Jovem brasileiro Arlan Fick, de 17 anos, era mantido refém desde 2 de abril.
Guerrilheiros ainda mantêm refém um policial paraguaio desde 5 de julho.
O Exército do Povo Paraguaio (EPP) libertou na noite desta quinta-feira (25), noite de Natal, o jovem brasileiro, de 17 anos, que foi sequestrado e era mantido como refém desde 2 de abril, informou o porta-voz da Força de Tarefa Conjunta (FTC), Víctor Urdapilleta.
Urdapilleta explicou que as autoridades já entraram em contato com Arlan e que unidades da FTC, que se dedica ao combate à guerrilha, estão a caminho de sua casa, onde agora se encontra.
O jovem brasileiro nem esperou a chegada de autoridades e publicou em seu perfil no Facebook imagens de sua volta para casa, após mais de oito meses de longo sequestro. Na rede social, ele agradeceu as orações de amigos e familiares.
As imagens mostram o rapaz ao lado de amigos e familiares, entre eles o pai, Álcido.
O procurador-geral do Estado, Javier Díaz Verón, expressou sua satisfação pela libertação de Arlan, segundo a imprensa local. "É uma grande notícia, sem dúvida é um passo muito grande para a conciliação do Paraguai. Falei com o Sr. Fick, que estava muito emocionado e me transmitiu sua felicidade e a de toda sua família. É um momento que esperávamos ansiosamente e que aconteceu em uma data muito especial para todos", disse Verón, segundo um comunicado oficial.
"Sem dúvida é uma grande felicidade e agora esperamos a liberdade de Edelio e que isso não se repita. É um pedido que fazemos para aqueles que acreditam que conseguirão alcançar seus objetivos através dessas medidas", destacou o procurador-geral.
Foram 267 dias de drama longe da família.O adolescente foi capturado na propriedade rural de sua família, de nacionalidade brasileira, na cidade de Paso Tuyá, no departamento de Concepción, no norte do país, um município onde vivem cerca de 75 famílias, a maioria imigrantes brasileiros dedicados à agricultura.
Durante o sequestro, ocorreu um enfrentamento armado entre a guerrilha e as forças de segurança do Paraguai, que terminou com a morte de um militar e de dois integrantes do EPP, enquanto os guerrilheiros conseguiram escapar com o jovem.
"Estamos contentes com a libertação de Arlan Fick e seguiremos trabalhando até que Edelio Morínigo volte para sua família", disse o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, em seu perfil oficial do Twitter. O grupo guerrilheiro mantém o policial paraguaio Edelio Morínigo como refém desde o dia 5 de julho.
O governo paraguaio atribui 38 assassinatos - entre civis, militares e policiais - ao EPP desde o surgimento do grupo em 2008.
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