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terça-feira, 16 de julho de 2019

Corpo de mulher com chapa metálica amarrada a perna é encontrado no fundo de rio em Goiás


Corpo de mulher com chapa metálica amarrada a perna é encontrado no fundo de rio em Goiás

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima, ainda não identificada, foi localizada submersa a 3 metros de profundidade. Polícia Civil apura o caso.

Por Sílvio Túlio, G1 GO


O corpo de uma mulher, ainda não identificada, foi encontrado dentro do Rio Santa Maria, na divisa entre Luziânia e Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima foi localizada submersa a 3 metros de profundidade e estava com uma chapa metálica de 40 centímetros amarrada a uma das pernas. A Polícia Civil investiga o caso.

Os bombeiros foram acionados na noite de quarta-feira (10) por um morador da região, que afirmou ter visto o corpo boiando.

Conforme o relato dos bombeiros na ocorrência, a mulher tinha cerca de 60 kg, cabelos curtos, usava um vestido e estava sem calcinha.

A Polícia Técnico-Científica foi acionada para fazer a perícia. O corpo ainda não apresentava sinais fortes de decomposição.

O caso foi registrado na Polícia Civil e deve ser apurado pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Luziânia.
FONTE G1 GOIAS

VEREADORA DO PSOL PEDE 1 MINUTO DE SILÊNCIO PELA MORTE DE 7 BANDIDOS | F...


POLÍCIA

Vereadora do PSOL pede um minuto de silêncio pela morte de sete bandidos (veja o vídeo)

A mais completa inversão de valores continua a tentar insanamente penetrar no seio da sociedade.
Inadmissível!
Chegamos ao ponto em que uma parlamentar ataca a Polícia Militar e roga por um minuto de silêncio em homenagem a sete marginais.
Aconteceu tal fato em plena sessão da Câmara Municipal de Niterói (RJ).
A autora da heresia foi a vereadora Talíria Petrone, do PSOL, justamente a mais votada no pleito eleitoral de 2016.
A resposta veio fulminante. O vereador, integrante da PM, Renato Cariello, reagiu indignado e pediu o minuto de silencio em homenagem aos 118 policiais militares assassinados no Rio de Janeiro neste ano de 2017.
Abaixo, veja o vídeo.
da Redação

SÓ UMA SUGESTÃO AOS BRASILEIROS DE BEM.

Direita Parintins
SÓ UMA SUGESTÃO AOS BRASILEIROS DE BEM.

Mulher é encontrada morta, nua e com cabeça esmagada, em Águas Lindas de Goiás





Grupo de Investigações de Homicídios apura morte da vítima, que ainda não foi identificada.


Por Vanessa Martins, G1 GO


Delegacia de Águas Lindas de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Polícia Militar encontrou uma mulher morta, nua e com a cabeça esmagada em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo registro, a vítima, que ainda não foi identificada, foi achada durante uma patrulha de rotina da PM no setor Parque das Águas Bonitas II na segunda-feira (15).

O Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) investiga a morte da mulher. O local foi periciado, e o corpo levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Formosa, também no entorno do DF.


O delegado regional e responsável pela investiAgação, Cléber Martins, disse que o corpo estava próximo a um córrego e que a região sediará um loteamento. Por isto, ainda não tem ninguém morando por perto nem construções.


"Ela estava perto de uma esquina, na última rua antes do córrego. Estava totalmente nua e com o crânio desfigurado. Ela também apresenta algumas lesões no abdômen que parecem ter sido feitas com uma faca pequena, mas só a perícia vai poder confirmar", detalhou.

Tatuagem de mulher encontrada morta em Águas Lindas de Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil


A principal dúvida, por enquanto, é descobrir quem é essa mulher. Segundo o delegado, os peritos estão analisando as digitais da vítima.

"Também varremos todas as ocorrências de desaparecidas da região, e a descrição dela não bate com nenhum dos casos que temos em aberto", completou.

A mulher tem uma tatuagem de flores e borboletas na lateral da panturrilha direita (veja foto acima). O delegado pede que, se alguém reconhecê-la pela tatuagem, que entre em contato com a Polícia Civil por meio do 197.

O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Científica por mensagem às 10h e aguarda retorno sobre a identificação da vítima.

Evolução? Municipalização da Segurança Pública aproxima trabalho da PM e Guardas Municipais

Municipalização da Segurança Pública aproxima trabalho da PM e Guardas Municipais

Limite de atuação territorial e tabela de remunerações diferenciam o ofício da GCM e PM no Brasil
Funções das Guardas municipais do Brasil se assemelham cada vez mais com a Polícia Militar; categoria pede, agora, reformulação no plano de Cargos e Salários | Foto: Divulgação/GCM Goiânia
O policiamento nas capitais brasileiras passa por um processo de municipalização da segurança pública há, pelo menos, 15 anos. Aos poucos, as Guardas Civis Municipais (GCM) ganham novas atribuições por meio de projetos municipais e federais. Uma grande mudança nessa evolução foi se adaptar ao patrulhamento preventivo e ostensivo com armas, inclusive de alto poder de fogo, como escopetas de 12 milímetros. Equipamentos que, até há pouco tempo, eram de uso exclusivo das Forças Armadas, Polícia Federal e policiais estaduais: Civil e Militar.
As capitais brasileiras instituíram as Guardas Municipais há muitos anos; a mais antiga tem 127 anos, criada em Pernambuco pelo então Major Luiz Scipião de Albuquerque Maranhão, em 3 de agosto de 1892. A GCM de Goiânia foi criada em outubro de 1970.
Uma lei federal de 2014 instituiu normas gerais para as Guardas do Brasil e criou o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Dentro do pacote veio a função de proteção municipal preventiva e ostensiva. Projeto que também autorizou o porte de armas aos guardas.
O Estatuto determinou que a corporação atue, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população que utiliza os bens, serviços e instalações municipais. Esse novo trecho deu aos guardas o poder de patrulhamento ostensivo semelhante ao da Polícia Militar.
Anteriormente à criação do estatuto, os guardas municipais zelavam, basicamente, pelo patrimônio público municipal, como prédios, parques, cemitérios, e outros.
As funções da Guarda Municipal e da Polícia Militar se assemelham no papel e na prática. Apenas uma característica os separam: o espaço territorial de atuação. A Polícia Militar tem credencial para trabalhar em qualquer cidade do estado. A GCM deixa de trabalhar no limite da sua cidade. A corporação goianiense ainda opera em cidades vizinhas, como Senador Canedo e Aparecida de Goiânia, por meio de parcerias assinadas entre as prefeituras.
Os guardas municipais de Goiânia atravessam sem dificuldades essa transição de funções, já que o policiamento ostensivo era realizado antes da oficialização pelo Estatuto e o porte de armas chegou à corporação em 2001. Apesar de o documento “autorizar” o porte, outra legislação permitia ao guarda tirar a documentação, após treinamento específico ministrado por GCMs dentro dos seus batalhões.
O presidente da Associação dos Guardas Civis Municipais de Goiânia, Washington Moreira, conta que o efetivo da capital está quase todo armado. Dos 1.370 guardas, cerca de 1 mil tiraram porte de arma. O processo para a categoria, inclusive, é diferente de outras forças policiais, mais rigoroso e fiscalizado pela constantemente pela Polícia Federal. “A cada dois anos, os guardas municipais realizam cursos de reciclagem na PF”, explica Moreira.
O guarda, que utiliza o nome de guerra como W. Moreira, possui o porte de armas há cinco anos. O treinamento de qual participou durou seis meses e teve cursos mais intensos que os da própria Polícia Militar. “Nós temos que efetuar 100 disparos a mais que as demais forças para conseguir a liberação”, ressaltou.
O restante do efetivo de Goiânia ainda não foi armado por questões burocráticas e inesperadas de rotina, como licença médica. A lista de exigência para o porte inclui avaliação psicológica, momento em que alguns membros não conseguem passar.
Guarda Municipal Washington Moreira conta que o treinamento da guarda é rigoroso | Foto: Divulgação
O arsenal da Guarda Municipal de Goiânia não perde para outra corporação nem para instâncias federais. Os GCMs trabalham com pistolas calibre 380, espingardas calibre 12, espargidores de pimenta e lacrimogêneo e granadas lacrimogêneas com explosão de efeito moral. Todos os equipamentos previstos no Controle de Distúrbios Civis (CDC), que orienta o trabalho de policiamento ostensivo, especialmente dos Batalhões de Choque.
Esse segmento diferenciado de policiais atua por meio de um comando específico em Goiânia. Intitulados como Ronda Municipal Ostensiva (Romu), os agentes auxiliam em situações dramáticas, com desordem pública acentuada, por exemplo, em manifestações com depredação do patrimônio público. O trabalho da Romu é bem parecido com o do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), até na cor preta do uniforme.
O treinamento dos Romus dura mais tempo que o convencional, em média seis meses a mais, e ensina técnicas avançadas de patrulhamento urbano. “Atualmente, uma GCM instrutora da Romu participou de treinamentos da SWAT norte-americana e aplica diversas estratégias para a nossa corporação, que também é referência de trabalho no Brasil inteiro”, relata Moreira.
O diretor do Sindicato dos Guardas Municipais de Goiás (Sindiguardas) Junio Eder explica que os cursos de formação de um Guarda Municipal de Goiânia dura, em média, seis meses, com disciplinas estabelecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A Guarda Municipal goianiense é a terceira maior do Brasil, superada apenas por São Paulo e Rio de Janeiro, conforme dados do Ministério da Justiça de 2017.
O efetivo operacional é composto por 1.850 profissionais, de acordo com informações do comando geral de Goiânia. Desse total, 40 são inspetores, graduação superior com poder de chefia. A carreira se inicia no posto de GCM 1, vai até o 3; depois pode ser promovido para o nível 4, cargo de sub-inspetor, e o nível 5, de inspetor. “Não temos atualmente a figura do nível 4. Está sendo negociado com a Prefeitura de Goiânia a aprovação, em 2019, do plano de cargos e salários”, esclarece Moreira.
O presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Pros), oriundo da GCM, explica que essa evolução faz parte da municipalização da segurança pública, construída ao longo dos anos pelas instituições públicas.
Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, diz que a segurança pública tem sido municipalizada ao longo dos anos | Foto: Alexandre Tavares
A corporação tenta autorização da Prefeitura de Goiânia para realizar um concurso público neste ano, após perder cerca de 400 guardas para outros concursos da Polícia Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, nos últimos cinco anos. “Precisamos de 700 a mil vagas para este ano. Goiânia tem mais de um milhão de habitantes, o efetivo tem sido reduzido, o que sobrecarrega quem está nas ruas trabalhando pela cidade”, conta Moreira.
Atualmente a Guarda está presente em sete Unidades de Comando Regional, distribuídas por toda a capital. O contingente também foi separado em mais unidades, como a Divisão de Guarda Ambiental, com mais de 250 guardas, que fazem a segurança de parques urbanizados e monitoramento das áreas verdes, o grupo de Proteção ao Cidadão (GPC), responsável pelo apoio aos postos e faz rondas nas imediações dos próprios municipais de forma preventiva e comunitária e uma banda de música. Os cargos de Comandante e subcomandante são de livre nomeação pelo prefeito de Goiânia.

Estatísticas

Dados publicados pelo alto comando da GCM de Goiânia, em 2018, mostraram redução de 87,5% na criminalidade na região Noroeste, por exemplo, apenas com patrulhamento preventivo, dentro do programa Goiânia Mais Segura, lançado sucessivamente pelos prefeitos desde 2011.
Na região Sudeste (Jardim Novo Mundo e adjacências), o patrulhamento manteve a região por 23 dias sem nenhum registro de homicídios. O comando disse que houve grande número de veículos recuperados de roubo, apreensão de drogas, prisão de fugitivos da Justiça e recuperação de objetos roubados de órgãos públicos.
O guarda municipal de Goiânia, Junio Eder, diretor do Sindicato dos Guardas Civis de Goiás (Sindiguardas), ressalta que as ações acontecem sem excessos, com intenção primordial de preservar a vida.
Em 2016, a corporação participou de um curso de armamento e tiro, em parceria com a Polícia Civil. Naquele ano, a corporação recebeu R$ 10 milhões em equipamentos e viaturas.
Plano de Cargos e Salários
O diretor do Sindiguardas, Junio Eder, acredita que a principal preocupação dos guardas, neste ano, seja aprovar o Plano de Cargos e Salários. A progressão de cargos está estagnada há quatro anos, segundo Eder, que prejudica a carreira dos guardas.
Os salários da Guarda Municipal de Goiânia estão defasados pelo mesmo tempo em que não há promoção. O servidor no início de carreira recebe cerca de R$ 3,4 mil, baseado em R$ 1,7 mil de salário bruto e mais R$ 1,7 mil de Remuneração Especial de Trabalho Policial (RETP), uma gratificação equivalente a 100% do salário.
Diretor do sindiguardas, Junio Eder, afirma que é preciso reformular o plano de cargos e salários | Foto: Divulgação
Eder observa que a carreira se estagnou porque a legislação vigente permite que o guarda seja promovido até nível 3. “Para resolver esse impasse é necessário que se reformule a lei que criou o plano de carreira da categoria”, destaca.
Segundo o diretor, a guarda da capital é referência para as demais guardas de outros municípios de Goiás. “O GCM precisa de uma referência salarial, como a remuneração de um agente prisional, de trânsito, ou soldado de início de carreira da PM”. Para a categoria, a média salarial desejada é de R$ 6 mil mensais, remuneração de um soldado da Polícia Militar e um agente da Polícia Civil, por exemplo.
Para Romário Policarpo, apesar das defasagens, a categoria avançou com a aprovação de uma aposentadoria especial, a ser sancionada nesta semana pelo prefeito Iris Rezende (MDB).
Os guardas terão regras próprias de tempo de serviço para se aposentar; os homens cumprirão 30 anos e as mulheres, 25 anos, diferentemente do regime atual, que estabelece 35 anos para todos os servidores municipais, independente da função pública.

Guardas armadas em Goiás

O Sindiguardas identificou 11 cidades em Goiás com Guardas municipais em atividade e armada: Goiânia; Aparecida de Goiânia; Senador Canedo; Rio Verde; Quirinópolis, Barro Alto, Guapó, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama; Cidade Ocidental e Planaltina.
Outras cidades estão em fase de estruturação: Caldas Novas, Abadia de Goiás, Águas Lindas, Luziânia e Cristalina; e mais três já possuem projetos de criação para serem aprovados pelo Legislativo municipal: Anápolis, Trindade e Ceres.
FONTE JORNAL OPÇÃO

Determinação da Anatel Ligações de telemarketing já podem ser bloqueadas


Consumidores que não quiserem mais receber estas chamadas só precisam se inscrever no site Não Perturbe
Ligações de telemarketing poderão ser bloqueadas, a partir desta terça-feira, 16, por meio de inscrição no cadastro nacional do site Não Perturbe. Isto, porque, neste dia, se encerra o prazo dado pela Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) para às empresas de telefonia criar a lista nacional de bloqueio a estas vendas de serviço via telefone.
Conforme dados da Anatel, foram registradas, até maio de 2019, quase 14 mil reclamações de consumidores. No ano passado, a média mensal foi 2,2 mil por mês, ou seja, aproximadamente 26,4 mil de janeiro a dezembro.
Desta forma, o secretário adjunto da Comissão de Advocacia Jovem da OAB-GO e especializando em Direito Constitucional, Vinícius Lázaro, lembra que o número de reclamações de consumidores a este serviço é crescente. “A dúvida agora é se essa medida terá efetividade”. Boa parte das mensagens, conforme o advogado, são realizadas por robôs repetidamente.

Para ele, é importante que os usuários realizem o cadastro, “especialmente os que sofrem com esse tipo de chamadas, porque isso incomoda, atrapalha e pode trazer incômodos, inclusive, no local de trabalho”. A expectativa para o jurista é que, caso este cadastro funcione, novas modalidades de televendas sejam incluídas.
FONTE JORNAL OPÇÃO

Avó passa fome, mora de favor e precisa de ajuda para cuidar dos cinco netos após morte da filha: 'Falta tudo'


Avó passa fome, mora de favor e precisa de ajuda para cuidar dos cinco netos após morte da filha: 'Falta tudo'

Família dorme em um quarto e usa banheiro que fica fora da casa. Entre as crianças está Talita Souza, que sonha em comer carne: 'A gente tenta dormir para evitar a fome'.


Por Thais Barbosa, TV Anhanguera


Avó passa fome, mora de favor e precisa de ajuda para cuidar dos netos após morte da filha
JA 1ª Edição


Avó passa fome, mora de favor e precisa de ajuda para cuidar dos netos após morte da filha


A vida da catadora de materiais recicláveis Maria Rosa de Souza, de 54 anos, nunca foi fácil. Em fevereiro deste ano, ela sofreu um golpe duro e ainda não se recuperou, pois a filha morreu em um acidente de moto. Desde então, a mulher tem de cuidar dos cinco netos sozinha, no Setor Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia. Sem ter como trabalhar, Maria Rosa diz que a família nem sempre tem o que comer.



"Já vivia com dificuldade. Com a chegada das cinco crianças ficou mais complicado ainda. Falta tudo, desde comida, roupas, móveis a eletrodomésticos", explica Maria Rosa.




A família vive com um salário mínimo por mês, ou seja, R$ 998. Eles vivem de favor em um barracão de dois cômodos, junto com um irmão de Maria, na Rua Nordeste. O banheiro é improvisado, fica do lado de fora da casa e não tem telhado. "No frio está difícil usar o banheiro, os meninos tremem de frio no banho e quando saem, não tem agasalho pra vestir", ressalta a idosa.


O desejo da avó é ter condições de criar os netos com mais dignidade. "A impressão que tenho é que tudo de ruim está acontecendo comigo. Eu queria ter condições de construir um quartinho para as crianças dormirem. Meu irmão é bipolar e não está dando certo dormir todo mundo no mesmo quarto", afirma Maria.


Maria Rosa de Souza tem de cuidar dos cinco netos após a morte da filha, em Aparecida de Goiânia — Foto: Thais Barbosa/TV Anhanguera


Sem comida


Na cozinha, apenas uma estante com um filtro de água e um fogão de quatro bocas que não funciona. Na prateleira tem poucas panelas, não tem prato nem talheres. "Ontem à noite fiz molho de chuchu e arroz pra eles comerem. Cozinho em um fogãozinho a lenha, ali de fora. Até fiz um chá de manhã para tentar esquentar porque não tem café da manhã pra eles", entristece a avó.


Talita de Souza, de 11 anos, é uma das netas da dona Maria e tem um sonho.



"Eu tenho muita vontade de comer carne de vez em quando. É difícil olhar para a dispensa e não ter nada. A gente até tenta dormir até mais tarde para evitar a fome", disse Talita.



O neto mais velho foi diagnosticado com desnutrição severa e precisa de dois complementos alimentares. "Antes eu conseguia pegar o leite dele de graça na prefeitura, mas agora não estou conseguindo. Aqui quase não tem o que comer e, quando tem, ele não come", afirma a avó.


Falta de roupas



As roupas que as crianças usam são ganhadas ou encontradas na rua. Nos dias frios, faltam cobertas e agasalhos.

"As meninas dormem juntas em um colchão no chão. Eu, meu neto e meu irmão dormimos na cama. A gente se cobre com um lençol, mas não tem agasalho pra todo mundo nem meias pra tentar esquentar os pés", explica a avó.



Durante um dia de trabalho, a Maria Rosa achou um armário de cozinha usado. É nesse armário que ela guarda as roupas. "Para você ver, esse armário é pequeno e cabe a roupa de todo mundo", ressalta a idosa.

Tratamento Psicológico


De acordo com Maria Rosa, os netos presenciaram o acidente da mãe. Por causa disso, vivem em profunda tristeza. As netas Gisele de Souza, 13 anos e Talita de Souza, 11 anos estão em tratamento no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) de Aparecida de Goiänia.

"Elas se sentem culpadas pelo acidente da mãe. É que a minha filha subiu na mobilete e pediu pra minha neta empurrar, porque a mobilete não queria pegar. A minha neta empurrou e minha filha perdeu o controle da moto. Não conseguiu frear e acabou batendo no muro. Foi uma fatalidade", explica Maria.


A idosa não teve tempo de se recuperar da dor de perder a filha e vive o desafio de criar os netos. "Eu sinto muita falta da minha filha. Era uma companheira pra mim. Eu quero dar o melhor para os meus netos, mas não tenho mais forças para trabalhar. Está difícil", desabafa.
FONTE G1