Powered By Blogger

COMPARTILHEM NOSSO CANAL, SEJAM NOSSOS SEGUIDORES!

PROFºACIOLLY O FUTURO É LOGO ALI!

COMPARTILHEM NOSSA PAGINA

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A natureza dos compromissos E deveres do militar de polícia

A natureza dos compromissos E deveres do militar de polícia

A natureza dos compromissos E deveres do militar de polícia

Cel PM RR Wilson Odirley Valla1

1. INTRODUÇÃO

A estrutura axiológica – cingida por regras e minúcias singulares, que envolvem o exercício da profissão policial-militar – é orientada para a constituição, desenvolvimento e consolidação de valores, dentre outros, de amor à Pátria, do sentimento do dever, do respeito à integridade das pessoas e da moral militar. Por isso, uma análise mais detalhada dessa singularidade constitui fator obrigatório para a perfeita compreensão do status quo dessa categoria especial de servidores do Estado. Esta compreensão plena dos padrões morais que regem a vida castrense possibilita o entendimento da postura ética a ser adotada, diante do espectro de atividades que desenvolve. Assim sendo, a Deontologia Militar ou Policial-Militar contém em si princípios, deveres e compromissos, não apenas de natureza profissional, mas também, aqueles de natureza privada ou particular, estimulando o militar de polícia a conduzir-se de modo exemplar em todas as situações em que se encontrar.

2. OS DEVERES E COMPROMISSOS DE NATUREZA PRIVADA OU PARTICULAR

Constituem transgressões gerais da profissão policial-militar aquelas ofensas aos ditames relativos às atividades de natureza privada que mantêm a ética e a honra pessoal, configuradores do homem honesto ou de boa reputação. Assim, todos os atos devem ser revestidos de moralidade elevada, inclusive aqueles de natureza íntima. A sociedade precisa divisar, além da farda, o exemplo de integridade e não apenas um servidor público fardado. Segundo as anotações do Dr. Volney Ivo Carlin, ao discorrer sobre as obrigações deontológicas de ordem privada inerentes ao juiz e que, seja dito, também se inserem nos deveres e obrigações do militar, manifesta: "Este domínio geralmente escapa aos artigos deontológicos, pois estes proíbem, rigorosamente, tudo o que seja contrário à moral profissional, mas em termos extremamente largos e genéricos". Como se infere, o conjunto de princípios morais que regem as profissões civis, também, apontam preceitos de ordem geral e de natureza restrita, porém limitadas às normas profissionais. Ao contrário, a ordem deontológica que rege a vida castrense, neste particular, além de alcançar aquelas ilicitudes relacionadas à moral profissional, tem eficácia, também, sobre os demais atos que revestem a moralidade privativa do militar, mesmo que não relacionados ao múnus profissional. Em serviço ou fora dele, ativo ou inativo, o militar deve manter elevado padrão de disciplina e dignidade e sua conduta moral deve ser pautada em função dos objetivos da instituição. E, um destes objetivos é a inteireza moral. Por isso, todo o policial-militar, mesmo fora dos limites da órbita funcional, deve zelar por uma conduta irrepreensível, cumprindo com exatidão todos os deveres para com a sociedade. Eis as razões pelas quais atitudes como não se revelar bom cidadão, ou bom pai ou mãe, filho ou filha, esposo ou esposa, ou não satisfazer compromissos financeiros assumidos, ou manter ligações com pessoas de reputação duvidosa, ou, então, pelo simples fato de não se trajar adequadamente, embora genéricas e de natureza restrita, são alcançadas pelo Regulamento Disciplinar ou pelos preceitos que fundamentam os Conselhos de Justificação e de Disciplina.

Em serviço ou fora dele, ativo ou inativo, o militar deve manter elevado padrão de disciplina e dignidade e sua conduta moral deve ser



3. OS DEVERES E COMPROMISSOS DE NATUREZA PROFISSIONAL

Simultaneamente, com aqueles de natureza privada ou particular, os deveres e compromissos de natureza profissional são relativos ao exercício profissional e compreendem um complexo de normas inerentes ao desempenho da profissão, sob os ângulos da conduta a ser seguida para a execução da atividade de polícia ostensiva e o resguardo da investidura militar. Aí, estão inclusos aqueles ditames que objetivam preservar não somente as instituições militares, mas, também, a reputação da classe profissional. Para tanto, é imposto como dever o realce de obrigações e compromissos com o pundonor militar e a própria dedicação ardente com o decoro da classe. Visto desta forma, fica fácil perceber que a ética que se propugna para a atividade profissional, além de preencher as características já analisadas, introduz não apenas aquelas relações do profissional com a Corporação, mas também reforçando o que já foi repetido, do profissional com o cidadão, com a comunidade, com o Estado e, sobretudo, com a Pátria. Deste modo, excluindo por ilação lógica, o exercício de qualquer outra atividade, mesmo que honesta, implica obediência e subordinação à lei, aos regulamentos e às autoridades hierárquicas, quer se tratem de decisões regulamentares, quer dos recursos a serem interpostos. De sorte que, complementada pela proposta analisada no capítulo anterior, manifesta-se afeiçoada ao fortalecimento do Estado de Direito e da própria cidadania, à medida que inclui a proteção dos direitos humanos na sua plenitude, os aspectos éticos exclusivos ao exercício profissional para combater as novas formas de desvios ou finalidades, o respeito ao meio ambiente e o enquadramento apropriado de processos e outros meios coercitivos, em face das peculiaridades do serviço policial moderno, sem olvidar a condição de forças auxiliares e reserva do Exército.

Como coloca em evidência o Dr. Volney Ivo Carlin: "O conjunto destas prescrições é acompanhado geralmente de certas interdições, suscetíveis de, se não observadas, prejudicarem, direta ou indiretamente, o próprio manejo da Instituição". Por isso, devem ser evitados, em razão dos deveres e compromissos específicos, certos comportamentos antideontológicos, a exemplo de recorrer ao Judiciário, sem antes esgotar as instâncias administrativas e respectivos prazos previstos no Estatuto próprio e no Regulamento Disciplinar.

É preciso entender tal atitude antideontológica, embora contestada por muitos, como uma demonstração de recusa de obediência às decisões dos superiores hierárquicos e de deslealdade à própria hierarquia, cuja tutela, atualmente, junto com a disciplina encontram guarida no caput do artigo 42 da Constituição Federal como princípios constitucionais dos mais relevantes e representam nada mais nada menos do que a própria forma de organização da Corporação e da atuação do braço armado do Estado de Direito. Portanto, são mais do que apenas os pilares básicos que sustentam as corporações milicianas. De outra parte, o próprio inciso LV, do artigo 5º da Carta Magna, ao enfatizar: "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa", comprometendo-a, ao final do preceito, "com os meios e recursos a ela inerentes". E, em matéria disciplinar, como recursos inerentes à ampla defesa, no âmbito do Direito Administrativo, não se pode descartar as hipóteses de reexame do ato punitivo pelo "pedido de reconsideração de ato" ou pelo "recurso disciplinar". Enquanto ao civil a atitude de recorrer das decisões desfavoráveis na esfera administrativa é facultativa, ao militar é obrigatória, inclusive vinculada ao juramento solene de aceitação e cumprimento dos valores profissionais e deveres éticos, ou seja, "[...] fazendo cumprir rigorosamente as leis e os regulamentos, respeitando e acatando os superiores hierárquicos".

É oportuno lembrar as veementes afirmações do ilustre Magistrado Olindo Menezes, integrante do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em voto proferido no recurso de Habeas Corpus nº 91.01.11620-7/DF, julgado por unanimidade, em 16 de setembro de 1991, com vistas à legalidade de punição aplicada a militar que procura agasalho na Justiça sem, antes, observar as restrições contidas no Regulamento Disciplinar. Portanto, já sob a égide da Constituição Federal vigente:

Na vida cada cidadão segue um caminho. Cada caminho seguido tem a sua própria feição. Se o cidadão resolve seguir a vida militar, deve estar ciente de que é uma vida cheia de limitações, cheia de imposições que, no mundo civil, às vezes são até absurdas, mas que no mundo militar, justificam-se pelos princípios de hierarquia e disciplina, que informam a concepção de Forças Armadas, de serviço militar.

Determinar a prisão de um militar porque questionou, em Juízo, um direito à aquisição de um apartamento, à primeira vista parece um absurdo, já que isso, quanto aos civis, é o trivial. Mas o raciocínio não fica autorizado quando se consideram aquelas razões anteriores, a que me referi, informativa da vida militar.

Acho que o Judiciário pode examinar uma punição dessas, mas para ver se ela oculta alguma ilegalidade. Não é vedado o exame. O exame se faz para ver se há ilegalidade.

No caso concordo com a Relatora, de que não há ilegalidade, mas uma indisciplina militar, punida de acordo com o regulamento militar, aplicável a um militar.

Com a mesma inteligência, ao discorrer sobre a relatividade da liberdade e da autonomia do ser humano, ensina Teófilo Bacha Filho, quando diz: "As ações, de um lado, derivam de escolhas e, de outro lado, a situação concreta define os limites dos quais se dão essas escolhas". Traduzindo para o contexto em análise, é essencial para o exercício da liberdade, que o policial tome consciência de sua situação efetiva, decorrente da livre escolha para submeter-se às obrigações inerentes à vida militar. Ao mesmo tempo, o princípio constitucional que ampara o fato da lei não excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça de direito, mesmo que se trate dos direitos fundamentais, não é absoluto no sentido de que não comporta limites ao seu conteúdo e pode ceder terreno a outros princípios, entre os quais aqueles que asseguram a funcionalidade das organizações militares, ou seja, valores e aspectos que estão contidos na hierarquia e na disciplina, também conforme já foi expresso acima, bens jurídicos tutelados constitucionalmente e, como tal, projetam-se no domínio do interesse público. Estas tutorias, obviamente, acontecem em razão de que, no ordenamento jurídico-militar, a lei visa, em primeiro lugar, os interesses do Estado e das instituições militares, indispensáveis à manutenção das forças não apenas disciplinadas, sobretudo, controladas, medidas e limitadas. Uma força militar não pode, pela sua potencialidade, converter-se em fator de risco e agressão à sociedade ou ao Estado, mormente, pelo enfraquecimento da disciplina interna. Aliás, é da própria essência constitucional, inclusive no que tange às demais garantias individuais, a supremacia dos interesses do bem comum, aliás, um dos objetivos maiores da República Federativa do Brasil. Ou por outra, estas e outras particularidades das regras deontológicas, às vezes não assimiladas, fazem parte da ética, sobrepondo-se à própria ordem jurídica, circunstância já consagrada pela doutrina.

Fazer emergir esta consciência é um dos papéis fundamentais do comandante ou chefe e, também, deveria ser responsabilidade de governo. Isso não se consegue através de ações irascíveis ou prepotentes. Em contrapartida, compete ao superior hierárquico, com autoridade – sem a contaminação do autoritarismo - decidir com justiça, eqüidade e dentro dos prazos regulamentares os recursos interpostos pelos subordinados e nas condições fixadas na legislação.

Encadeando estes argumentos, é insofismável a lição da Juíza Alice Pezard, citada pelo Dr. Volney Ivo Carlin, ao indagar acerca das regras de comportamento (deontologia) dentro da hierarquia das normas jurídicas. Assim ensina a ilustre magistrada:

Sobre o tema, podemos lançar mão de três perspectivas básicas:

- A ordem deontológica é superior à ordem jurídica: princípios éticos que a lei disciplina;

- A ordem deontológica independe da jurídica preexistente: as normas inscrevem-se de maneira autônoma no direito positivo;

- A ordem deontológica compele mais que a jurídica: há dados sensíveis que precedem a ordem jurídica (salários, desemprego, desestabilização, etc.), os quais orientam o comportamento profissional.

Em outras palavras, particularmente em relação à terceira perspectiva, mesmo que existam regras jurídicas limitadoras em relação a certas atitudes, estas poderão mostrar-se insuficientes em situações extremadas, como por exemplo, a Revolta dos Marinheiros contra a pena de chibata, utilizada no Brasil até 1910, ou as paralisações de policiais-militares diante de condições aviltantes de tratamento, em particular, quanto aos baixos salários.

Inobstante a isso, não há como desconhecer a virtuosidade das normas que circundam a vida militar, cujos reflexos resultam numa filosofia de vida "extravagante", ou seja, fora do comum, ensejando a coexistência de um "mundo paralelo" – erigido com base numa concepção perfeccionista de condutas e reações – com o mundo civil: este, imprevisível, hedonista e permissivo, ou seja, afetado em nome de uma ética relativista em expansão. Para tanto, há imperiosidade de assentar-se um tratamento dessemelhante, suficientemente forte, prudente e responsável, para opor-se aos desvios de conduta praticados por essa classe de cidadãos brasileiros, diferenciada pela grandeza dos deveres.

Ipso facto, aquele que desejar ingressar nas fileiras de uma corporação militar precisa estar muito bem consciente dos respectivos deveres, porquanto, na vida profissional terão que ser exercidos e praticados com responsabilidades que transcendem, em muito, as referências legais ou regulamentares formais. Por isso, ninguém compreenderá – com a mais forte razão – um militar desrespeitando ou deixando de desempenhar seus próprios deveres, incluindo-se os de ordem privada.

Para dar mais intensidade à compreensão do caráter e do dever militar, evoca-se novamente o prestígio do Cel. PM Nelson Fernando Cordeiro, o qual, em resenha noticiosa ao exprimir a relação entre disciplina e ética, dentre outras afirmações, exalta que a ética e a disciplina são temas inseparáveis e presentes ao longo da história das polícias militares, porque sem elas a instituição estaria sempre comprometida e não se teria chegado até os dias atuais. É a disciplina a condição primeira da configuração do caráter do policial-militar e, conseqüentemente, do fortalecimento do conceito moral da Corporação, diante dos demais segmentos sociais. Porquanto, continua em seu dizer:

Não tem dúvida de que nenhuma instituição prospera quando impera a indisciplina; que nenhum ambiente de trabalho é salutar quando a indisciplina predomina e que o homem indisciplinado não prospera em nenhuma instituição. Igualmente, tem a certeza de que o conceito, a credibilidade e a respeitabilidade de que desfruta qualquer instituição devem ser mantidos através de posturas sérias, inteligentes, criativas e éticas, sendo inadmissíveis, no seu exercício profissional, artifícios inescrupulosos e enganosos ou condutas ilícitas ou aéticas.[...] Ressalte-se que a adoção de novas técnicas e o aprendizado de novos conhecimentos tecnológicos não implicam, do ponto de vista moral, ético e disciplinar, no esquecimento do legado que as tradições acumularam aos policiais-militares. O conceito de ‘avanço’ não coexiste com manifestações de indisciplina ou falta de ética profissional, sendo absolutamente intolerável o cometimento de infrações por quem tem o dever legal de preveni-las e reprimi-las. [Sem negrito no original].

A conclusão é óbvia, isto é, eficiência, qualidade e resultados, prioridades das administrações atuais, somente são possíveis em organizações com elevado padrão disciplinar e ético. É forçoso que se passe a compreender, como assimilou o ilustre Comandante-Geral da PMMG, que a disciplina não é, apenas, um aspecto ou exigência singular, mas é, sobretudo, uma instituição em si mesma e, juntamente com a hierarquia militar, transcendem as próprias polícias militares, pois sem aquelas não seria possível terem sobrevivido no passado, nem sobreviveriam hoje, como também, não sobreviverão no futuro como instituições, correndo o risco de perderem até a inquestionável utilidade social.

Por isso, devem ser evitados, em razão dos deveres e compromissos específicos, certos comportamentos antideontológicos, a exemplo de recorrer ao Judiciário, sem



4. AS CONSEQÜÊNCIAS, NO PLANO JURÍDICO, DOS COMPROMISSOS, DEVERES E RESPONSABILIDADES

Os compromissos, deveres e responsabilidades, no plano jurídico, por sua vez, atraem conseqüências especiais. Apesar da teoria do "mínimo ético", desenvolvida por vários autores, entre os quais se destaca Georg Jellinek, que consiste em afirmar que o direito representa apenas o mínimo de moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. Na vida castrense, porém, ocorre de forma quase inversa. Assim, no ensejo em que o policial-militar promete, conforme um dos enunciados do compromisso - "regular minha conduta pelos preceitos da moral" - as normas morais, na totalidade, também são municionadas de garantias jurídicas específicas. Por isso, o dever moral, cuja característica é a de ser voluntariamente assumido, havendo ou não imposição legal para o seu cumprimento, transforma-se, a partir daí, em dever jurídico, pela imposição da Lei. Logo, as margens dos dois círculos concêntricos da referida teoria, um da moral e outro do direito, quase se sobrepõem. Ao dizer quase, é porque podem permanecer de fora certos preceitos de caráter ético. Enquanto na vida civil afirma-se não existir regra moral que não implique alguma obediência ou algum respeito; na vida militar, diz-se não existir regra moral que não implique em obediência ou respeito. Tal particularidade sujeita o militar a severas sanções, tanto no campo do Direito como no campo da Moral. Em vista disso, dependendo do grau de ofensa aos valores profissionais e seus correspondentes deveres éticos, a sanção poderá ser disciplinar ou penal, ou ambas e, conforme o caso, moral. Esta, se relacionada com a indignidade ou incompatibilidade, pode o militar sofrer a perda da graduação ou ainda perder a patente, se oficial. Nem a sanção de natureza penal, nem a sanção de natureza disciplinar, isoladamente, poderão dar causa à perda de tal prerrogativa.

Consoante ao que foi dito acima, as repercussões jurídicas não param por aí. Embora a moral reúna um conjunto de normas, aceitas livres e conscientemente, que regulam o comportamento individual e social dos homens, ela é mais limitada e restrita que a ética, pelo fato de restringir-se a determinados períodos, sociedades, grupos e até localidades. Já, a ética procura indicar o melhor caminho do ponto de vista da moral, incluindo princípios realmente valiosos da conduta humana. Por isso, a esfera moral é mais ampla que a do direito e a esfera ética, por sua vez, é mais ampla do que ambas. Desta maneira, as formas ideais de comportamento humano tornam-se coercíveis e obrigatórias na vida militar, em razão de que os preceitos éticos, também, produzem repercussões jurídicas, fazendo parte da legislação ordinária - estatuto, códigos, conselhos especiais e regulamentos - com as respectivas sanções. Assim, por exemplo, na medida em que o próprio Regulamento Disciplinar, em seu artigo 14, define transgressão disciplinar como: "toda ação praticada pelo militar contrária aos preceitos estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações militares, mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que afete a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe", atrai para o Direito a obrigatoriedade de obediência de todas as normas, não apenas aquelas vinculadas ao múnus profissional ou à moral, esta na forma já referida anteriormente, mas, também, outras que envolvem princípios éticos, aí incluídas aquelas relacionadas às convenções sociais. Por isso, o desrespeito, em público, das convenções sociais é considerado transgressão disciplinar. Com isto, completa-se a sobreposição dos círculos concêntricos, ao contrário do mínimo ético-moral preconizado pela teoria de Jellinek.

Como se vê, na vida castrense exige-se, ao contrário da vida civil, o máximo de princípios ético-morais como obrigatórios. Eis a razão pelas quais, sendo os preceitos da ética mais abrangentes que a própria moral, nem se subordinam às normas codificadas, porém, pelo simples fato de fazerem parte, de forma ampla e generalizada, do próprio Direito, suas conseqüências são sancionadas. Em razão disto, é equivocada a pretensão de alguns oficiais menos prevenidos propugnarem pela instituição de um Código de Ética para os militares, em particular aos militares estaduais, independente de outros dispositivos anteriormente mencionados e, em especial, do Regulamento Disciplinar. Para o militar não há infração moral ou ética que não seja, simultaneamente, falta disciplinar. Dependendo da expressão complexa e acentuadamente anormal da ofensa, tem-se o crime militar, podendo gerar, em alguns casos concretos, a situação de indignidade ou para com o posto ou a graduação.

Não fosse assim, as conseqüências para o descumprimento de normas puramente éticas ou simplesmente morais, por parte dos militares, que não fossem concretamente definidas pelas normas jurídicas, não ultrapassariam as sanções informais de ordem moral, a exemplo da crítica e da manifestação de desagrado da opinião pública ou do grupo geralmente manifestadas sobre certas condutas reprovadas entre os civis.

Em razão disto, é equivocada a pretensão de alguns oficiais menos prevenidos propugnarem pela instituição de um Código de Ética para os militares, em particular aos militares esta



5. CONCLUSÃO

Todas essas particularidades acima evidenciadas, partindo-se de exigências oficiais, conduzem o miliciano não apenas na direção de deveres específicos, como também, na orientação de uma moral e ética próprias. Moral que, por sua vez, corresponde a um padrão de comportamento irrepreensível e orienta as ações – privadas ou profissionais – no sentido da ética, materializada pelas exigências da carreira militar. Carreira essa, extraordinariamente definida como: "A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista que nos condiciona e autolimita até o fim. Ela não nos exige as horas de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, nos impondo também nossos destinos. A farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre".

Também, essa profissão, conforme a exteriorização dos compromissos, deveres e responsabilidades e de sua própria definição, além de caracterizada como um verdadeiro sacerdócio, está sustentada em valores e virtudes capazes de arregimentar e impulsionar energias coletivas na direção de atitudes valorativas do homem. Essa clivagem de relações e obrigações – que implica em dever de obediência – faz com que o militar abdique da cidadania plena e de certas prerrogativas comuns às demais pessoas, chegando ao sacrifício da própria vida para defender a honra, integridade, instituições e a Pátria. É preciso compreender bem estes delineamentos deontológicos da vida castrense para poder assimilar, de maneira clara, consciente e responsável, todas as conseqüências desse extraordinário dever profissional. Muitos poderão achar utopia, mas é exatamente assim que deveria ser.

Coronel da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Paraná. Instrutor na Academia Policial Militar do Guatupê nas disciplinas de Deontologia Policial-Militar e Doutrina de Emprego de Polícia Militar e Bombeiro Militar.

CARLIN, Volnei Ivo. Deontologia Jurídica – Ética e Justiça. Obra Jurídica Editora, Florianópolis: 1997. p. 32.

CARLIN, Volnei Ivo. Ibidem, p. 131.

BACHA FILHO, Teófilo. Jornal O Estado do Paraná. Seção Opinião. Edição de 31-08-99, p. 4.

CARLIN, Volnei Ivo. Ibidem, p. 172.

CORDEIRO, Nelson Fernando, Cel. PMMG. Boletim Geral da Polícia Militar de Minas Gerais – n° 068. Disciplina e Ética na Polícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte: 07 de abril de 1995. p. 17-22.

O parágrafo 5º, do artigo 1º, da Lei 1943/54, considera subsidiário, ao Código da Polícia Militar do Paraná, o Regulamento Disciplinar do Exército (R4), no momento, vigente pelo Decreto Federal nº 4.346, de 26 de agosto de 2002.
FONTE
Cerimonial Militar do Exército, Vade Mecum nº 10, Capítulo I, 



DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES CAPÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES SEÇÃO I DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES CAPÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES SEÇÃO I Do Valor Policial-Militar Art. 26 - São manifestações essenciais do valor policial-militar: I - o sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever policial-militar e pelo integral devotamento à manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da própria vida; II - o civismo e o culto das tradições históricas; III - a fé na elevada missão da Polícia Militar; IV - o espírito de corpo, orgulho do policial-militar pela organização onde serve; V - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercido, e VI - o aprimoramento técnico-profissional.

DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES CAPÍTULO I DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES SEÇÃO I

DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES
SEÇÃO I
Do Valor Policial-Militar
Art. 26 - São manifestações essenciais do valor policial-militar:
I - o sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido pela vontade
inabalável de cumprir o dever policial-militar e pelo integral devotamento à manutenção
da ordem pública, mesmo com o risco da própria vida;
II - o civismo e o culto das tradições históricas;
III - a fé na elevada missão da Polícia Militar;
IV - o espírito de corpo, orgulho do policial-militar pela organização onde
serve;
V - o amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com que é exercido, e
VI - o aprimoramento técnico-profissional.

DATA BASE INTEGRAL EM GOÍAS É UM ATO DE JUSTIÇA PARA COM SERVIDORES QUE JÁ DERAM SUA PARTE DE CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTADO E ACIMA DE TUDO RESPEITA OS CIDADÃOS ! O POVO NÃO PODE PAGAR NEM SOFRER PELO DESCASO COM SERVIDORES ESSE É O NOSSO DIREITO DATA BASE É LEI !

DATA BASE INTEGRAL EM GOÍAS É UM ATO DE JUSTIÇA PARA COM SERVIDORES QUE JÁ DERAM SUA PARTE DE CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTADO E ACIMA DE TUDO RESPEITA OS CIDADÃOS ! O POVO NÃO PODE PAGAR  NEM SOFRER PELO DESCASO COM SERVIDORES ESSE É O NOSSO DIREITO DATA BASE É LEI !

Senhores secretários ao endurecer e se manterem contra direitos de servidores os senhores comentem um grande erro esse cometido por  gestores anteriores que massacraram e ignoraram o direito de servidores   fomentando sim uma campanha  interna onde a insatisfação de servidores  tiraram a garantia de uma possivel  reeleição até  levando Politicos veteranos a sucumbir  em suas projeções futuras! 
SERVIDORES PUBLICOS EM GOIAS  CONTAM COM O BOM SENSO DO GOVERNO   
NÃO SOMOS CONTRA O GOVERNO SOMOS A FAVOR DE NOSSOS DIREITOS  GARANTIDOS POR LEI 
DATA BASE INTEGRAL JÁ



Policiais militares distribuem rosas e pedem paz aos manifestantes em GO Pelo menos 1 mil pessoas já estão concentradas no Centro de Goiânia. Protesto contra a tarifa de ônibus está marcado para começar às 17h.

Policiais militares distribuem rosas e 





pedem paz aos manifestantes em GO



Pelo menos 1 mil pessoas já estão concentradas no Centro de Goiânia.
Protesto contra a tarifa de ônibus está marcado para começar às 17h.


Jovem recebe rosas brancas de policial, em Goiânia, Goiás (Foto: Marinna Barros/ Arquivo Pessoal)Jovem recebe rosas brancas de policial, em Goiânia (Foto: Marinna Barros/ Arquivo Pessoal)
Os manifestantes do protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Goiânia começaram a ocupar a Praça do Bandeirante, no Centro da capital. A concentração está marcada para as 17h, mas já há aglomeração no cruzamento das avenidas Anhanguera com a Goiás. A Polícia Militar calcula que pelo menos 1 mil pessoas já estejam no local. Policiais distribuem 10 mil rosas brancas e pedem que o protesto seja pacífico.
Por volta das 14h20, um ônibus do Eixo Anhanguera foi parado na Praça do Bandeirante e os passageiros foram obrigados a descer do veículo, segundo a Polícia Militar. A linha, que corta a Região Metropolitana de Goiânia de leste a oeste não está passando pelo região central.
Devido ao protesto, funcionários públicos foram dispensados do trabalho mais cedo. A Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) interditou a circulação de veículos no anel interno da praça.
Um forte esquema de segurança é montado ao redor da Praça Cívica, onde estão localizados o Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do poder estadual, e o Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador. Além da grande quantidade de policiais militares, grades de proteção estão montadas em volta dos prédios públicos.
Policiais militares estão distribuindo 10 mil rosas brancas para os manifestantes no Centro de Goiânia, pedindo que os protestos sejam pacíficos (Foto: Guilherme Gonçalves / G1)Policiais distribuem 10 mil rosas brancas para manifestantes em Goiânia (Foto: Guilherme Gonçalves / G1
)FONTE G1 GOIÁS

PM socorre manifestante e recebe aplausos durante protesto em Goiânia

PM socorre manifestante e recebe 



aplausos durante protesto em Goiânia


Internauta registrou protesto em viaduto lotado e encaminhou via VC no G1.


Polícia Militar diz que não houve incidentes graves durante manifestação.


O internauta Saulo José de Lima Júnior registrou o momento em que a manifestação desta quinta-feira (20) chegou ao Viaduto João Alves de Queiroz, no cruzamento das Avenidas 85 e T-63, no Setor Bueno, em Goiânia. Ele encaminhou o vídeo por meio do Vc no G1que mostra o local completamente lotado de manifestantes.
Internauta, Goiânia, GO

Saulo José de Lima JúniorInternauta, Goiânia, GO
Saulo afirma que o processo foi pacífico, mas que a Polícia Militar teve de socorrer uma pessoa que passou mal. Segundo ele, não havia ambulâncias acompanhando os manifestantes para atendimentos deste tipo de caso. O internauta conta que os policiais foram aplaudidos logo após prestar o socorro ao ativista.

Nota da Redação: A Polícia Militar informou ao G1 que a manifestação em Goiânia foi tranquila e nenhum incidente grave foi registrado, apesar do tumulto registrado na Assembleia Legislativa. No total, cinco manifestantes foram detidos durante o prostesto em Goiânia, sendo um em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira e quatro em frente à Assembleia Legislativa. Eles foram encaminhados ao 1º Distrito Policial da capital.

FONTE G1

Representantes de protesto falam em mais de 50 mil nas ruas de Goiânia

Representantes de protesto falam em 



mais de 50 mil nas ruas de Goiânia



Número difere do apresentado pela polícia, que estima 20 mil pessoas.
Houve confronto entre jovens e PM em frente à Assembleia Legislativa.

Gabriela LimaDo G1 GO

Veja imagens da vista aéreas da manifestação no Centro de Goiânia 1 (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)Imagem da vista aérea da manifestação na Praça do Bandeirante (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)
Milhares de pessoas ocuparam as ruas no Centro de Goiânia, nesta quinta-feira (20), em protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo e por melhorias no Brasil. Os números divergem. Representantes do movimento falam em 50 e até 60 mil, em suas páginas na internet, enquanto a Polícia Militar (PM) estima 20 mil participantes. O branco foi a cor dominante, nas roupas dos manifestantes, nas 10 mil rosas distribuídas pela PM e em balões. Um ato predominantemente pacífico, mas com um incidente registrado em frente à Assembleia Legislativa, onde houve confronto entre jovens e a polícia.
Multidão em Goiânia (Foto: Guilherme Gonçalves/G1)Multidão ocupou a Avenida Goiás, no Centro da 
cidade (Foto: Guilherme Gonçalves/G1)
A cidade viveu um dia histórico. "Foi a maior mobilização das últimas décadas em Goiânia. Só não foi maior que a campanha das Diretas Já, na década de 80", disse ao G1 o presidente do Instituto Goiano de Direito Constitucional (IGDC), Otávio Forte. O advogado, que participou do protesto, acredita que mais de 50 mil pessoas se reuniram no centro da capital."Acho que houve um equívoco na contagem da polícia. Os manifestantes encheram a Avenida Goiás, a Praça Cívica, as avenidas adjacentes e parte da Av. 85", enumera.

Para Otávio Forte, tamanha mobilização se dá por um sentimento comum na sociedade: "Vai muito além da redução de tarifas. É a exaustão da corrupção do nosso país. A população chegou a um ponto de não suportar mais tamanho desvio em todas as esferas do poder público".
O goianiense demonstrou uma certa ansiedade pelo protesto. A concentração estava marcada para começar às 17h, na Praça do Bandeirante. Mas às 14h, a estátua de Bartolomeu Bueno da Silva já estava rodeada por ativistas, no Cruzamento das avenidas Anhanguera e Goiás.
Um manifestante até tentou escalar o Monumento do Bandeirante, mas foi vaiado pelos demais (veja vídeo acima). Durante toda a marcha, os participantes revezavam, entre as tradicionais palavras de ordem "o povo, unido, jamais será vencido", os gritos "sem vandalismo" e "sem violência".
Reivindicações
Na pauta dos organizadores do protesto, nas redes sociais, o foco era o transporte coletivo. Entre as principais bandeiras estavam a tarifa zero e o ressarcimento dos usuários pelo pagamento indevido durante as semanas em que vigorou o aumento de R$ 3.
Mas as pessoas ocuparam o centro da capital por diversos motivos. "Estou aqui porque há muita coisa errado no Brasil, principalmente nas nossas leis", disse a comerciante Danielle Diniz", 34 anos.
Nas faixas se via comemoração pela suspensão do aumento (passagem será mantida a R$ 2,70); não à corrupção; críticas ao governador Marconi Perillo (PSDB); à presidente Dilma Rousseff (PT); à repressão da polícia; pedidos de mais verbas para a saúde e educação; não à PEC 37; contra a proposta apelidada de "cura gay", do pastor Marco Feliciano; entre outros. Uma frase bastante comum nos cartazes resumia a essência do movimento: "Não é por centavos, é por direitos".
Empresária e estágiária protestam juntas contra a corrupção e preço da tarifa de ônibus (Foto: Gabriela Lima / G1)Colegas de trabalho, Cléia e Ana Círia protestam
juntas (Foto: Gabriela Lima / G1)
A estudante Flávia Provesi, 20 anos, se manifestava por mais atenção à educação. "Para o país seguir em frente, tem que ter educação", explicou. A amiga Sayanne Kevylen Diniz, 18 anos se dizia revoltada com o descaso dos governantes com a população.
Colegas de trabalho, a administradora Cléia Medeiros, 46 anos, e estagiária Ana Círia Lemes, 16 anos, protestavam juntas. Cléia pedia um país mais justo. "Eu acredito que só a força do povo pode trazer a mudança, com melhor distribuição de renda e serviços públicos de qualidade", argumentou a administradora. Ana Círia lutava pelo passe livre "Metade do meu salário fica no passe escolar", reclamou a estudante.
Trajetos
Por volta das 17h30, os manifestantes desceram a Av. Goiás, passaram pela Av. Paranaíba e subiram a Av. Tocantins para retornar à Praça Cívica. Às 19h, houve uma grande concentração em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, sede do governo estadual.
Protesto em Goiânia (Foto: Gabriela Lima/G1)Manifestantes lotaram anéis externos da Praça Cívica e várias ruas adjacentes (Foto: Gabriela Lima/G1)
Com a aglomeração na porta do Palácio, a Polícia Militar reforçou o cordão de isolamento em frente ao prédio. Um jovem acabou detido porque jogou pedras contra os policiais, ma não houve confronto.
De lá, os manifestantes de dividiram em quatro frentes. Parte subiu a Av. 85 em direção ao Setor Bueno. Um grupo preferiu ir para a porta da Assembleia Legislativa, no Setor Oeste; outro, desceu a Rua 10 em direção à Praça Universitária, no Setor Universitário; o restante permaneceu na porta do Palácio Pedro Ludovico.
Quando os ativista que subiram a Av. 85 chegaram ao Viaduto João Alves de Queiroz, no cruzamento com a Avenida T-63, uma pessoa passou mal e foi socorrida por uma equipe da PM. Um vídeo enviado via VC no G1 pelo internauta Saulo José de Lima Júnior mostra o monumentos em que os policiais chegam de carro para atender o manifestante e recebem aplausos dos presentes (veja vídeo acima).
Na Praça Universitária, o clima era de confraternização. Os jovens descansavam nos bancos e sentavam em rodas nos gramados para conversar. As pessoas que permaneceram na Praça Cívica transformaram as grades do Palácio Pedro Ludovico em um grande mural com os cartazes carregados durante a passeata.
Confronto
O protesto só não foi totalmente pacífico porque houve enfrentamento entre a polícia e alguns manifestantes em frente à Assembleia Legislativa. A confusão começou quando jovens atiram rojões em direção ao prédio. A Tropa de Choque e a cavalaria da PM isolaram a área. os manifestantes gritavam palavras de ordens e chegavam próximos aos militares, e lançaram coquetéis molotov. A polícia revidou com bombas de efeito moral e balas de borracha.
 
Na correria, manifestantes tentaram pular o muro de uma construção, em frente à Assembleia, para fugir da polícia. O muro cedeu. Algumas pessoas se esconderam na construção do edifício, mas foram repelidas pela polícia. Houve novo corre-corre.
Alguns jovens pegaram destroços de concreto do muro quebrado e jogaram contra a polícia. Uma agência bancária ao lado da casa legislativa teve os vidros quebrados.
O clima de tensão durou cerca de uma hora. Manifestantes colocaram fogo em lixeiras e o ar ficou impregnado com cheiro de fumaça e vinagre. Quando a situação se acalmou, a tropa de choque abaixou os escudos e foi aplaudida pelos ativistas.
Segundo a PM, quatro jovens tiveram acabaram no local por arruaça. Eles foram levados ao 1º Distrito Policial (DP). Não há informações de feridos.
protesto em Goiânia (Foto: Gabriela Lima/G1)Ian Bueno, Dener e Milton Jr dizem que torcidas
causaram confronto (Foto: Gabriela Lima/G1)
Estudantes entrevistados pelo G1 disseram que o tumulto foi causado por integrantes de uma torcida organizada de um clube de futebol da capital. "Eles estavam com roupa de torcidas organizadas", relatou o estudante de direito Dener Francisco Alves Coltrin, 20 anos.
"Foi uma minoria que aproveitou o protesto para fazer atos de vandalismo", afirmou o universitário Ian Bueno, 22 anos. Ele cursa história e avalia como o mais importante do ato desta quinta o fato do protesto ter sido unificado em todo o Brasil: "Quero agradecer nossos irmãos dos outros estados pela união".
Segundo a Polícia Militar, houve cinco detenções (uma em frente o Palácio Pedro Ludovico e quatro na Assembleia). Mas representantes do movimento divulgaram, em sua página no Facebook, que oito pessoas foram presas e apenas quatro teriam sido liberadas.
Apesar do incidente em frente à Assembleia Legislativa, no Setor Oeste, a assessoria da PM considerou a manifestação, como um todo, tranquilahttp://g1.globo.com/goias/noticia/2013/06/representantes-de-protesto-falam-em-mais-de-50-mil-nas-ruas-de-goiania.html

Especialista fala sobre a ação da Força Nacional de Segurança nos protestos


















Jornal da Record Newspublicado em 21/06 às 07h16

Especialista fala sobre a ação da Força Nacional de Segurança nos protestos

Dê sua Nota: 


um Veiculo Celta 2001. Esse veiculo foi tomado em assalto na região Setor de Mansões Paraiso sentido Cidade Livre. Dois Elementos armados deram voz de assalto levando o carro e pertences pessoais , esse veiculo éra conduzido pela esposa de um companheiro e amigo Policial Militar. Solicito o empenho e atenção especial de nossos companheiros e irmãos de farda o veiculo possui vidro fumê 100% placa de SENADOR CANEDO GOIÁS KEL 4618

  um Veiculo Celta  2001.   Esse veiculo foi tomado em assalto  na região Setor de Mansões Paraiso  sentido Cidade Livre.    Dois Elementos armados deram voz de assalto levando o carro e pertences pessoais , esse veiculo éra conduzido pela esposa de um companheiro e amigo Policial Militar.         Solicito o empenho e atenção especial de nossos companheiros e irmãos de farda  o veiculo possui  vidro fumê  100%  placa de SENADOR CANEDO GOIÁS  KEL 4618   CASO ENCONTRAR ESSE VEICULO LIGUE IMEDIATAMENTE NO 190  CARRO PERTENCE AO  POLICIAL MILITAR SD MARCIVON PMGO     CONTATO 62 32774597

Deputados defendem integração de polícias nas divisas de MG Combate à criminalidade no Noroeste do Estado depende de ação conjunta das polícias de Minas, Goiás e Distrito Federal.

Deputados defendem integração de polícias nas divisas de MG

Combate à criminalidade no Noroeste do Estado depende de ação conjunta das polícias de Minas, Goiás e Distrito Federal.




A reunião da Comissão de Segurança Pública aconteceu nesta sexta (14) em Paracatu, no Noroeste de Minas
A reunião da Comissão de Segurança Pública aconteceu nesta sexta (14) em Paracatu, no Noroeste de Minas - Foto: Guilherme Dardanhan
Integração entre as polícias de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, além da mudança da legislação penal brasileira, deram o tom da audiência pública sobre a segurança nas divisas do Estado realizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta sexta-feira (14/6/13) em Paracatu (Noroeste de Minas).
Deputados querem união das polícias mineira e paulista
Para o deputado Almir Paraca (PT), a violência está crescendo em toda a região Noroeste do Estado devido à BR-040, que permite a entrada de criminosos provenientes do Distrito Federal. Por isso, ele reforçou a necessidade de maior integração entre as forças policiais e uma ação política mais eficaz. “A BR-040 é uma rota que traz coisas nocivas para essa região mineira. Para além da integração das inteligências das três polícias, a presença das lideranças é importante para se pensar no aspecto preventivo”, afirmou.
O deputado Cabo Júlio (PMDB) reforçou a necessidade de um trabalho conjunto entre as polícias estaduais. “As nossas fronteiras terrestres são abertas, as polícias sofrem com a falta de efetivo. É preciso que as polícias trabalhem juntas porque, quando é combatido o crime em Goiás e no Distrito Federal, os bandidos migram e vêm atuar em Minas”.
Parlamentares reforçaram a necessidade de um trabalho conjunto entre as polícias estaduais
Parlamentares reforçaram a necessidade de um trabalho conjunto entre as polícias estaduais - Foto: Guilherme Dardanhan
Já para o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB), a droga é o principal desafio para o combate a violência. Ele aproveitou para citar fala do presidente da Comissão de Segurança da Assembleia do Ceará, delegado Cavalcante (PDT). Para o parlamentar cearense, os governantes não conseguiram fazer com que cada cidade do sertão nordestino tenha água, mas os traficantes conseguiram que o crack chegasse a todos esses locais.
O deputado estadual do Distrito Federal Raad Massouh (PPL) agradeceu a iniciativa e sugeriu a realização de uma nova audiência pública, dessa vez em Brasília, com a presença de deputados federais e senadores. Essa sugestão foi aprovada pelo deputado federal Padre João (PT-MG), que destacou o papel dos parlamentares federais na mudança da legislação penal brasileira. “Tanto a política quanto a legislação devem facilitar o combate à violência, mas, muitas vezes, elas acabam inibindo ou prejudicando operações”, declarou.
Polícias destacam importância de ação integrada
Jorge Luís Xavier, Wolney Rodrigues da Silva, Cristian Mendes de Araújo e Anderson Prado
Jorge Luís Xavier, Wolney Rodrigues da Silva, Cristian Mendes de Araújo e Anderson Prado -Foto: Guilherme Dardanhan
O chefe da Coordenação dos Gabinetes de Gestão Integrada do Distrito Federal, coronel Wolney Rodrigues da Silva, destacou que, no dia 21 de maio, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica de Combate à Violência entre Minas Gerais, Distrito Federal e Goiás.
Além dessa medida, o comandante da 16ª Região da PMMG, coronel Hércules dos Reis Silva, anunciou a criação de um gabinete de gestão integrada entre Minas Gerais e Goiás. Segundo ele, na próxima terça-feira (18) será realizada reunião em Brasília para fechar um cronograma para implantação do gabinete. O coronel anunciou ainda a instalação de câmeras de monitoramento em Paracatu e Unaí e ações de capacitação dos agentes da região.
Por fim, o comandante destacou operações conjuntas das polícias mineira e goiana. “Estão sendo realizadas operações em parceria com a PM e a Polícia Rodoviária de Goiás – Cinturão de Segurança e Operação Fronteira são dois exemplos. Além dessas, amanhã iniciaremos a operação Fronteiras Fechadas, devido ao início da Copa das Confederações”, reforçou.
O chefe do 16º Departamento de Polícia Civil de Unaí, delegado Marcos Tadeu Brandão, destacou a ação conjunta das polícias na prevenção dos crimes. “Diversos assaltos a caixas eletrônicos no Noroeste de Minas foram frustrados em seu nascedouro devido à excelente troca de informações entre as polícias de Minas, Distrito Federal e Goiás. A ação da inteligência fez com que os bandidos não chegassem a realizar os crimes e foram todos presos”, informou.
Legislação penal mais firme é solicitação de todos
Para o delegado Rodrigo Mendes de Araújo, é necessária uma mudança urgente da lei
Para o delegado Rodrigo Mendes de Araújo, é necessária uma mudança urgente da lei -Foto: Guilherme Dardanhan
O fortalecimento da legislação penal brasileira foi destacada por autoridades e pela população presente à reunião. Para o delegado de Polícia Civil de Goiás, Rodrigo Mendes de Araújo, é necessária uma mudança urgente da lei. “A legislação é extremamente frágil, o menor apreendido sai rindo da delegacia. É preciso que ocorra a diminuição da maioridade penal. Além disso, hoje há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que fala que, se o traficante for réu primário, ele pode converter a pena de prisão em restrição de direitos”, opinou.
A questão legal também foi levantada pelo diretor geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Jorge Luís Xavier. Segundo ele, as polícias conseguem capturar os criminosos, mas não os mantêm presos. “A criminalidade será realmente reduzida quando a legislação permitir o encarceramento em massa. Se isso não for feito, ações de combate ao crime terão efeito curto. Precisa-se duplicar o número de presos para que o combate a violência seja efetivo”, defendeu.
Xavier ainda afirmou que a mídia quer passar um sentimento de insegurança para a população com o objetivo de mantê-la em casa e consumindo produtos midiáticos. Esse ponto foi contraposto pelo representante do Conselho Municipal de Segurança Pública de Paracatu, Ed Guimarães. “Não concordo com a generalização em relação ao comportamento da mídia. Dizer isso é o mesmo que dizer que todos os políticos e todos os policiais são corruptos”, retrucou Ed.
O representante do conselho municipal aproveitou para lamentar a ausência de representantes do Poder Judiciário na audiência. Para ele, em Paracatu, o Ministério Público e os juízes têm sido muito flexíveis especialmente em relação a menores infratores. “Precisamos da mudança da legislação para coibir esses atos”.
Em relação à mudança da maioridade penal, o coronel Hércules Silva exemplificou a necessidade dessa mudança com um caso específico. “Temos um jovem no Noroeste mineiro com 60 passagens pela polícia em 2012 e 30 passagens em 2013, mas a legislação não nos permite tomas atitudes efetivas”, lamentou.
Requerimentos – Ao final da reunião, o deputado Almir Paraca apresentou alguns requerimentos ligados à melhoria da segurança pública na região. Entre as solicitações, está a priorização da instalação das câmeras do Programa Olho Vivo em Paracatu e Unaí; a instalação de uma Vara de Execução Penal e de uma delegacia da Polícia Federal em Paracatu; a inclusão de todos os municípios do Noroeste de Minas na Rede Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, que já inclui as cidades mineiras de Unaí, Buritis e Cabeceria Grande; a construção de uma sede do Corpo de Bombeiros em Paracatu e a mudança do posto da Polícia Rodoviária Federal.

Fifa ameaça cancelar a Copa das Confederações

Fifa ameaça cancelar a Copa das Confederações


A Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento.
O UOL Esporte apurou que a cúpula da entidade que controla o futebol mundial levou à presidente Dilma Rousseff o seguinte recado: se mais algum membro da Fifa, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do país, a Copa das Confederações será cancelada.
Oficialmente, a entidade e o Comitê Organizador Local negam qualquer tipo de reclamação ao Governo Brasileiro ou a possibilidade de suspensão da Copa das Confederações. A área de comunicação ligada à Presidência afirma desconhecer o assunto.
Também em virtude desta situação, a presidente da República marcou uma reunião ministerial de emergência para a manhã desta sexta-feira. Um dos objetivos do encontro é encontrar subsídios para convencer a Fifa de que é possível realizar os torneios mundiais no país em segurança.
Delegações já pedem cancelamento
Um dos motivos para que Fifa e Governo comecem a discutir medidas drásticas em relação aos eventos esportivos é o clima de insegurança que passou, a partir desta quinta-feira, a atingir as delegações que estão participando da Copa das Confederações. Os problemas mais graves ocorreram em Salvador.
Nas manifestações realizadas na capital baiana, após confrontos com a polícia nos arredores da Fonte Nova, o protesto migrou para a região do hotel onde membros da Fifa estão hospedados. Alguns manifestantes jogaram pedras sobre dois ônibus oficiais da entidade. Houve também uma tentativa de invasão ao hotel, contida pelo Batalhão de Choque.
A violência já causou uma mudança oficial de comportamento na Fifa. Desde a última quinta-feira, todos os membros da entidade devem ir e voltar juntos ao estádio, sempre com escolta da polícia, independentemente do horário de trabalho dos profissionais.
Além disso, Juca Kfouri, blogueiro do UOL, informou que uma das seleções já teria manifestado a intenção de deixar o Brasil, em razão da insegurança. Segundo ele, "uma delegação, que a Fifa não quer mencionar, mas cujos jogadores trouxeram famílias, está pressionando seu comando para ir embora. Eles dizem que não querem jogar futebol em uma praça de guerra". Essa seleção seria a Itália, ainda de acordo com Kfouri. Oficialmente, a delegação italiana nega a reclamação.
FONTE: UOL

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pastor Marco Feliciano PROJETO DE LEI CURA GAY É APROVADO.

PROJETO DE LEI CURA GAY É APROVADO.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados aprovou hoje o projeto de lei conhecido como “cura gay”, pelo qual psicólogos podem propor tratamento para homossexualidade.
Nas faixas, os poucos manifestantes diziam: não há cura pra quem não está doente. Um deputado tentou adiar a votação, mas teve o microfone cortado.
A votação na sessão esvaziada foi rápida. O projeto aprovado permite que psicólogos proponham tratamento da homossexualidade, derrubando, assim, normas do Conselho Federal de Psicologia que proíbem que a homossexualidade seja vista como doença.
“O conselho está limitando um direito assegurado ao profissional de psicologia, que é ampla liberdade profissional”, diz João Campos, deputado federal (PSDB/GO) e autor do projeto. O conselho federal de psicologia protestou. Disse que é um retrocesso nos direitos dos pacientes e psicólogos.
“Torna-se um motivo a mais para aumentar, para acirrar, toda a violência que as pessoas com orientação homossexual sofrem hoje nesse país”, diz Cynthia Ciarallo, do Conselho Federal de Psicologia.
O projeto, apelidado de “cura gay”, foi apresentado há dois anos, e estava praticamente parado. Agora, ainda precisa passar por outras duas comissões da Câmara. Se aprovado, segue para votação no plenário.
https://www.facebook.com/pages/Pastor-Marco-Feliciano/195717640447714?hc_location=stream