto a cooperar com as autoridades norte-americanas no que for solicitado, nos termos de nossa legislação, e está acompanhando o caso”.
Não há, por enquanto, informação sobre o local onde Ibrahim reside no Brasil nem sobre as atividades que ele exerce ou exercia em território nacional.
Fonte: O Globo

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Bolsonaro: Brasil não precisa de dinheiro da Alemanha

Juiz faz audiência na casa de idoso com câncer que não tinha como ir ao fórum de Trindade: 'Obrigação' Magistrado colheu depoimento de idoso, 62, e emitiu parecer favorável a ele sobre processo de aposentadoria rural por idade; cabe recurso. Sessão ocorreu dentro de mutirão que visa agilizar ações previdenciárias.


Por Sílvio Túlio, G1 GO


Juiz faz audiência na casa de idoso com câncer que não tinha como ir ao fórum — Foto: Aline Caetano/TJ-GO

Uma audiência foi realizada na casa de um idoso, que pleiteava aposentadoria rural por idade, sofre de câncer e não teria como se deslocar até o fórum de Trindade, Região Metropolitana de Goiânia. O juiz que analisou o caso - e deu ganho de causa ao homem - Joviano Carneiro Neto, fez questão de ir até a residência para realizar a sessão e salientou que não estava fazendo "nada mais que sua obrigação" enquanto membro do Judiciário.

O idoso, José Antônio de Paula, de 62 anos, sofre de câncer no rim e no fígado. A doença foi descoberta em janeiro e, desde então, vem se agravando. Ele já não sai mais de casa e fica a maior parte do tempo no quintal de casa, onde foi realizada a sessão.

De acordo com o magistrado, o procedimento durou cerca de 15 minutos - até pelo quadro de saúde do idoso. O próprio juiz filmou todas as perguntas com seu celular pessoal.
"É a nossa missão, entrar, ver, ir onde for possível para buscar entregar a prestação jurisdicional. Não estou fazendo nada mais que a minha obrigação. Para a pessoa, o benefício é imenso e ela não pode ficar esperando algo que é tão importante para ela", disse ao G1.

Após a oitiva em casa, o juiz foi para o fórum, ouviu mais duas testemunhas e decidiu em favor do idoso. Na sentença, ele estipula que o INSS passe a pagar aposentadoria rural por idade a João no valor de um salário mínimo. Cabe recurso.

Magistrado filmou toda a audiência na casa de idoso, que durou 15 minutos — Foto: Aline Caetano/TJ-GO

O G1 entrou em contato, com o INSS, por email, às 15h13 desta terça-feira (13), e aguarda retorno.


"Esse tipo de benefício cabe para trabalhadores rurais que viveram dentro do regime de economia familiar, na condição de segurado especial. Após os depoimentos e análise das provas documentais, entendi que ele fazia direito ao benefício", explica.

Mutirão
A audiência do caso é uma das cerca de 300 que o Tribunal de Justiça pretende realizar em Trindade, em três dias, dentro do projeto Acelerar Previdenciário.

Trata-se de um mutirão no qual vários juízes integram uma força-tarefa para analisar processos e dar celeridade aos julgamentos. Carneiro Neto, que atua na comarca de Jussara, é coordenador estadual do projeto.

"A ideia é agilizar os processos, levar a Justiça de forma mais rápida. Os 100% de casos deferidos a gente não vai ter, mas há a análise, o Judiciário dá a resposta e analisa os processos", destaca.
fonte g1

Uma semana após assumir cargo, secretário de Imprensa de Bolsonaro é exonerado


Nomeado no último dia 7, Paulo Fona divulgou nota na qual disse ter sido pego 'de surpresa'. 'Esperava maior profissionalismo, o que não encontrei', escreveu; Planalto não se pronunciou.


Por Roniara Castilhos e Filipe Matoso, TV Globo e G1 — Brasília



Paulo Fona, jornalista e agora ex-secretário de Imprensa de Bolsonaro — Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

O secretário de Imprensa da Presidência da República, Paulo Fona, divulgou uma nota nesta terça-feira (13) na qual informou ter sido exonerado por decisão do presidente Jair Bolsonaro.


Nomeado no último dia 7, Paulo Fona ficou uma semana no cargo e, até a última atualização desta reportagem, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência ainda não havia se pronunciado sobre a saída dele.

Na nota divulgada na noite desta terça-feira, Fona disse ter sido pego "de surpresa", acrescentando que "esperava maior profissionalismo", o que ele afirma não ter encontrado.

"A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei", diz um trecho da nota.

Vinculada à Secretaria de Comunicação Social, a Secretaria de Imprensa é a responsável, por exemplo, por divulgar a agenda de compromissos do presidente da República; atender aos jornalistas que cobrem diariamente o Palácio do Planalto; e organizar a participação da imprensa em eventos públicos com a presença do presidente.


Antes de Paulo Fona, o secretário de Imprensa da Presidência era Fernando Diniz. Segundo o site do jornal "O Globo", ele pediu demissão menos de um mês após ter assumido o cargo.

O presidente Jair Bolsonaro ao conceder entrevista coletiva na portaria principal do Palácio da Alvorada — Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Mudança na política de comunicação


Conforme a colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, Bolsonaro decidiu assumir a política de comunicação do governo nas últimas semanas.

Diante disso, passou a conceder entrevistas coletivas diariamente no Palácio da Alvorada, por volta das 8h. "O objetivo é pautar a imprensa", relatou um auxiliar de Bolsonaro.

Os assuntos são, na maioria das vezes, levantados pelo próprio presidente. Mas os repórteres conseguem fazer algumas perguntas sobre temas do dia, e as respostas têm gerado polêmica.

De acordo com o Blog da Cristiana Lôbo, a estratégia de comunicação do governo está a cargo do secretário de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, que se reporta diretamente ao presidente. Wajngarten foi indicado para o cargo pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho de Bolsonaro.


Íntegra


Leia a íntegra da nota divulgada por Paulo Fona:

NOTA

A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que passei de diferentes partidos - MDB, PSDB e PSB - sempre trabalhei com o objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às propostas da gestão.


Foi assim que aprendi a trabalhar ao longo de quase quatro décadas, nos principais veículos de comunicação do país e nas secretarias de Comunicação do Distrito Federal, por duas vezes, e do Rio Grande do Sul.

Com meu pai aprendi a respeitar as pessoas e os cargos públicos que me foram confiados.

Construí minha carreira profissional com meus próprios méritos e defeitos. Obrigado a todos os jornalistas que me acolheram de maneira calorosa e esperançosa de que o relacionamento mudaria.

Paulo Fona