Juiz condena 5 pessoas por extorquir R$ 2 milhões de padre ameaçando divulgar mensagens pessoais dele
Entre os condenados estão um policial militar aposentado e um policial civil. Crime ocorreu em 2017, em Goiânia. Segundo investigações, as mensagens usadas nas chantagens contra o padre Robson eram falsas.
Por John William e Vanessa Martins, TV Anhanguera e G1 GO
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Juiz condena cinco pessoas por extorquir R$ 2 milhões de padre, em Goiânia
O juiz Ricardo Prata, da 8ª Vara Criminal de Goiânia, condenou cinco pessoas por extorquir R$ 2 milhões do padre Robson de Oliveira Pereira durante cerca de dois meses, ameaçando divulgar mensagens pessoais falsas dele. As investigações apontaram que parte dos pagamentos foram feitos de contas da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
Os crimes ocorreram entre março e abril de 2017. Ainda de acordo com a apuração, um dos presos é um policial militar aposentado e outro um policial civil. O G1 tenta contato com advogados que já defenderam os condenados em outras causas, mas nenhuma ligação feita na tarde desta quinta-feira (14) foi atendida.
O delegado que investigou o caso à época, Kleyton Manoel Dias, informou que todas as mensagens usadas pelos criminosos para extorquir o padre eram falsas.
Padre Robson, que foi vítima de extorsões em 2017 — Foto: Afipe/Divulgação
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que o policial envolvido está preso preventivamente desde fevereiro de 2018. Antes disso, conforme a corporação, ele já havia sido preso em outra operação em 2016.
Já a Polícia Militar informou que, como o PM envolvido já é aposentado, não se enquadra nos procedimentos administrativos da corporação. A assessoria também não informou se ele está preso ou não.
Por meio de nota, a Afipe disse que “não teve nenhum prejuízo financeiro e todo o valor já voltou para a instituição”. Também no texto, o órgão elogiou os trabalhos de investigação e a condenação. Por fim, a Associação afirmou que “Padre Robson reza pela conversão e salvação destas pessoas”.
Extorsão
De acordo com as investigações o dinheiro foi repassado por transferências bancárias e entregas em espécie. Os pagamentos eram feitos em quantias de R$ 50 mil a R$ 700 mil. Em alguns casos, o valor era deixado dentro de um carro na porta de um condomínio ou no estacionamento de um shopping da capital.
Uma das entregas foi supervisionada pela Polícia Civil a fim de identificar e localizar todos os criminosos. Na ocasião, no dia 29 de abril de 2017, um dos condenados foi preso e levou a corporação ao local onde se encontrava com os demais.
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